No caso do termo "Deus Grego" é mais por causa do corpo do que pela cor em si. É um termo que surgiu por causa das estátuas dos Deuses gregos que era esculpidas com um corpo "perfeito". É mais pra dizer que a pessoa parece ter sido esculpida por um artista do que realmente estar comparando com Deuses ou até mesmo com a cultura grega.
@@christianevik9161 Obrigado! Mas o comentário foi só uma analogia mesmo... algo mais subjetivo. Uma interpretação minha com base na forma como ela definiu Zeus. Muitos "zeus" estão por aí protagonizando relacionamentos abusivos. São deuses gregos por fora... tipos perfeitos aos olhos, mas cheios de comportamentos autoritários, agressivos, etc. Enfim...
Eu imaginei Narciso branco e a primeira justificativa que pensei foi "Ah mas é pq eu sei que ele era grego" Mas depois refleti "e se eu não soubesse?" Percebi que eu teria pensado em um cara branco mesmo assim 🙁 Infelizmente A mente começa a inventar um monte de desculpas, mas no fundo a gente sabe que é o racismo estrutural aprendido de várias formas mesmo sem querer
Mas gregos não eram brancos na época, e acredito que tão pouco hoje, na verdade eles eram de uma cor de pele oliva, talvez só um pouco mais clara do que a dos árabes
@@ane6183 lol as pinturas feitas nos séculos 17 por brancos europeus? Kkkkkk tão verossímil quanto jesus branco E se vc tá falando das esculturas, elas eram pintadas na época que foram feitas, até o renascimento (que é onde rola a volta da influência grega na arte) elas estavam apenas em mármore, que é branco, mas as esculturas não eram
Todas as manhãs é para mim um sacrifício levantar e encarar as tarefas que tenho que fazer obrigatoriamente para manter-me viva nesse mundo capitalista. Então decidi que tomarei diariamente café contigo, Rita. Assim, acordo, aciono seu canal e te assisto enquanto tomo café. Todas as noites deito para dormir ansiosa para te ouvir ministrando suas aulas de 5 a 10 minutos para mim, aos goles de um café quente. Acordar é maravilhoso desde então.❤️
Você é incrível, meu filho Guilherme de 17 anos me apresentou seus vídeos e eu estou maravilhada com tanta sabedoria. Enriquecendo meu isolamento, obrigada.
Nossa, você escreveu o que me afligia em pensamento. Depois de assistir ao vídeo, percebi que sou um acadêmico (graduado e pós-graduado) que nunca utilizou referências negras em suas produções. Na verdade, nunca busquei sequer saber se essas referências existiam/existem. E isso é racismo estrutural perpetuado por mim.
@@higorpereira420 Estava conversando com meu esposo sobre isso, na minha pesquisa de tcc nunca apresentei nenhuma referência negra na minha tese. Agora em minha pós quero estudar sobre essa temática
Você poderia me dizer em qual página de "O segundo sexo, vol. 2" está essa citação? Já procurei e não encontrei... As ideias mais próximas que encontrei essa citação são: "Um dos benefícios que a opressão assegura aos opressores é de o mais humilde destes se sentir superior." Simone De Beauvoir, "O segundo sexo" página 22 "As minorias mais oprimidas de uma sociedade são, amiúde, utilizadas pelos opressores como arma contra o conjunto da classe a que pertencem." Simone De Beauvoir, "O segundo sexo" página 144 "A dialética do senhor e do escravo encontra aqui sua aplicação mais concreta: oprimindo, torna-se o opressor oprimido." Simone De Beauvoir, "O segundo sexo" página 508 "O fato é que os homens encontram em sua companheira mais cumplicidade do que em geral o opressor encontra no oprimido; e disso tiram autoridade para declarar com má-fé que ela quis o destino que lhe impuseram." Simone De Beauvoir, "O segundo sexo" página 731 Será que a Rita se enganou com as palavras realmente usadas pela Simone? 🤔
Assisto pelo menos 3x porque tenho que tenho que acompanhar devagar. Dificilmente alguém consegue falar de tantas referências, várias mitologias, analisar um contexto histórico amplo e ainda fazer humor em 10 min. É muita genialidade para meu limitado pensar. Adoooooro
Seria possível um vídeo-continuação onde esse “descolonizar” também perceba e debata quem já estava aqui? Ou seja, o quanto de nós é indígena e continuamente é confundido com made in África? Como lido com o ensino de cultura afro e indígena acabo cruzando com estes erros de remetente e destinatário. Em tempo, gostaria que fizesse vídeos colaborativos com produtores e produtoras de conteúdo negras/indígenas. Adoro o canal. Abraço!
perfeito, pensei parecido vendo o vídeo e n pude deixar de comentar q n faz sentido ela ter ignorado os povos nativos. porém entendo q ela fez quase q uma resenha de outros pensadores e n acrescentou ao assunto outras formas de pensamentos.
5 лет назад
Nossa, isso dá muito pano para manga! Porque creio que ainda podemos acrescentar a cultura asiática que também faz parte da nossa cultura e que muitas vezes também é esquecida nesse tipo de debate.
