Muito bom! O modo como os temas mais polêmicos foram abordados foi muito interessante. A liberdade de pensamento e o ritmo das entrevistas/conversas desse podcast são muito bacanas. Parabéns!
Eu tenho 3 livros de Narloch. O maior erro de quem consome o trabalho dele é tomar como verdade absoluta pela crença de que, supostamente, o trabalho dele é sem viés ideológico. Dois erros: 1) o trabalho de Narloch, muitas vezes, é só a CONTRAMÃO do consenso dos historiadores e ele, Narloch, mesmo não se declara historiador, mas um reprodutor de historiadores. Ou seja, num universo de narrativas históricas, ele escolhe uma que, na visão dele, se afeiçoa real...na visão dele. Essa visão, pois, é consequência de uma opinião ou formação intelectual que, por sua vez, traduz um viés ideológico. Só não seria se ele provasse, em absoluto, que todas as INFORMAÇÕES contrárias estariam derradeiramente erradas ou se ele trouxesse as opiniões distintas em contraponto, o que aliás os jornalistas costumam fazer qdo desempenham seus papéis. Narloch, que deveria ser consumido como mais um olhar (válido, lógico), passou a ser um "Deus da Lacração Reacionária", donde as palavras saem imperativas e inquestionáveis. Pq? Pq virou legal querer reescrever s história, mesmo onde não caiba reescrição. E muito do que ele reescreveu nem está historicamente comprovado: www.amazon.com.br/gp/customer-reviews/R8C39LALJXLA9?ASIN=B07YVPKFQ8 Pobre geração que não lê e, quando lê, não se questiona, mas se apaixona por aquilo que "acha" estar certo. Leandro, continue seu trabalho de pesquisa e faça mais livros para eu ler. Agora, sugiro que aborde a história tbm pelo lado esquecido em seus trabalhos
O problema do Narloch é que ele distorce muito a realidade em favor de uma narrativa de extrema direita, o negócio de meia verdade ser pior que mentira é muito visível com ele. No fim das contas ele consegue defender até escravidão com o negócio de "Ahhh, não era bem assim, olha como esses 8 escravos viviam bem".
@@TheCarlosxalexandre Então, foi isso q eu quis dizer, ele nunca fez nenhuma dessas defesas explicitamente, mas ele vai lá e lança um "veja bem", "não é bem assim" e vai relativizando coisas absurdas.
Caro Demian, Me desculpe, mas me senti obrigado a comentar, essa entrevista me causou inúmeras aflições, deste modo, gostaria de comentar acerca do que eu entendi como os principais problemas. Primeiro há uma grave confusão entre opinião e discussão acadêmica, isto fica evidente quando vocês abordam conceitos como feminismo, pós modernismo e lugar de fala, sinto dizer, mas vocês não entenderam esses conceitos e acabam tratando eles de uma maneira essencialista e reducionista. Por exemplo, reduzir a teoria pós moderna a relação de poder é bizarro, assim como achar que o conceito de lugar de fala se resume a cor da pele. Sugiro que você convide especialistas nesses assuntos, afinal, seu entrevistado fica muito longe disso tanto é que suas "análises problemáticas", para dizer o mínimo, vêm sendo objetos de estudo de historiadores e cientistas sociais. Deixo um link sobre este último assunto: hhmagazine.com.br/o-incorreto-no-guia-politicamente-incorreto-da-historia-do-brasil/ Para terminar, já que vocês citaram a Lilia Schwarcz, gostaria de sugerir uma entrevista com ela no seu canal. Penso que ajudaria a solucionar alguns desses problemas. Parabéns pela iniciativa. Abraço,