Recém recobrei minha fé, e o porquê é simples: a razão, per se, não dota o homem de meios para suportar os males atuais! Obrigado pela aula, caríssimo! Deus fê-lo com sabedoria, e, por isso, a Igreja Católica é-lhe grata!
Nougué, permita-me fazer uma pergunta: A univocidade do ser em Duns Escoto pode ser aceita por quem adota a analogia entis, ou são coisas completamente distintas, entre as quais não há conciliação?
Grande Carlos Nougué! Não é apenas um homem com um grande cabedal de conhecimento, mas principalmente com a capacidade de articular, inter-relacionar e interpretar todo esse conhecimento. Com certeza é um dom de Deus para o nosso tempo, assim como outros.
2 года назад
Muito obrigado, caríssimo, a seu dispor. Fique com Deus.
O papel da redenção em relação ao mal é fundamental, pois se pensa as vezes que o mal gera alguma coisa boa por efeito colateral, mas na verdade não é isto, pois no mal há incalculabilidade que só pode ser interrompida pela redenção. Dito isto o bem vindo posterior ao mal é redenção e não fruto do mal.
Uma das minhas maiores crises de fé não foi o ateísmo, até porque eu não consegui crer no acaso. Até mesmo a lei da física, etc... Minhas maiores crises de fé é sobre o mal, eu não conseguia entender porque pessoas ruins tem a sorte de ter filhos, depois abusam dos próprios filhos, Deus deu à graça para eles, e outras boas pessoas não conseguem ter filhos... De certa forma, se Deus é a causa primeira de todas as coisas, Deus criou os homens mesmo sabendo que a maioria iria para o inferno. É muito complicado entender todas essas questões, eu preciso pagar pelos erros de Adão e Eva. O pior de tudo é inferno eterno, você não pediu pra nascer, tem o azar de nascer em uma família onde foi abusado, etc... E mesmo assim, é preciso perdoar as pessoas e buscar uma vida cristã mesmo com todos esses traumas.. São os temas que mais me colocavam em crises.
Professor, fiquei com uma dúvida: Onde Lucifer entra com culpa acerca do início do mal? Digo, quando ele caiu, ele não pecou primeiro? Logo o pecado não chegou ao mundo por ele ter pecado antes que Adão e Eva?
3 года назад
O mal entrou no mundo humano por Adão e Eva. É isto o que quis dizer. Um abraço.
Senhor professor Carlos Nougue, sou luterano e sempre me maravilho com sua didática e também assuntos pertinentes. Desejo que a Graça Salvivica do Deus da Santíssima Trindade, estaja sempre em sua vida Ps: Teria como o senhor explicar o erro da predestinação calvinista? Sei que é pedi muito, uma vez que o senhor é um homem ocupado
Professor, por favor, o Senhor disse, nesse vídeo, que no governo atual e no anterior, que pior que a corrupção são as leis que são aprovadas, o Senhor cita, como exemplo a lei da imigração. O Senhor tem algum vídeo que dê mais informações sobre essas leis, ou, o Senhor pode me orientar onde obter essa informação? Muito obrigado por tantos ensinamentos.
