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Jaime (1974) #1 

CineLuso
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Jaime (1974)
Director: António Reis
JAIME não é apenas uma obra-prima da cinematografia portuguesa mas também uma curta-metragem exemplar, cuja importância ao nível da história mundial do cinema só não foi ainda plenamente estabelecida devido à sua escassa difusão, mesmo dentro do território nacional.
Primeira obra em película de António Reis, até então conhecido como poeta e reconhecido como mestre por algumas tertúlias nortenhas, JAIME revela um realizador que desde logo se mostra em posse absoluta desse seu novo meio de expressão, desenvoltura à qual não terá sido estranha a sua experiência ao lado de Oliveira (O ACTO DA PRIMAVERA) e Rocha (MUDAR DE VIDA). Mas, para além de um saber meteoricamente adquirido no que diz respeito à gramática básica da linguagem cinematográfica, o que deixa o espectador estupefacto é a audácia com que o autor filma e monta, enquadra e compõe musicalmente o seu filme, empregando planos gerais de uma simplicidade desarmante (a linha formada pelo dorso das montanhas ou pelo dorso do burrico), grandes planos brutais (o olho terno do mesmo burrico, no limite do foco), inesquecíveis planos de natureza morta (o guarda-chuva negro aberto sobre o montículo de grão de milho ou a maçã camoesa oscilando sobre a velha máquina de costura) movimentos de aparelho inéditos e vertiginosos (o travelingue rasante sobre os campo de malmequeres), enquadramentos ditados pela deslocação das sombras dos homens-sombra (toda a sequência fantasmal do pátio do hospital psiquiátrico), a incomodidade do silêncio combinada com sonoridades jazzísticas, barrocas e de música contemporânea, etc.
É impossível enumerar todas as qualidades deste filme poético e ensaístico, cuja primeira virtude me parece ainda assim ser o entendimento da loucura, enquanto percepção alucinada das formas primeiras, que subjaz a toda a construção fílmica e à visitação da obra do artista enclausurado. Ora, ao mesmo tempo, é sempre de cinema (e talvez só de cinema) que se trata, pois o cineasta inquire justamente a percepção e usa a câmara como instrumento de conhecimento do mistério do real, à maneira daquilo que Jaime fazia com a prática do desenho em relação às imagens do seu passado rural.
Por último mas isto também é relevante António Reis consegue o desafio de realizar o retrato de um homem através dos lugares mentais que criou e dos lugares, não menos imaginários embora reais, que habitou. António Reis convida-nos a uma visita da obra por dentro dela e por dentro de si próprio. Este é o repto que o poeta generosamente nos lança e será difícil resistir ao desejo de merecer um filme tão belo.

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20 авг 2024

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@exposethefraud711
@exposethefraud711 Год назад
During more than a year, Margarida Cordeiro was taken care of, or rather, served, 24/7, by Antonio Reis' only daughter Ana, who once again set her personal and professional life aside, to serve her mother like she always did all her life. During that year, a series of Jaime drawings were purchased by art collectors. Ana helped breaking the business deal for her mother, and was very happy, because all her life she had engaged in whatever jobs she could, and worked very hard for 23 years developing her own artworks, so she could bring wealth to her mother. At the end of that year, Margarida Cordeiro found herself newly rich and safe, and what did she do? Did she rewarded Ana? Did she thanked her? Was she grateful and generous? No. Margarida Cordeiro premeditatedly discarded and abandoned Ana, her only daughter, who had served her, hands and knees, all her life. Ana was cast out to die in the street. Margarida alienated all the sum obtained, and forgot about her daughter. These drawings wherever they are exhibited, are cursed, because it was the money they brought to this woman, that made her commit the most supremely abominable crime of all crimes: abandon her only daughter. Ana was burnout, exhausted, physically ill, and in very dire misery, when Margarida cast her away. She was used to beyond limits of inhumanity and thrown out like less than garbage. Certainly as less than a daughter and a human being. It is in justice of Ana we are revealing these facts, so that Ana can obtain justice, light upon her and her art work, both kept invisible and obscured all her life due to the pernitious influence of a narcissistic, abusive mother. And many mothers can be abusive, but a mother who prefers money to her only child, does she deserved to be called a mother at all?
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