Stéfany Christina embora as culturas asiáticas sejam super ricas e tenham criado ares de importância no caldeirão cultural nacional, principalmente a partir do século XX, não acredito que podemos lhes atribuir o peso de “mito fundador nacional”. Ou seja, como colônia estamos continuamente em contato com diversas matizes culturais no ontem e no hoje. Entretanto, as culturas indígenas e africanas são aquelas de maior permanência no tempo, no espaço e em conflitos de hegemonia e contra hegemonia com o colonizador europeu. O conjunto de contradições deste processo (des)civilizatório que é a colonização somada a diversos modelos congruentes de escravização criou esteriótipos discriminatórios que vão do negro estuprador ao índio indolente e inútil. Este mesmo fenômeno talvez tenha participação neste problema epistêmico de remetente e destinatário sobre o qual me refiro. A inutilidade indolente do indígena construída como ideologia de apagamento histórico, cultural e substituição autoral serve ao pensamento colonizante, somado a construção de que o elitismo é europeu e o popular africano e ponto. Esta elaboração regride as nossas terras de seu status de território, (Milton Santos). Se o que dá sentido/identidade a um espaço físico é sua ocupação humana, seus usos, culturas e pertenças, territorializando o terreno, criar a percepção indireta de que aqueles que aqui estavam nada produziam de útil é essencial para o ato colonizacional, que é violento em si. Ademais “o que eu quero que você entenda” (parafraseando a Rita) é que quando tratamos da presença indígena/africana em comparação a outros matizes culturais não europeus precisamos ter o cuidado para não lhes atribuir falsa simetria, o que é um serviço colonizante que deveríamos evitar. Abraço.
Eu recomendo a professora Katemari Rosa, mulher negra, física e LGBTQ. Ela trabalha com a descolonização do currículo escolar brasileiro. Tem vários prêmios internacionais. Mais uma vez, Rita conseguiu acabar comigo ❤️
Cara eu descobri esse canal a poucos dias, e posso dizer que independente da pessoa, tema ou idioma, eu nunca vi alguém falar com tanta clareza sobre os temas. Eu sou homem, hetero, branco etc... e é natural que alguns assuntos sejam difíceis pra eu me conectar, e você consegue me explicar exatamente os pontos que não enxergo pelo meu background específico, gostaria de agradecer por esse vídeo e também o que você fala do documentário da máscara (masculinidade). Acredito que um movimento de apoio a homens seja bastante necessário, não por causa de direitos até porque temos até demais, mas no sentido de ajudar com os problemas psicológicos e estruturais, pois assim quem sabe resolvendo questões mau resolvidas possamos tratar os outros melhor, nada te faz ser mais escroto do que não estar bem com você mesmo.
" e é natural que alguns assuntos sejam difícieis..." Gabriel, sou uma educadora branca e estou estudando muito esse tema e o que eu posso lhe adiantar, meu caro, é que não é "natural" pensarmos que alguns assuntos são mais fáceis ou mais difíceis para conversarmos. O "natural" foi construido historica e ideologicamente. Acredite. nós brancos somos uns privilegiados construidos neste lugar
@@monicacosta5511 natural no sentido de não ser intuitivo pra qualquer pessoa ter uma visão sobre um tema que ele não tem vivencia, esse tipo de coisa só vem por estudo. Meu ponto é que ninguém acorda sabendo como são as dores do outro, tem que rolar um interesse em escutar e muitas vezes o fato de não ter esse interesse já diz muito sobre como você foi criado manja. Quando voce nao sabe vc nao sabe nem q voce nao sabe
A lei que implementou o ensino de história africana e indígena é de 2008. Hoje, já faz parte da base curricular. Ainda existem falhas? Sim! Porém, o primeiro passo já foi dado.
A culpa não é dos seus educadores e sim de quem os manda, ou seja, nossos governantes. Infelizmente esses conhecimentos quase são proibidos em instituições públicas. Porém, não deixe de pesquisar, infelizmente nós mesmo teremos que abrir os olhos no sistema
A tese do video e a citação da Simone de Beauvoir me fez lembrar da frase de Paulo Freire "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor"
*_Gente que aula, que conclusão, os dez minutos mais bem aproveitados do meu dia, ou seria da minha semana? Do mês? Do ano? Da minha vida? Amei o vídeo._*
A sua conclusão foi a mais acertada. Todos querem falarrrrrr mas afinal nao diz nadaaa!!!essa cena foi a melhor pra sabermos o que e realmente tudo de narcicismo🤔🤗
Rita! Muito obrigada por colocar luz no meu lado oculto cultural. Oxalá pudem todos os que te assistem deixar ecoar nas suas mentes e corações teus questionamentos, discussões e revelações. Obrigada por demonstrar o sentido nobre de ser educadora! Tu é gente que faz! ❤️
LELIA González, foi uma intelectual maravilhosa, uma professora incrível e uma militante. Infelizmente, morreu na década de 90. Foi minha professora ❤. Beijão
Você é maravilhosa... passado pouco mais de 1 ano, a sua ' fala" é muito mais que atual quando se analisa o quadro político brasileiro de julho/2021. Beijão.