Professor, escrevi quatro questões sobre o relativismo nos moldes da Suma Teológica, é breve, possui cerca de 2 páginas de conteúdo. Se não for incômodo, gostaria de pedir, para o senhor, uma breve avaliação do texto: Questão 1. Se tudo é relativo A OBJEÇÃO - Tudo é relativo ora! Se um Homem vê que a cor de uma camisa é vermelha, poderia eu ser daltônico e ver amarelo. Logo, a cor desta camisa é relativa. Isso demonstra-se com tudo. SOLUÇÃO A OBJEÇÃO - Existem verdades absolutas, relativas e objetivas. O caso da camisa vermelha é um caso relativo, contanto, isso não implica que todas as coisas sejam relativas. Se tudo é relativo, não pode-se afirmar que tudo é relativo. Ora, ao afirmar que 'tudo é relativo', afirma-se uma verdade absoluta, o que leva a uma incoerência do argumento. Pode-se ainda, demonstrar que nem tudo é relativo através de dois outros modos: PRINCÍPIO DA ADJETIVIDADE: Um Homem infértil não pode conceber filhos sem usar de meios artificiais. Ora, isto é um fato! Não pode-se relativizar que ele não pode conceber filhos sem usar de meios artificiais, visto que só há uma possibilidade: ele não pode conceber filhos. Logo, nem tudo é relativo. PARADOXO DA EXISTÊNCIA: Se tudo que existe, existe, a existência de tudo não poderia ser relativizada. Ora, só haveria meio de relativizar a existência de tudo se fosse considerável que tudo fosse não-ser. Ora, vemos que nem tudo é não-ser, logo a existência não pode ser relativizada. A existência é objetiva: ou algo existe, ou algo não existe. Não há formas de relativizar. Questão 2. Se a verdade absoluta é momentânea A OBJEÇÃO - A verdade absoluta embora exista, é apenas momentânea. Ora, pode-se afirmar que tudo que existe é Ser, mas esta ainda é uma verdade momentânea. Ora, tudo que existe hoje pode ter sido Não-Ser em outrora. SOLUÇÃO A OBJEÇÃO - Como dito na Questão nº1, existem três tipos de verdades: as verdades absolutas, as verdades relativas e as verdades objetivas. As verdades relativas, são aquelas que dependem do ponto de vista, como o exemplo da cor da camisa dado na primeira questão. Enquanto isto, as verdades objetivas são as verdades mutáveis, isto é, que são momentâneas. As verdades de origem objetiva podem-se exemplificar como a idade: hoje tenho 50 anos. Esta é uma verdade mutável, pois no próximo ano, este Homem poderá ter 51 anos. Por fim, demonstram-se as verdades absolutas. As verdades absolutas são aquelas verdades que são atemporais; sempre foram, sempre são e sempre serão. Exemplifica-se a verdade absoluta pela existência de Deus: se ele existe, ele sempre existiu, sempre existe e sempre existirá, enquanto se ele não existir, ele nunca existiu, nunca existe e nunca existirá. A moral deriva-se de Deus e tem ordem metafísica, o que demonstra sua atemporalidade. Questão 3. Se a moral é uma verdade absoluta, objetiva ou relativa PRIMEIRA OBJEÇÃO - A moral é relativa, visto que é um caso de cosmovisão. O Homem só crê que algo é errado porque foi educado em uma sociedade que lhe diz o que é certo e é errado. Portanto, a moral é relativa. SEGUNDA OBJEÇÃO - A moral é apenas um conjunto de regras criadas pela sociedade para que se estabeleça a ordem. Portanto, a moral é relativa, porque pode variar de sociedade para sociedade. SOLUÇÃO - Encontra-se nestas objeções uma falta de consenso nas linguagens. Ora, diz-se que a moral é relativa porque é um conjunto de regras criadas pela sociedade para que mantenha-se a ordem, mas faz-se um erro ao afirmar isto. Esta definição é consenso para o termo que chamamos de lei: ora, a lei é um conjunto de regras criadas pela sociedade para que mantenha-se a ordem. A lei humana pode ser considerada parcialmente relativa, pois poderá variar de civilização a civilização, porém a priori percebe-se que a lei humana tem parcialidade de verdade absoluta, pois deriva da moral que é uma verdade absoluta. Faz-se mister agora, definir o que é a moral. De acordo com o Filósofo, a Moral é a busca por um bem. Deus é o Bem Máximo, como demonstra o Doutor Angélico em sua quarta via. É por fim necessário citar que o Filósofo nos ensina que: a Lei serve para educar a Moral. QUANTO À PRIMEIRA OBJEÇÃO - Agora que nos adequamos aos termos, diz-se que a lei humana é parcialmente absoluta e parcialmente relativa. Porém, A Lei de Deus - que é a Moral Divina, isto é, a busca pelo Bem Máximo, - é por completude absoluta, pois Deus é um ser de ordem imutável. Conclui-se aí que: a lei humana é parcialmente relativa e absoluta, a lei de Deus (a Moral) é absoluta porque tem origem e significado na busca de Deus, que é um ser de ordem imutável. O Homem que é educado em uma sociedade que lhe ensina o que é certo e errado pela Lei, que tem origem na Moral. Ora, mas a função da lei é justamente educar a moral humana. QUANTO À SEGUNDA OBJEÇÃO - Como visto, a moral não pode ter sido criada pela sociedade, pois esta é a busca por um Bem, e o Bem é de natureza metafísica. O Homem não pode criar os seus próprios bens. A lei, porém, foi criada pelo Homem, mas com base na Lei de Deus (a Moral) que é de ordem absoluta. Obrigado pela atenção!
