Entenda o ciclo de vida do Toxoplasma gondii, um protozoário parasita intracelular do grupo dos Apicomplexa. Vídeo produzido pelo grupo de pesquisa de Wanderley de Souza (Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ/Cenabio/INBEB).
Seleção natural. Ainda que esses seres não tenham sistema nervoso central, eu também diria que não só o protozoário do vídeo, mas como diversos outros microrganismos, a exemplo do HIV, são seres intrigantes a ponto de a gente achá-los inteligentes. Mas foi apenas a natureza que forçou a seleção dos seres com maior capacidade de se reproduzirem e perpetuarem.
Esse parasita se instala também no cérebro do rato. Portanto, vai causar destruição de uma estrutura cerebral específica e responsável por desenvolver nossa moral, códigos de ética e saber que nossas ações geram consequências, as quais, na maioria das vezes, são ruins. O nome dessa estrutura é amígdala cerebral, ela também está presente em nós humanos. Sabe quando a pessoa bebe muito álcool? Então, ela fica mais corajosa, ela praticamente não tem mais medo de nada, nem de levar um tiro. Isso porque o álcool vai deprimir as funções da amígdala, ou seja, vai fazer com que ela deixe de funcionar, ou funcione menos; o Toxoplasma gondii faz a mesma coisa nas amígdalas dos ratos. Agora, pense um pouco, isso é bom ou ruim? É ótimo, porque assim o rato vai ser devorado pelo gato, e o toxoplasma vai sobreviver e continuará se reproduzindo.
hospedeiros intermediários de toxoplasma gondii têm aumento de dopamina, a dopamina é um neurotransmissor que em excesso nos seres humanos causa esquizofrenia. de semelhante modo em ratos, o excesso de dopamina faz eles perderem o instinto natural de medo do felino. com o decorrer da evolucão do parasito para facilitar a propagação do ciclo, então ele desenvolveu a habilidade de aumentar a taxa de dopamina nesse animal. impressionante
Sim, na verdade eles não perdem o medo de gatos, as alterações neuronais causadas no cérebro dos ratos podem impedí-los de sentirem o cheiro da urina dos gatos e, por conseguinte, serem alvos mais fáceis para o predador. Isso pode ocorrer também com alguns primatas que não sentem o cheiro da urina de felinos como onças por exemplo.
