Terra Tombada (part. Chitãozinho & Xororó) Cezar & Paulinho Composição: Carlos Cezar / José Fortuna é calor de mês de agosto é meados de estação Vejo sobras de queimadas e fumaça no espigão lavrador tombando terra dá de longe a impressão de losangos cor de sangue desenhados pelo chão terra tombada é promessa de um futuro que se espelha no quarto verde dos campos a grande cama vermelha onde o farto das sementes faz brotar de suas covas o fruto da natureza cheirando a criança nova terra tombada solo sagrado chão quente esperando que a semente venha lhe cobrir de flor também minh'alma ansiosa espera confiante que em meu peito você plante a semente do amor terra tombada é criança deitada num berço verde com a boca aberta pedindo para o céu matar-lhe a sede lá na fonte, ao pé da serra é o seio do sertão a água, leite da terra alimenta a plantação o vermelho se faz verde vem o botão, vem a flor depois da flor, a semente o pão do trabalhador debaixo das folhas mortas a terra dorme segura pois nos dará para o ano novo parto de fartura terra tombada solo sagrado chão quente esperando que a semente venha lhe cobrir de flor também minh'alma ansiosa espera confiante que em meu peito você plante a semente do amor também minh'alma ansiosa espera confiante que em meu peito você plante a semente do amor