Olá professor, boa noite ao senhor! Uma pergunta em relação ao mal: Segundo Dionisio o Areopagita, o mal é uma completa nulidade, e sendo assim, não pode ser objeto da vontade, porque a vontade está para o bem como o intelecto está para a verdade, sendo assim, não pode haver nenhuma escolha pelo mal enquanto mal (Aí entra o bem relativo e o bem menor). O senhor sabe dizer se Santo Tomas subscreve essa opinião do Areopagita? Se sim, podemos concordar com Aristoteles e Platão quando dizem que a realização do mal é um defeito do intelecto? Um abraço! Fique com Deus, que Maria interceda sempre pelo senhor
Excelente palestra! Uma pergunta! A Bíblia diz que Deus não pode ser tentado .Sabendo que Jesus é Deus, como explicar o fato de que ele fora tentado pelo diabo no deserto? Professor ,por gentileza lance uma luz sobre esta questão. Grato!
Muito obrigado. Pois bem, ele também era homem; embora se possa dizer, também, que o diabo pensou tentá-lo, mas ele não se sentiu tentado. Um grande abraço.
Olá mestre. Gostaria de saber se o senhor participa apenas da missa de sempre, e se não for muito intrometido, onde o senhor participa? Numa capela da Fsspx?
Minuto 20.44 não entendi bem. Se eu entendi, tenho divergência do argumento apresentado, data venia. Explico: me parece que temos sim instintos animais. No exemplo da criança mencionado, ela pode ser que brinque ou pode ser que nada faça, fique apenas olhando a fera, mas isso não quer dizer que ela não tem instinto. Quer apenas significar que pela própria constituição e estágio inicial em seu crescimento , é lhe impossível correr ou fugir do perigo, nem andar anda ainda. Quanto mais correr. Não sei se consegui exprimir bem a divergência. A criança ainda não " sabe " do perigo ali no exemplo pois ainda está tomando os primeiros contatos com a realidade. Ela, como ser humano que é tem seus instintos que se desdobram com o passar do tempo mas não quer dizer que não tem instinto. Apenas a criança reage em.tempo e lugar próprios.
Ótima aula, professor! Tenho uma dúvida quanto a St. Tomás, e se o senhor puder responder, ficarei grato. Santo Tomás errou quanto ao dogma da Imaculada Conceição? Acabo de ler um de seus textos e fiquei até em dúvida se era isso mesmo: "Beata autem virgo in originali est concepta, sed non nata." Obrigado, professor, e grandes abraços.
