A iniciação da menina Apyãwa começa com a primeira menstruação, onde ela fica um período reclusa apenas bebendo kawi ‘cauim’, sem comer qualquer outro alimento, e sendo ensinada de forma mais aprofundada os conhecimentos das várias atividades que as mulheres Apyãwa praticam, que começaram a ser repassados a ela desde os 9 anos de idade.
Nestes dias de reclusão, a avó, junto da mãe da moça, prepara todos os instrumentos que serão utilizados para enfeitar a saída da menina.
Na cultura do povo Apyãwa, a menina deixa de usar o nome de criança e recebe um novo nome, que é escolhido pelos mais velhos. Essa mudança ocorre durante uma cerimônia realizada pela família da moça.
No anoitecer, a moça sai do período de reclusão e, então, é divulgado o nome, por qual passará a ser chamada, por meio de um canto entoado pela especialista no terreiro da Takãra para as pessoas das comunidades ouvirem e decorarem o nome da moça e dos parentes dela.
Na sociedade Apyãwa, a educação se inicia dentro da família com incentivo do próprio pai, da mãe, dos avós e dos irmãos. Desta forma, os valores culturais tradicionais do povo Apyãwa são vivenciados no dia a dia, sendo praticados de geração em geração.
🎥 @ronaldapyawa
Edição: @vicenteblxw
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22 сен 2024