Nem todo decolonial é anti marxista mesmo, e alguns são legais até... Mas depois que fui ler Marx de fato, senti menos necessidade desses outros autores. Acho q Marx vai mais diretamente ao ponto e desenvolve. Como sou membro da classe trabalhadora, não disponho de tanto tempo para ler então tenho que fazer escolhas (ou seja, renúncias)... Quando ficar 'saturado' de Marx, vou tentar ler essa galera mais decolonial de novo. Abs!
Os movimentos de lutas de libertação nacional lutaram sob a bandeira do socialismo para superar o capitalismo-colonial. O pensamento colonial é o pensamento da classe dominante. A Europa está no topo das relações materiais e espirituais por conta do seu acúmulo de riqueza material e imaterial em detrimento da exploração ultramarina dos povos não-europeus( que depois serão chamados de povos de cor). Não dá pra falar de pensamento colonial sem falar do projeto alternativo de sociedade. Mariategui, lenin, Vânia Bambirra tratou a questão colonial. Não há novidade no pensamento decolonial.
Também sou Assistente Social e tive a grata satisfação de ser aluno dele (bons tempos em que eu via o Prof° Netto numa mesa de debates com o Prof° Carlos Nelson Coutinho!!!).
Bons livros para uma crítica sistêmica da nossa atualidade: Liberalismo entre civilização e a barbárie; As raízes norte-americanas do nazismo; Holocaustos coloniais; Colonialismo e Luta Anticolonial; Contra-história do liberalismo; Os condenados da terra; Raça, Classe e Revolução; Revolução Africana; Imperialismo, etapa superior do capitalismo; Discursos sobre o colonialismo; Chutando a escada; O poder da ideologia (István Mészáros); Realismo Capitalista.
Lembrando também que os decoloniais, como Quijano, Mignolo e outros são todos brancos, por exemplo, mesmo dentro das discussões decoloniais há também uma certa segregação dentro da academia frente aos pensadores decoloniais de fato indígenas sulamericanos, ou filhos, netos, descendentes de indígenas.
Jones, muito obrigado pelo vídeo e pela contribuição. Acredito que existem certos equívocos no vídeo em relação a proposta decolonial, mas como acho isso normal e fruto de uma falta de aprofundamento no tema não vou direcionar meu comentário para eles. Penso que a grande contribuição decolonial, tanto no sentido teórico quanto político, está mais vinculada a comunidades originárias/tradicionais. Após séculos de debate pesquisadores e líderes comunitários perceberam que sim, existe uma luta anticapitalista eminente, entretanto, qual seria o objetivo posterior… o que seria colocado no lugar… e aí notaram uma dissonância entre o que sugerem os marxistas e as vontades de tais comunidades. Essas populações querem ser reconhecidos como civilizações, e não apenas como grupos identitários que serão incorporados por um outro projeto de sociedade. Eles em si já se entendem enquanto um tipo de sociedade. Neste sentido, arturo Escobar nos ajuda a compreender que existe uma dimensão ontológica nessa dissonância. Os indígenas, por exemplo, não se entendem como classe trabalhadora… não desejam qualquer tipo de incorporação ou de tutela por parte de outras formas de sociedade. Eles querem o direito de viver e de se reproduzir segundo suas próprias ideias. Assim sendo, considero que de fato os marxismos são fundamentais para pensar e confeccionar estratégias de ação e de emancipação da classe trabalhadora dentro do que entendemos como civilização ocidental/dominante. Porém, as formulações decoloniais buscam explorar um outro caminho possível para grupos com tradições milenares e que já existiam antes da criação do modelo capitalista de produção. Meu comentário deixa uma série de lacunas e de dúvidas, mas acredito que exprima um pressuposto central das contribuições decoloniais na minha interpretação. Estou aberto para debater, escutar e aprender. Valeu.
A verdade é que boa parte do trabalho decolonial hoje, especialmente no Brasil, tornou-se uma mola propulsora para um tipo de "reforma cultural dentro do capitalismo". Além disso, há todo um "policiamento decolonial" (como há o "policiamento interseccional") que visa constranger qualquer um que não insira a palavra mágica "decolonial" à sua abordagem, com o agravante de que quando tu ler o texto ou ouve o discurso nada parece passar de identitarismo, multiculturalismo e subjetivismo.
Excelente vídeo, uma crítica super honesta sobre a questão decolonial. E assim, eu, na minha perspectiva não vejo o pensamento decolonial como substituto da perspectiva marxista e sim como uma contribuição que traz provocações muito importantes pra se discutir as particularidades político e sociais da América latina. As contribuições de Quijano, Dussel e Mignolo são muito boas e não vejo porque não aproveita-las.
