Júpiter é o quinto planeta e o maior e mais peculiar planeta do Sistema Solar.
Normalmente, quando se fala de Júpiter, refere-se à sua vasta atmosfera.
No entanto, Júpiter não é feito apenas de atmosfera.
O que exatamente está escondido no interior deste "planeta gigante"?
A anatomia dos planetas gigantes
Astronomicamente falando, Júpiter é um típico gigante gasoso, um planeta de grande massa com uma vasta atmosfera composta principalmente de hidrogênio e hélio.
Esses gases são, por si só, extremamente leves.
Júpiter precisa ter uma gravidade imensa para conseguir reter esses gases por longos períodos.
Algumas características da formação de Júpiter estão diretamente relacionadas a essa gravidade.
Quando o nosso sistema solar ainda era "recém-nascido", ou seja, logo após a formação dos planetas, eles eram aglomerados de "pedrinhas" cósmicas chamadas planetesimais.
Os planetesimais continuaram a colidir e a se fundir uns com os outros, aumentando sua massa.
Assim, esses protoplanetas atraíam cada vez mais matéria.
Entre essas matérias havia gás, que mais tarde se tornou a atmosfera do planeta.
Nos planetas telúricos, a atmosfera inicial era completamente diferente da atual.
A atmosfera de Vênus não era tão densa e na atmosfera da Terra não havia oxigênio.
Além disso, perto da superfície de Marte havia uma a camada de ar muito mais espessa do que é hoje.
Essas mudanças estão relacionadas a vários fatores individuais de cada planeta, mas há também alguns pontos comuns.
Primeiro, gases relativamente leves como hidrogênio e hélio gradualmente se dissiparam.
Em seguida, ocorreram vários processos na superfície dos planetas que influenciaram a composição atmosférica.
Por exemplo, na Terra, ocorreu o Grande Evento de Oxigenação.
Organismos unicelulares primitivos que adquiriram a capacidade de fotossíntese proliferaram, aumentando dramaticamente a quantidade de oxigênio.
Júpiter tem uma superfície?
Em geral, a maioria dos artigos e vídeos afirma que, por definição, os gigantes gasosos não possuem uma superfície sólida.
O que os cientistas consideram como a "superfície" de Júpiter é a camada superior das nuvens em sua atmosfera.
Essas nuvens são extremamente densas, tornando quase impossível enxergar abaixo delas.
As imagens capturadas do espaço e por telescópios mostram exatamente isso.
Não se sabe exatamente qual a cor do oceano de Júpiter, nem o que há abaixo dele.
No entanto, parece que nos desviamos um pouco do assunto principal.
Bem, na verdade, Júpiter também tem uma superfície sólida.
No entanto, outra história é que ela está enterrada sob milhares de quilômetros de atmosfera e um oceano de hidrogênio.
Quando falamos de uma superfície sólida, estamos nos referindo aqui, é claro, à "parte mais profunda" do quinto planeta do Sistema Solar, o núcleo no coração de Júpiter.
Em certo sentido, o núcleo de Júpiter poderia ser considerado o "verdadeiro quinto planeta".
Esse é exatamente o protoplaneta que ele já foi, e uma espessa camada externa de hidrogênio e hélio começou a se formar ao seu redor.
Comparado à Terra, a massa do núcleo de Júpiter é aproximadamente 10 vezes maior e seu diâmetro é 1,5 vezes maior.
No entanto, isso é apenas uma estimativa aproximada baseada em cálculos.
Na realidade, pode ser muito maior e mais massivo.
Provavelmente, o núcleo de Júpiter é composto principalmente de rocha rica em ferro.
No entanto, é difícil imaginar como essas rochas se transformaram sob condições de alta temperatura e pressão extrema ao longo de 4,5 bilhões de anos.
Podemos ver o coração de Júpiter?
O núcleo de Júpiter ainda guarda muitos mistérios.
No entanto, com o nível atual da tecnologia, não podemos sequer sonhar com uma sonda que possa mergulhar tão profundamente no quinto planeta.
Por enquanto, não conseguimos alcançar nem mesmo o manto ou o núcleo da Terra, quanto mais outros corpos celestes!
Felizmente, os cientistas não precisam necessariamente observar os corpos celestes para investigá-los.
Se enviarmos mais satélites artificiais e sondas equipadas com instrumentos de ponta, poderemos obter ainda mais informações valiosas sobre o interior de Júpiter.
Usando vários métodos indiretos de pesquisa, certamente conseguiremos desvendar os segredos escondidos sob milhares de quilômetros de hidrogênio.
No entanto, enquanto o quinto planeta existir, não poderemos ver seu núcleo diretamente.
Júpiter continuará a existir por um longo período, pelo menos até o Sol "se expandir" e se transformar em uma anã branca.
O que acontecerá depois disso é incerto.
No entanto, é muito provável que o quinto planeta continue orbitando os restos do Sol.
Em outras palavras, não importa qual seja o destino final do universo, Júpiter provavelmente existirá até lá.
Mas isso é algo que acontecerá daqui a bilhões de anos.
Se a humanidade ainda existir até lá, ninguém sabe em que nível de desenvolvimento estaremos.
5 окт 2024
