Linhas Cruzadas | Para que serve a filosofia? | 17/08/2023 

Dependendo da filosofia que se tenha como guia deste tipo de pensamento, o lugar que ocupamos no universo é de enorme importância e destaque, até central no sentido do acesso exclusivo ao que chamamos de conhecimento no contexto especificamente humano.

Show!

Pondé é Estóico, queima sem sentir dor 🍩

😂😂😂 Siga ele que vais se dar bem.., 💩💩💩💩

"Agir sobre ele" já é o viés de uma filosofia bem específica, mas não representa a filosofia em geral.

@@filosofiaantropologia-brun7808 Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.Epicuro

pqp

O problema é que a filosofia como instituição cultural já morreu há uns 200 anos, mas concordo com a afirmação, ela foi crucial enquanto estava viva e seus efeitos reverberam até hoje.

@@roccospatu2116 , infelizmente, não consigo responder em italiano mas agradeço pela mensagem. Veja, eu não estava expressando minha opinião pessoal, pelo contrário, a filosofia me inspira e me motiva. Apenas lamento que a forma clássica de filosofia que foi praticada até a época de Hegel tenha entrado em extinção na universidade e seja vista hoje em dia como algo anacrônico. Mas concordo contigo, essa demanda existe na sociedade atual, espero que seja sinal de uma tendência mais favorável à atividade filosófica.

Um absurdo esta frase de Camus, há muitos problemas filosóficos sérios e este que ele aponta não está sequer entre os mais fundamentais. Tal sentença de Nietzsche também é um tanto quanto gratuita, está mais para o campo da pura poesia e da imaginação, da fantasia.

Fato: "ser ou não ser, eis a questão".

. Se quiser entender minimamente o seu lugar no mundo cai fora desses dois, Ponde/Tais. Vá pra estudo sério, para os clássicos. . Esse aí e filósofo ideológico oportunista do senso comum da ideologia dominate desde a década de 80, o neoliberarismo tatcherista. Pondé já disse que um *corpo mais pesado cai mais rápido que um mais leve(???),* mostrou que nem conhece física básica de ensino fundamental e a niponica aí que me faz passar vergonha alheia.

O que é a vida?

@@miltonkawatak5659, qual ideologia não chafurda na lama do senso comum? Quanto a ser a ideologia "dominante", depende do ambiente cultural. Uma coisa é discutir sobre filosofia política, de acordo com termos, argumentos e teses de referências acadêmicas, outra coisa é falar das ideologias aplicadas diretamente à política partidária e aos "debates" midiáticos ou nas redes sociais, enfim, são contextos muito diferentes. Quanto ao Pondé, não é pior que os demais intelectuais famosos atualmente no Brasil, é mero conteúdo de entretenimento e lamento que esses espaços não sejam melhor utilizados para uma divulgação mais séria da filosofia para a população que não é especializada. Só discordo dessa aparente hierarquia que insinuou, pois todas as ideologias e todos os discursos de intelectuais midiáticos em nosso país são baseados em puro senso comum.

@@carcarasilvestre8526, depende, a vida de quem? De um ser humano, de um porco, de uma árvore ou de quem? O surgimento da vida no universo não é satisfatoriamente explicado até hoje, assim como o surgimento da consciência, ou do próprio universo em geral. Mas a vida específica de algum organismo determinado não é algo tão misterioso quanto a pergunta leva a imaginar. Agora, se a questão é saber se a vida humana tem algum propósito/finalidade, razão de ser, e se isso tem algum sentido coletivo (humanidade/sociedade) e individual, aí ninguém sabe responder. É um problema que traz implicados vários outros.

arvore tem vida? nunca terá. nao tem alma. nossa alma é eterna. lembre disso sempre.@@filosofiaantropologia-brun7808

Por qual motivo acredita que não seja racional? Os gregos discordariam radicalmente desta afirmação. Ou seja, o amor pelo conhecimento é próprio do ser racional que somos como humanos.

