Nesse ponto a análise do Guilherme ficou enviesada. Mulan não é sobre feminismo ou rebeldia. Ela vai para a guerra escondida pq o pai está doente e se o pai não for a família será desonrada. É sobre família, honra e dever. Ela se disfarça de homem, mas durante o treino fica claro que ela usa a inteligência para superar os soldados e vencer o desafio. Na luta decisiva ela nao consegue vencer o vilão homem com força física, nem se coloca superior ao homem que é o chefe do exército. No fim ela volta a ser uma dona de casa e se se casa com o chefe do exército. Isso nao tem nada de feminismo.
Eu acho que ele tem razão. Pois o feminismo daquela época não era o mesmo que temos hoje. Tem sim elementos feministas nesses filmes, mas são filmes "conservadores" se compararmos com grande parte das obras que saem hoje em dia. Mulan perto de Barbie é praticamente um livro do Olavo.
Concordo. Normalmente eu tenho uma opinião parecida com o dos rapazes, mas sobre o desenho da Mulan vc fez uma ótima análise. É exatamente essa a essência. E sobre a revolta de Ariel, também não se pode dizer que não custou caro. Ela perdeu o pai praticamente para a bruxa. Acho que a lição que fica não é: meninas desobedeçam os seus pais e sim, meninas se vcs desobedecerem seus pais, preparem-se para as consequências. Até tem uma certa semelhança ao Simba, embora o rei leão seja bem mais dramático e até mais profundo em alguns bons aspectos.
@@juvenalxavier2938Ainda assim. A Mulan "rompeu" com a seguinte regra do patriarcado: assumiu a posição de um homem na sociedade. Porque ela fez isso? Para poupar o pai. Como ela fez isso? Usando sua inteligência e não força. Quais as consequências se ela fosse pega? Morte. Quando foi pega ela foi poupada por um homem. No final, tem aquela pataquada de todo mundo ajoelhar para ela, mas ela retorna a sua posição de filha. Mesmo se olharmos símbolos feministas de 20 anos atrás, ela sabia que poderia morrer.
Mulan é tranquilo, mas Ariel é uma menina mimada que desobedece o pai, procura formas claramente incorretas de ter o que quer, faz merda, isso atinge o pai diretamente e, no final, consegue o que quer da mesma forma. Ela é a coisa mais mimada que a Disney fez.
@@faustomadebr mimada é diferente de feminista, e faz parte da juventude ser rebelde, não entendem nada e erram por isso. Já a Elsa é claramente feminista, se mostra autossuficiente, não ama nenhum homem e até sua música tema é sobre se sentir bem sozinha (ou empoderada, como é conhecido hoje).
@@OCriticoAleMas a raíz dessa postura dela é feminista. A personagem não se declara assim, mas é escrita assim: ela rompe com a tradição, escolhe ser algo que ela não é por NATUREZA, usa formas claramente detestáveis para conseguir isso e, no final, recebe isso do pai, como se tudo tivesse acontecido porque o pai não a deixou ser quem ela sempre quis.
@@faustomadebr mas como eu disse, é do jovem romper tradição, isso não faz dela feminista. Existem vários contos de fada onde a personagem feminina faz o mesmo q ela e nem por isso é feminista, é da natureza do jovem.
@@OCriticoAle Ela tem a cacetada de irmãs... Nenhuma fez isso. A intenção no roteiro é clara. Dizer que é coisa do jovem, ignorando todos os demais elementos, fica feio...
@@allancesar6718 mas ninguém falou em lacração, até pq eles sabem o q significa, diferente de vc e sua turma q generalizam sem saber. Eles apenas apontaram algo q poderia ter viés feminista nas 3 obras, sendo q Frozen já mostrava lacração numa época em q ainda não se tinha nomenclatura. É como bullying, sempre existiu mas só recentemente deram nomenclatura.