Montanhas, árvores e detalhes como esses fazem a obra de Tolkien ser o que é, esses elementos são personagens assim como qualquer outros dentro da história ❤❤❤
Parabéns pelo vídeo, Sérgio. É possível dizer que amor de Tolkien às árvores são em detrimento da cultura celta e pela vida campestre; e o amor às montanhas, em razão de momentos marcantes da vida pessoal - a viagem à Suíça, por exemplo - religiosa e literária. Falo literária, pois os momentos cruciais ocorreram em cume de montanhas: 1) Em "Ilíada", em um dos conselhos do Olimpo, Zeus proibiu a intervenção dos demais deuses na guerra, mas Poseidon o desrespeita, e ajuda os Aqueus. 2) Nos "Lusíadas", no primeiro canto, ocorre um conselho no monte Olimpo, e Zeus afirma que os deuses não devem mais ajudar os gregos nem os romanos senão os portugueses. Porém, Dionísio o desrespeita, e tenta atrapalhar a viagem de Vasco da Gama às Índias. Contudo, Afrodite sempre os salva e dá conselhos. 3) Na Bíblia, houve três momentos importantes: (a) no Monte Moriá, houve a intervenção do Anjo sobre Abraão, para que este não sacrificasse a vida de Isaque; (b) enquanto viaja a Harã, Jacó teve sonho no qual viu escada e Deus veio a este, dizendo que a terra o pertencia; e (c) a descida de Moisés no monte com o Decálogo. 4) Por fim, no "Purgatório", a subida de Dante e de Virgílio no monte do Purgatório, passando por cada um dos Sete Pecados. Ao atingir o cume, Virgílio - que representa a apogeu da sabedoria humana - despede-se de Dante, que passa a ser acompanhado por Beatrice. Por esta, que explicara a Dante o funcionamento do Paraíso. Desculpa pelo comentário grande, mas fiz com intuito de mostrar o tanto de significado que podem adquirir em uma estória.
Месяц назад
Muito interessantes esses paralelo, João. Obrigado por enriquecer o debate!