O mundo acadêmico é igual ou pior... Quase surtei quando descobri essa podridão. Por ser introvertida e melancólica sempre fui muito observadora e calada. Isso me permitiu ver como o ser humano pode ser "baixo" em prol da manutenção do ego e da soberba. Fora isso, sofri bullying por ser quieta, reservada e por não aderir as ideologias do meio. Perdi parte da minha "inocência" mental nesse ambiente. Hoje ( apesar de sofrer com a ansiedade por esperar sempre o pior) estou mais calejada. Porém, dói perceber que boa parte das relações é um jogo de interesses. Recentemente foi aprovado o trabalho híbrido (parte presencial e parte remota) na universidade. Isso tem contribuído muito para a recuperação da minha saúde mental. Sou muito grata a Deus por essa oportunidade. Se não fosse assim, acredito que não teria mais forças para trabalhar neste lugar.
Ah, mas é desafiador mesmo. Quando a gente parte para o mercado de trabalho, independente da área, acho que entramos no que o Pondé fala sobre "o boleto pra pagar é a maior escola". Não tem como manter a inocência total. Temos que acordar o lobo que existe em nós e alimentar um pouco a fera, porque senão seremos engolidos. Ponde gosta da pré história e faz sentido. A luta pela sobrevivência ainda não deixou de ser uma selva. Welcome to the jungle.
Eu queria querer não ser assim, mas sofro constantemente. Todos os dias me parecem ser tortura. Já quis acreditar e muitas coisas, mas hoje em dia tento existir um dia de cada vez. Afinal, aparentemente pouco importa como vou viver a vida. A frase que me "mantém" é: "é preciso imaginar Sísifo feliz". Embora saiba da ausência da obrigação de ser feliz, o senso de satisfação extremamente limitada (quando existe satisfação) é muita das vezes o pior tipo de coisa a se sentir.
Eu sei que o Pondé não lê nada do que as pessoas comentam aqui, mas não vou me furtar de escrever que eu fui "o melancólico" por 40 anos no mundo corporativo. Ainda tenho algumas ligações com este mundo, embora seja oficialmente aposentado. O que pude observar é que o mundo corporativo, (em especial as lideranças, desde gerentes até diretores e presidente), tira das pessoas o que elas têm de pior. Este é o motivo de estarem sempre tentando inventar alguma coisa para "motivar o time". É um ótimo exemplo condensado da sociedade como um todo. Mas, eu não sei de nada. Sou só um misantropo de plantão.
Eu trabalhei numa grande multinacional e esse bla bla bla todo me deixava enjoado. Por outro lado, acabei ficando indiferente e às vezes até entrava no jogo.
Como melancólico, percebo que os "jogos de mentiras", sobre os quais Pondé menciona, então incrustados nas relações humanas em todos os âmbitos. A vida, como o filósofo do vídeo costuma dizer, é um ESCÂNDALO! Entretanto, se o melancólico não for tomado pela dor, o que costuma ser deveras comum, será capaz de usufruir um pouco dessa existência incompleta e difícil. O ambiente corporativo é apenas um desses cenários.
pq o senhor nao escreve um livro? tem uma pá de gente que imagina que mundo corporativo é sobre gente alegre que executa atividades legais e importantes. OBS.: sai do mundo corporativo há 2 anos, para manter minha saúde e individualidade
Concordo com vc Pondé. Porém, não por muito tempo. O ambiente corporativo vai tentando envolvê-lo e não tendo sucesso reage isolando pouco a pouco aquele que não se curva aos modismos e não fala o "corporativês". Aí as promoções não acontecem, a avaliação 360⁰, que conta com as avaliações dos colegas, cai e a exclusão é questão de tempo. Em épocas de intolerância, ai de quem não rezar no mesmo credo. Dá prá chegar até gerente. Depois, ou você não aguenta ou eles não te aguentam e te mandam embora. Oito anos de mundo corporativo, para mim, foi o suficiente. Não sei se sou só um pouco melancólico. Sou cético com relação ao ser humano, quando há para ele tantos cenários para se esconder.
@@lucascorazza9792se me permite! Creio que fora do Brasil seja pior, devido que as pessoas fora do Brasil são mais desenvolvidas em todos os sentidos, então a concorrência é maior, será um saco ficar competindo a todo custo pra se manter no corporativismo. Agora, no Brasil, vc vê o tanto de incompetentes que estão em cargos importantes, dirá a política que é só vc ser um pouco famoso, vc consegue beliscar um cargo no governo rs
Vendo os comentários, me sinto acolhida. E tão cansativo e amedrontador o mundo acadêmico e corporativo, mas Deus me dá forças pra suportar tudo isso! Comecei no meu primeiro emprego, dentro dessa área e ja observo as nuances entre as pessoas...
Um "melancólico praticante" não sobrevive ao mundo corporativo. Imagina dar a entender que está se lixando pra aquilo numa reunião supostamente importante!
