Sei dos teus olhos acesos na noite Sinais de bem despertar Sei dos teus braços abertos a todos Que morrem devagar Sei meu amor inventado que um dia Teu corpo pode acender Uma fogueira de sol e de fúria Que nos verá nascer Ary dos Santos
Boa Noite Seja sempre a certeza que o "Da palavra em união com música " , é o acreditar que saber sentir nunca tem um limite de tempo. A verdade de Ary são desta forma "Grito de verdades " Bem haja quem assim o renova em publicações Que sentir nunca seja solidão...
Muito bom!!! Fantástico!!!! A Susana Félix é um esplendor de sensualidade e frescura!!! Com esta poesia, esta canção (... de madrugar), esta interpretação e esta interprete é como ter um sonho lindo que não tem fim!!! Lindo!!! E os meus mais vivos parabéns a todas e em especial à Susana... Um momento de muito e raro bom gosto!!!!
José Carlos Pereira Ary dos Santos (1936-1984) foi um poeta e declamador português. Homossexual assumido, viveu praticamente toda a sua vida no nº23 da Rua da Saudade. Tornou-se conhecido como um dos mais talentosos poetas da sua geração, contribuindo para a renovação da música portuguesa, através dos seus poemas, que considerava serem a sua maneira de falar com o povo porque "ser poeta é escolher as palavras que o povo merece". Inicia-se ativamente na vida política em 1969, integrando a campanha da Comissão Democrática Eleitoral e filiando-se no Partido Comunista Português. Falece vítima de uma cirrose a 18 de janeiro de 1984. Em poucas palavras se resume uma vida intensa… de versos sedutores, sonhos adiados, ideais proibidos e fados fadados. André, obrigado pelo carinho! Longo abraço para si e para toda a lusofonia.
@@portuscalept Que excelente e meritória síntese da vida deste grande poeta. Muito obrigado! Adorei saber de mais detalhes,. Sabia pouco dele, apenas que era autor da Desfolhada, música com a qual eu conheci a grande Simone de Oliveira. Adorei "ser poeta é escolher as palavras que o povo merece." Concordo em pleno, especialmente para poetas com engajamento social! Um LUSOaBRaço!
Este show ao vivo foi que eu vi em Lisboa! maravilhoso! Gostaria de ver isso de novo! quatro excelentes cantores ... ... músicas são poemas feitos poemas de amor ... em tempos de ditadura. Este fue que espectaculo en vivo que yo vi en Lisboa ! maravilloso ! me encantaria volver a verlo otra vez ! las cuatro cantantes excelentes, ... son poemas hechos canciones ... los poemas de amor ... en tiempos de la dictadura. This live show was that I saw in Lisbon! wonderful ! I would love to see it again! four excellent singers ... ... songs are poems made love poems ... in times of dictatorship
Estrela da Tarde é a obra prima musicada do poeta Ary dos Santos que como poucos detinha o mais amplo domínio da "Última Flor do Lácio", a mais bela de todas línguas. E se esse poema musicado já era algo extasiante, com a interpretação de Mafalda Arnauth superou qualquer expectativa, me colocando rigorosamente de joelhos. Aliás, um amigo brasileiro, quando escutou esta sublime interpretação, confessou seu espanto com a perfeição da dicção e pronúncia da Mafalda, declarando-se apaixonado pela nossa pronúncia que sempre havia menosprezado.
A estrela da tarde não foi musicada pois como todo o trabalho de Fernando Tordo com Ary dos Santos foi Ary que punha as palavras numa música já feita portanto Estrela da Tarde, Cavalo à Solta, Tourada e tantas outras não foram musicada pois Fernando Tordo fez as músicas primeiro e só depois é que Ary escreveu os textos o que só engrandece o trabalho de Ary dos Santos que passou uma vida a escrever textos para músicas já feitas como foi o caso da Estrela da tarde
Uma chamada de atenção o poema da Estrela da Tarde não foi musicado. Eram 5 da manhã em casa de Ary dos Santos além de Ary estavam o Carlos do Carmo e o Fernando Tordo e o Ary diz para o Fernando Tordo. E agora ó puto tu devias fazer uma música para eu pôr muitas palavras e então o Fernando Tordo foi para casa fazer a música. No dia seguinte o Fernando Tordo diz para o Ary dos Santos. A música para a canção das muitas palavras já está feita. Já está feita? Mas então toca lá e depois do Fernando Tordo ter tocado a música à viola Ary diz Mas o que te parece? Olha enquanto eu estive a fazer a música há algo aqui que me soa a palavra tarde. Tarde? diz o Ary e a primeira frase que Ary escreveu foi esta Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia eu esperava por ti tu tardavas e eu entardecia. E foi assim que nasceu a Estrela da Tarde que não foi um poema musicado por Fernando Tordo mas sim ao contrário Ary dos Santos como sempre pôs as palavras numa música já feita.
Também há algo muito interessante nesta interpretacão ,pode nem se reparar devido a qualidade tão boa da entrega, mas a dicção é extraordinária, impecável! *****(Em Susana Félix)
"Canção de Madrugar" contém sem dúvida alguma toda a genialidade do poeta, enriquecida com a interpretação de Susana Félix que só precisa corrigir um erro de pronúncia que por vezes arranha o seu belo canto. É um defeito muito comum em alguns cantores , principalmente lisboetas que ao pronunciar palavras com o ditongo "ei" pronunciam-no como "âi". Nesta canção no verso em que repete "dei, dei, dei" o defeito é flagrante. É interessante que geralmente quem possui esse defeito de pronúncia, também pronúncia o fonema nasal "em" como "âm", mas a Susana não, o que já facilitaria bastante a correção do ditongo.
Gostaria que escrevessem mais letras assim ,gostaria que composecem mais musicas como esta mas so se fazem concursos de interpretes que imitam outros .
Grandes poemas, descubri só agora este poeta genial, extraordinárias as músicas e as interpretações. Pelo último poema, Retalhos (da vida de um médico) leio "Pelo suor do desgosto Retalha as caras fechadas", mas acho que a cantora diz "Pelo suor do desgosto Que talha as caras fechadas". Eu entendo assim (vou precisar que não sou portugues nem brasileiro). Tô errado? Além disso, acho que tem maior sentido dizer "Pelo suor do desgosto Que talha as caras fechadas", é uma imagem muito plástica. Obrigado a quem responder ao meu pedido.