@Jones Manoel it would be great if you could get someone to add english subtitles to your videos and maybe even add some English titles also in description. If anyone can do this for you would be great !
Jones, já fui marxista, e você e o João estão renovando meu interesse no marxismo com suas abordagens. Concordo com quase tudo que você disse. Apenas pondero que mesmo que o marxismo não seja "essencialmente" eurocêntrico (afinal, quem aqui acredita em essencia?), O marxismo nasceu num contexto europeu e eurocêntrico, e tem suas raízes no iluminismo, uma visão de mundo em grande medida eurocêntrica. Concorda com isso, ou não? Gostaria muito de saber sua posição sobre isso.
O maior erro do marxismo foi adotar o nome marxismo. Aí as pessoas acham que é um fã clube do Marx, algo congelado no século XIX, na Europa, e não um método de análise e compreensão da sociedade. Por isso prefiro o nome materialismo histórico dialético. Parabéns pelo vídeo, camarada.
E o maior erro dos marxistas é passar pano pras miserias e arbritariedades causadas por pessoas como Stalin e Pol Pot. Vale qualquer desculpa e acusar tudo(ate documento sovietico da época e fontes do país) como propaganda. Deviam ao menos reconhecer pra nao se repetir e ter consciencia de que certas condutas foram desumanas e excessivamente arbritarias, mas naaao, nao ouse falar mal dos gloriosos lideres..
Alguns teóricos decoloniais e pós-coloniais fazem críticas bem rasas ao marxismo mesmo. Mas também há alguns, como o Edward Said, que fazem críticas mais profundas, as quais atualmente não tenho condições de me posicionar se estão certas.
Mano, vc é muito. Este final foi impagável. Hahahahah. E fiquei feliz que te tem a lista no Telegram. Já vou me inscrever. Depois que descobri o nível da máfia no Facebook, parei se usá-lo, removi minha conta do whatsapp e nunca me cadastrei no Instagram.
Alguém sabe de uma boa leitura sobre essa discussão? Não to com muito tempo, então um artigo, capitulo de livro e tal, seria ótimo, só pra saber um pouco mais a respeito mesmo
Toda semana o Jones precisa gravar vídeo explicando os seus posicionamentos... São vídeos ótimos porque é Jones Manoel... Mas sinto tempos muito difíceis estes que precisamos nos explicar o tempo todo sobre tudo, ao invés de (simplesmente) avançarmos!
Jones, lance algum livro ou artigo sobre uma ordem ou algumas ordens sugeridas para ler a vasta obra de Marx. Tipo: comece lendo a Ideologia Alemã (q dialoga c isso e aquilo), depois vá para as Formen, posteriormente Grundrisse, depois O Capital; outra sugestão é começar pelo 18 Brumário, Manifesto etc. Sinto q falta este parâmetro pois é complicado cair de paraquedas no Capital. Abraços!
Se a luta de classes é mundial e se a opressão colonial é uma opressão de classe, com outras opressões dentro dela, então já tá meio implícito o anti-colonialismo no marxismo, mesmo que ele não fosse bem desenvolvido lá no começo, tendo se desenvolvido com o próprio desenvolvimento do imperialismo capitalista... É muita reinvenção da roda na pós-modernidade....
A academia tem tara por quadros categorias novos! E antes de dominar os "novos", logo logo os atualizados passarão para os próximos, que certamente virão!
@@joseCOSTA-ki1xt cita aí as fontes das quais você tirou essas conclusões típicas do senso comum. Além disso, assista o vídeo, pelo visto não viu nada.
@@joseCOSTA-ki1xt esquivou-se de novo! Típico de ignorante que acha bonito ser burro!! Nunca leu um livro se quer na vida. É mais um daqueles analfabetos funcionais que adora posar de sabichão enfactuado na internet! E o que é pior, metido a falar de tudo!!!! A maior demonstração disso é que o retardad@ arrota a palavra socialista e usa o Putin como exemplo 🤣🤣🤣🤣 A Rússia é um país capitalista!!! Além do mais foge do tema do vídeo!!! Zero no ENEM e na interpretação da realidade!!! Pare de consumir alucinógenos!!! Kkkkkkkkkkkkkkk
Uma crítica ao RU-vid. Que coisa contraditória ver anúncio do Ifood do Brasil Paralelo no seu canal. Que afinal, é muito importante. Conhecimento critico e consciência.
Já ansioso pelo vídeo que faz essa contextualização na década de 1980 sobre a proliferação de ideias decoloniais rsrsrsrs... Enquanto isso, tem alguma indicação de leitura sobre isso, camarada? Belo vídeo!