Vou ter que rever o vídeo todo de novo a partir do 4:10. Foi nesse momento que levei um tapa no meio da fuça e fiquei tão arrasado que não prestei atenção a mais nada do que foi falado só pensando em quanta estupidez há em meu cérebro que ainda desconheço. Sigo desconstruindo... obrigado por ajudar! ❤
Como evitar que a cultura descolonialista não seja confundida com apropriação cultural? Ou essa cultura está mais na vivência e apreciação cultural? P.S.: Pergunta de leigo
Na apropriação cultural você esvazia determinado elemento de outra cultura e o transforma em produto, tira o significado sócio-histórico-cultural, vende e não dá um centavo à cultura espoliada. Na descolonização do pensamento você procura, no estudo de um determinado assunto, por exemplo, referências diversas; no caso do exemplo do vídeo, referências africanas em vez de só escola de chicago/escola de frankfurt/escola da palmitagem no geral e, evidentemente, dá os créditos ao autor negro/negra/mulher/indígena sem colocar que foi você quem cunhou o pensamento utilizado, haha (já vi muito)
Estou viciado em seus vídeos. Nunca em toda a minha graduação de História eu aprendi tanto como estou agora. Gratidão é o que eu sinto, por todo esse esclarecimento e disposição que vc tem em compartilhar conosco.
Tenho aprendido muito com vc Rita e pela primeira vez na vida eu sei quais livros comprar para formar a minha biblioteca. Muito obrigada e força na peruca !!!!
Você é demais!!!! Incrível. Que aula Guilherme. Simplesmente perfeito o carinho com o conteúdo, com a Rita, com o humor, a reflexão. Você utiliza a comunicação como uma arte tão potente!!! Comunica de todas as formas. Minha referência de professor!
Olhe, não tem como eu amar mais este canal, estes vídeos, estas aulas, cheias de oportunidades de aprendizado... Ritinha, vc é maravilhosa demais. Armaria! Sou só encanto por tudo que faz, fala, expõe, crítica. Agradeço sempre.
Que vídeo é esse? Não acreditava que teria um favorito do canal, mas plmddsa... que incrível! Digitando com os pés porque, com as mãos, estou aplaudindo!!!
Eu pensei no estereotipo daquilo que tenho como o homem grego bonito da mitologia. Alguem de cabelos encaracolados, branco com super bronzeado, musculoso ou forte.
Só queria escrever que te descobri há dois dias e estou viciada, apaixonada, quero abrir uma igreja pra adorar a Rita (E ter os vídeos como ensinamentos sagrados)... Brincadeiras a parte: o canal é demais! Obrigada Roxelle, suas edições são esplêndidas! ❤❤❤
Depois que assito esses vídeos fico reflexivo. É impossível ter o mesmo pensamento depois de ouvir essas palavras. Da vontade se mudar muita coisas q fazia e pensava de forma errada.
Tenho me refeito como pessoa em cada vídeo deste canal. É de uma necessidade para ontem, com tanto olhar sobre o outro, sobre mim, sobre o mundo, sobre a política, que já nem sei voltar para meu antigo eu, perdi o caminho, nem o quero mais. Obrigado por me presentear com tanto.
Rita Von Hunty é Maravilhosa... É um dos melhores personagens já criados. Guilherme é um ator Foda, e o conhecimento que ele "empresta" a Rita é incrível... Amo os videos do tempero drag, sou apaixonada na Rita e na inteligencia dela!!!
"Imagine o homem perfeito, com maxilar perfeito, pernas perfeitas..." pensei na Rita sem maquiagem dando aula. Maravilhosa. Cuidado com os lagos cristalineos.
Rita Von Hunty, a cada vídeo me torno mais o seu admirador! Tenho aprendido muito com você, e como excelente professora que você é, a sua metodologia e matérias são excelentes e apresentadas de modo incrível e esclarecedor.
👏🏻👏🏻👏🏻 e narciso segue se alimentando do ego alheio, rsrsrs. Desculpa a brincadeira. Ritinha sua saco de leite de narizinho da Nicole Kidman, que alegoria hein menina, sua danadinha... Enfim, nossa matriz é indígena, nossos colonizadores são portugueses, depois disso é um caldeirão cultural que eu amo e só encontro aqui. Ômio minha mãe Iemanjá 🙂
Professora realmente a senhora tocou em um ponto crucial eu vislumbrei a figura de Narciso como sendo um branco e em momento algum a senhora caracterizou a pigmentação da pele do personagem, meu Deus que coisa espantosa e surpreendente
Ritinha, que lindo assistir esse vídeo! Acompanho o canal há um tempo, mas não tinha assistido a esse vídeo antes. Com uns vídeos mais antigos, sempre me incomodou o fato de você trazer muitas referências europeias/norte-americanas, até que cheguei até aqui. Descolonizar o pensamento é um exercício constante e árduo. Sigamos! Um cheiro pra você e toda equipe; amo o trabalho de vocês!