Cresci ouvindo falar desse livro. Meu avô é mencionado no livro (escravizado, pois a escravidão havia acabado apenas na teoria). Meu pai, hoje com 94 anos, lúcido ainda conta as histórias que ele mesmo viveu no engenho corredor em Pilar. Ele também viveu como escravizado até boa parte da vida.
Eu to amando o teu canal. Que incentivo a amar a literatura quando a gente vê alguém tratá-la assim com tanta paixão. Parabéns, professor pelo excelente trabalho.
Oi! Você pode pegar um trecho da parte final do livro "Menino de engenho" em que há intertextualidade, uma conversa com outro clássico da literatura brasileira, "O Ateneu". Este trecho aqui: “Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava nointernato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando avirgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio. Menino perdido, menino de engenho". E aí você pode falar sobre a diferença dos personagens: Sérgio, de "O Ateneu", era um menino que vivia em casa, recebendo carinho de pai e mãe, mais puro, ingênuo. Já o Carlinhos perdeu essas etapas da vida: perdeu cedo a inocência, caiu num mundo adulto muito cedo. Como ele mesmo diz, era um menino perdido.