Recentemente tive a oportunidade de conhecer um pouquinho mais do universo angolano com a leitura de LRecentemente tive a oportunidade de conhecer um pouquinho mais do universo angolano com a leitura de Luuanda, livro de contos de José Luandino Vieira, um dos grandes escritores engajados na luta pela emancipação sócio-política e cultural daquele país africano.
Luandino propõe, neste livro, a configuração de um texto literário que se vale de aspectos das narrativas primordiais, nas quais o mundo é explicado pelo pensamento mágico, da confluência do Quimbundo em meio à Língua Portuguesa, de recursos estéticos modernos, como o discurso indireto livre, que acelera a narrativa e a aproxima à linguagem cinematográfica e de elementos próprios da paisagem angolana que dão forma à metalinguagem de seu fazer artístico.
Nestes enredos, para além de uma denúncia relacionada à exploração sofrida pela população angolana, o autor sugere a ideia de uma união entre os sujeitos colonizados como uma alternativa para o fortalecimento e a libertação daquela nação.
É possível notar, no texto de Luandino, que a literatura angolana passa a materializar o imaginário, a paisagem, as lutas e aspectos linguísticos de um país formado pela ancestralidade africana e pela interferência cultural europeia.
Temos aqui uma proposta de revolução da arte e uma revolução pela arte.
O livro foi publicado na década de 1960, poucos anos antes da independência de Angola.
Para quem ainda não conhece esta proposta artística, fica aqui um convite para a imersão nesta leitura.
#literaturaafricana #literaturaangolana #literaturadelinguaportuguesa #luuanda #luandinovieira #joseluandinovieira #angolauuanda, livro de contos de José Luandino Vieira, um dos grandes escritores engajados na luta pela emancipação sócio-política e cultural daquele país africano.
Luandino propõe, neste livro, a configuração de um texto literário que se vale de aspectos das narrativas primordiais, nas quais o mundo é explicado pelo pensamento mágico, da confluência do Quimbundo em meio à Língua Portuguesa, de recursos estéticos modernos, como o discurso indireto livre, que acelera a narrativa e a aproxima à linguagem cinematográfica e de elementos próprios da paisagem angolana que dão forma à metalinguagem de seu fazer artístico.
Nestes enredos, para além de uma denúncia relacionada à exploração sofrida pela população angolana, o autor sugere a ideia de uma união entre os sujeitos colonizados como uma alternativa para o fortalecimento e a libertação daquela nação.
É possível notar, no texto de Luandino, que a literatura angolana passa a materializar o imaginário, a paisagem, as lutas e aspectos linguísticos de um país formado pela ancestralidade africana e pela interferência cultural europeia.
Temos aqui uma proposta de revolução da arte e uma revolução pela arte.
O livro foi publicado na década de 1960, poucos anos antes da independência de Angola.
Para quem ainda não conhece esta proposta artística, fica aqui um convite para a imersão nesta leitura.
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24 сен 2024