@@filosofiaantropologia-brun7808 Obrigado pela pergunta. Eu utilizei o termo "racional" a partir do senso comum para demonstrar um possível paradoxo do pensamento filosófico. Se a Filosofia permite-nos pensar sobre situações que não podem ser mudadas, como, por exemplo, a condição humana (a angústia, a morte, o sentido da vida, etc.), o que me faz continuar pensando, mesmo sabendo que nada mudará? É o amor ao saber, certo? Pois bem, se esse amor fosse, de fato, "racional", eu, quando descobrisse que nada poderia ser mudado, abandonaria a empreitada de investigar a condição humana. Mas não, eu ainda assim continuo, mesmo sabendo que entender essa condição de nada me servirá para mudá-la, a não ser para conhecê-la. Então, posso afirmar que o amor ao conhecimento que impulsiona a pensar é, na verdade, "irracional", porque, apesar de não me permitir mudar as coisas, eu continuo investigando e refletindo. É daí que muitas pessoas acham que o pensamento filosófico não serve para nada, mas estão enganadas.

@@profwecio, tá perfeita a explicação, ficou bem claro o que quis dizer, também agradeço. Só discordo de que seja um paradoxo, por isso não teria julgado que nesse caso seja um amor irracional. Mesmo por um critério da racionalidade prática, o meio está adequado ao fim, ou seja, o conhecimento teórico se realiza na própria contemplação como experiência do pensamento. A utilidade prática da aplicação do conhecimento teórico já seria um outro impulso, não uma consequência necessária e exigida sempre dele.

@@filosofiaantropologia-brun7808 talvez tenha ficado um pouco confuso porque não sou filósofo (ainda) rsrs, mas estou no caminho. Valeu pela sua explicação.

@@profwecio, mas eu concordei no geral com o que vc opinou no comentário inicial, só discordei desse detalhe mesmo que apontei.

Ela deixou bem claro: se o homem tem dinheiro - a inteligência é o que menos importa.

Também achei essa resposta dela muito boa, aliás, um "burrinho sarado", ou com outras qualidades valorizadas em nossa cultura, tem muito mais "valor sexual de mercado" (como dizem hoje em dia) do que os mais inteligentes.

@@user-zj3lc8eg1n, depende de como você define o ser humano. Se somos idênticos às demais espécies animais, sim, podemos ser reduzidos aos parâmetros da biologia. Mas se você concebe que o âmbito da cultura (que equivale ao que se considerava tradicionalmente como o nível espiritual da humanidade) vai além da pura animalidade, aí se tornam mais relevantes parâmetros como a moral, a arte e o conhecimento, sem que isso signifique anular os instintos. E valor é coisa relativa a contextos, mesmo no sentido de valor sexual, depende de circunstâncias e de cada ambiente. O que pode ter máximo valor em um contexto pode ser desvalorizado em outro.

@@user-zj3lc8eg1n, errado, se cultura fosse um âmbito subjetivo, a arqueologia seria impossível, fora o estudo histórico do registro de épocas cujos "sujeitos" já morreram há séculos ou milênios. Eu sei qual é o conceito estritamente biológico, foi isso que apontei no comentário anterior, pois desde Darwin, pelo menos, já está colocada a controvérsia nesses termos sobre o tipo de diferença entre o ser humano e as demais espécies animais. Só que quando falo de cultura (conhecimento, moral, arte, etc), estou falando de algo efetivo, objetivo, que tem materialidade e pode ser estudado. Se você reduz isso à subjetividade, está tratando como algo ilusório e mero produto da imaginaçäo. Aliás, produzir conhecimento científico também se tornaria impossível se fosse este o caso.

@@user-zj3lc8eg1n, é até engraçado que alguém que defende uma posição científica quando fala de biologia, seja tão absurdamente relativista em todo o restante. Ninguém está discutindo "superioridade" entre sociedades ou entre espécies por aqui, estou apenas apontando um problema teórico tradicional envolvido na definição de humanidade, ou seja, qual a diferença específica do ser humano. O que é razão e o que é inteligência são justamente as perguntas que devem guiar a busca por uma resposta a este problema. Os conceitos de organismo, de animal, de espécie ou de evolução, assim como o próprio método científico, são um conjunto de produtos tão culturais quanto os conceitos de razão e inteligência, mas nem por isso você os considera meramente subjetivos.