O coração de Cristo - Ecclesia - 01/10/2024
Dom José Falcão faz uma reflexão sobre o coração de Cristo, que diz: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração". Cita os seguintes textos: “Eis a aliança que, então, farei com a casa de Israel - oráculo do Senhor: Eu lhe incutirei a minha lei; eu a gravarei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo” Jeremias 31,33 “A tradição espiritual da Igreja insiste também no coração, no sentido bíblico de “fundo do ser” (Jr 31,33), onde a pessoa se decide ou não por Deus” Catecismo da Igreja Católica, n. 368 “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” Mateus 11,28-30 "Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele" (Hab 2,3s) Hebreus 10,38 "Pediram então um rei, e Deus lhes deu, por quarenta anos, Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim. Depois, Deus o rejeitou e mandou-lhes Davi como rei, de quem deu este testemunho: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades" Atos dos Apóstolos 13,21-22 “O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do “filho pródigo”, cujo centro é “O pai misericordioso”: o fascínio de uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela” Catecismo da Igreja Católica, n. 1439 “Jesus conheceu-nos e amou-nos a todos durante sua Vida, sua Agonia e Paixão e entregou-se por todos e cada um de nós: “O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim” (Gl 2,20). Amou-nos a todos comum coração humano. Por esta razão, o sagrado Coração de Jesus, traspassado por nossos pecados e para a nossa salvação (Jo 19,34), é considerado o principal sinal e símbolo daquele amor com o qual o divino Redentor ama ininterruptamente o Pai Eterno e todos os homens” (Pio XII, Enc. ‘Haurietis acquas’: DS 1934; cf. DS 3812) Catecismo da Igreja Católica, n. 478 “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” Mateus 5,8 “A sexta bem-aventurança proclama: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão “puros de coração” designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos: a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé. Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé: Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, “para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que creem” (Santo Agostinho, De fide et symbolo, 10, 25) Catecismo da Igreja Católica, n. 2518 “O coração é a sede da personalidade moral: ‘É do coração que procedem más intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações’ (Mt 15,19). A luta contra a concupiscência da carne passa pela purificação do coração e a prática da temperança” Catecismo da Igreja Católica, n. 2517.
3 окт 2024