3 года назад
Muito obrigado. E, sim, junto com S. Bernardo, S. Alberto Magno e S. Boaventura, S. Tomás errou quanto à Imaculada Conceição; todos estes e muitos outros a negaram. Mas não cometeram heresia: o assunto ainda era disputado, 6 séculos antes do dogma definido por Pio IX. Quanto a Duns Scot, é falso dizer que ele defendeu a Imaculada Conceição; apenas defendeu sua possibilidade, dizendo-a porém igual à possibilidade de que não tivesse havido a Imaculada Conceição. Mostro tudo isto em meu novo curso, que começa nesta quinta: cursos.estudostomistas.org/curso/maria-purissima/?fbclid=IwAR3976tleP53YS4paRo5-B8myevhVXJgsoJY0QlQYD0ASexiV68ge3xQth4. Um abraço.
Salve! Há uma dúvida que ainda me atormenta. Deus poderia ter nos criado sem a possibilidade de pecar, pois no céu não teremos essa possibilidade. Ou seja, Ele pode. Então por que não fez? Por que não nos criou diretamente no céu sem a necessidade de escolher entre Ele e o mal?
Год назад
O céu é um prêmio. Ora, para ganhar um prêmio, é preciso merecê-lo. Mas não o poderíamos merecer se não pudéssemos pecar e evitar pecar. Logo, não haveria céu sem pecado.
@ Agradeço pela resposta! Faz sentido. Mas agora surgiu outra dúvida: por que Deus escolheu criar esse sistema de prêmio pela boa escolha e punição pela má? Eu li que Deus criou o mundo para a sua glória. Mas Ele criou o mundo que mais Lhe dava glória? Se sim, não seria mais glorioso para Deus criar os anjos e os homens já gozando da felicidade eterna e glorificando-O por toda a eternidade em vez de criar homens que, por sua escolha, sucumbem para o mal, já que isso diminui a Sua glória extrínseca?
@ Ou é mais glorioso para Deus que os homens e os anjos O escolham livremente entre Ele e o mal?
Год назад
@@rugalbernstein5609 Deus não necessita de glória, caro. Não foi por isso que criou o mundo, mas em oirdem à sua mesma bondade. E obviamente é mais bondoso fazer criaturas que mereceçam do que não. Um abraço.
@ Sim, eu sei que Deus não necessita de glória, porque a sua glória intrínseca é infinita. Mas então por que ele criou o mundo se ele não necessita de nada exterior a si mesmo? O senhor responderá que é por puro amor e que a vontade de Deus não tem causa, e eu concordo. Mas, se não foi por necessidade, foi porque ele simplesmente quis, por um ato de sua vontade, exteriorizar os seus atributos nas criaturas, certo? A minha dúvida é se esse é o melhor dos mundos possíveis. Não no sentido de ser o mais bom, afinal, nenhuma criatura pode ser tão boa quanto Deus e por isso ele não pode criar "o melhor" mundo possível; mas no sentido de ser o mais conveniente para o fim pretendido: manifestar as qualidades divinas nas criaturas. Na minha opinião, esse é o mundo que mais dá glória extrínseca a Deus, manifestada nas suas criaturas, mas eu posso estar enganado.
Salve Maria,professor! Gostaria de saber onde comprar os livros do pe.Calderón,estou querendo seguir a lista bibliográfica da escola tomista e...nao acho livros do pe.Calderón.Agradeço desde já!
3 года назад
Caríssimo, a editora Castela começou a publicá-los em português. Mas a coisa vai demorar. Escreva-me ao e-mail da Escola Tomista. Um grande e grato abraço.
Irmão carlos vc tem que sair do catolicismo e se converter na igreja adventista que é verdadeira ok Catolicismo não é de DEUS tá
Месяц назад
É mesmo? E por que não à batista, ou a qualquer outra das milhares e milhares de de seitas protestantes? Talvez à Bola de Neve, ou à Igreja do Cuspe de Cristo... É o shopping center protestante, um vasto comércio de tudo. Vou pensar...
É vc tem razão Já vi algumas igrejas assim Não falo da sua pessoa e sim a doutrina Placa de igreja não salva ninguém e sim a fé em Cristo JESUS te ama muito Um abraço meu irmão