00:03 - Menino d'Oiro
04:45 - Lembra-me um sonho lindo
09:51- Meu Limão de Amargura
14:03 - Cantigas do Maio
Projecto Cantigas de Maio
Clave na Mão - / clavenam%c3%a3o
João Neves - Voz
Ricardo Dias - Piano
André Santos - Cordofones
Bernardo Moreira - Contrabaixo
__ Menino D'Oiro __
Composição: José Afonso
O meu menino é d'oiro
É d'oiro fino
Não façam caso que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei de levá-lo no meu veleiro
Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros do meu menino
Do meu menino, do meu menino
Venham comigo, venham
Que eu não vou só
Levo o meu menino no meu trenó
Quantos sonhos ligeiros
P'ra teu sossego
Menino avaro não tenhas medo
Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino d'oiro sou teu amigo
Venham altas montanhas
Ventos do mar
Que o meu menino
Nasceu para amar
Venham comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó
__ Lembra-me um sonho lindo __
Composição: Fausto Bordalo Dias
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas
Cresce, girassol, cresce entre açucenas
Afaga-me o corpo todo, se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada!
Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada!
Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada!
Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
__ Meu Limão de Amargura __
Composição: Alain Oulman & Ary Dos Santos
Meu amor, meu amor
Meu corpo em movimento
Minha voz à procura
Do seu próprio lamento
Meu limão de amargura
Meu punhal a crescer
Nós parámos o tempo
Não sabemos morrer
E nascemos, nascemos
Do nosso entristecer
Meu amor, meu amor
Meu pássaro cinzento
A chorar a lonjura
Do nosso afastamento
Meu amor, meu amor
Meu nó de sofrimento
Minha mó de ternura
Minha nau de tormento
Este mar não tem cura
Este céu não tem ar
Nós paramos o vento
Não sabemos nadar
E morremos, morremos
Devagar, devagar
__ Cantigas do Maio __
Composição: José Afonso
Eu fui ver a minha amada
Lá pros baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
Eu fui ver o meu benzinho
Lá pros lados dum passal
Dei-lhe o meu lenço de linho
Que é do mais fino bragal
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu … Ai Deus mo levou
Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda
Para nela se cobrir
Eu fui ver uma solteira
Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus me deu Ai Deus me levou
Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender
Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não param
Umas voltam outras não
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus me deu Ai Deus me levou
“Música feita em Portugal”
Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.
20 фев 2022