Primeiro é preciso definir o que é um "melancólico praticante"; não faço ideia do que seja. Segundo, eu sempre fui melancólico (termo antigo para se designar a depressão). Sobrevivi por pouco. Curiosamente, tentei suicídio quando já estava fora de lá. Passei 40 anos dentro deste mundo. É um lugar em que se tira das pessoas o que elas têm de pior. Por isto estão sempre contratando "consultores motivacionais". Um dos casos mais malucos que vi, foi de uma grande montadora que criou uma "campanha do comprometimento". Ora, se uma campanha desse tipo era necessária, era porque as pessoas não estavam comprometidas. Aí, os executivos acharam que uma campanha resolveria. Vai ser idiota lá na casa do chapéu, não?
Acredito que me aproximo da definição e desde que entrei no mercado de trabalho enfrentei problemas em lidar com autoridade e com o convívio daqueles que só vivem em função de bater meta. Tenho um desejo constante de poder trabalhar sozinha.
Claro que não. Tenho personalidade melancólica e estudo para concursos públicos justamente porque sei que não tenho saco pra essa desgraça que é o mundo corporativo.
Jesus diria: mais fácil um imperador romano ser estóico, do que um melancólico sobreviver no mundo corporativo. Convenhamos, Marco Aurélio terceirizou o campo de batalha!
Depois de assistir à esse vídeo, " não me resta outra alternativa!" Vou me inscrever neste canal!! Finalmente alguém falou a verdade, sem medo de ser incompreedido!! F#dam - se todos! 😮😅😂 Gratidão sempre ❤
eu como melancólico no meio corporativo, utilizo as máscaras, aquelas mesmo do próprio Nietzsche, que me representa como personagem no dia a dia. Minha dor são para aqueles que são os próprios personagens.
Poderia me falar como é a realidade dentro do serviço público. Eu trabalho de forma autônoma, mas tenho um pouco de interesse em futuramente ingressar no serviço público
@@filipearaujorodrigues8302 É como ser funcionário do setor privado, mas no setor privado o patrão é o patrão, no serviço público o seu superior está como superior e não está lá por mérito e por designação, entretanto o cara acha que é o bichão. Sem falar nas cobras ao seu redor que só se sentem eficazes na sua ruína... Pense bem em qual setor pretende se meter, guerreiro.
@@marcosodinson4457 consigo imaginar perfeitamente a situação, complicado. Eu vejo o pessoal falando que concurso público é o paraíso na terra, mas sempre tive minhas dúvidas. E depois do seu depoimento, vejo que a realidade é bem diferente. Obrigado pela resposta, desejo tudo de melhor para você. Abraço!
@@filipearaujorodrigues8302 Vlw, existe a tal estabilidade em relação ao cargo, se vc cumprir suas horas e tal não há nada que justifique uma exoneração, mas do outro lado da moeda, muitas pessoas de olho naquilo que acreditam que vc tem.
@@filipearaujorodrigues8302em todas as áreas é assim, não escapa uma, o ”segredo” muitas vezes é entrar mudo e sair calado! Se transformar em um observado do mundo!
É impossível um melancólico ser feliz no ambiente corporativo. Todo dia nos enfiam um suco motivacional goela abaixo, seja em forma de discurso ou nas entrelinhas mesmo, perceptível pelo ambiente: nas reuniões, as conversas, as “iniciativas” da empresa. Tudo isso me embrulha o estômago diariamente. Mas fazer o quê? É o meu ganha-pão.
Mundo corporativo é de onde tiro meu ganha-pão atualmente. Mais que melancólico, sou autista --- tardiamente diagnosticado. O que me ajuda é que sou de TI (desenvolvedor). Tenho 15 anos de área, mas tenho em mente que não consigo subir para um cargo de gerência, por exemplo, e que tenho me mantido na área por conta da demanda por profissionais e da experiência. Mas depois do quarenta anos (tenho 37) e com o aumento de profissionais disponíveis não sei como será... Como disse o Pondé em outro vídeo, a vida não é fácil no mundo corporativo assim como não é qualquer lugar... Fazer o quê?
Bom, sou desenvolvedor de software e também estou na mesma situação... Talvez quando as pessoas escutam de mim que não desejo cargos de liderança, podem achar que não possuo auto confiança suficiente, ou que não sou ambicioso. Mas não é nada disso, simplesmente não desejo entrar num buraco de estresse, angústia e mais ansiedade do que já sinto hoje, principalmente por conta da Fobia Social. É um raciocínio simples... Me deixa com minhas tentativas de meditações, que eu te deixo com seus cargos de liderança kkk
Toda pessoa voltada para o mundo corporativo, acha que temos que saber qual currículo ele tem. Como se isso significasse alguma coisa para o mundo real.
os melancolicos eles tem uma visao pesssimistas para evitar cair em ilusao e eles conseguem descobrir as pessoas de forma analica ,ele tem uma visao negativa para evitar a decepçao !!..
Talvez num país de primeiro mundo com baixos índices de desemprego o melancólico sobrevive bem mas na América Latina onde temos alta de desempregados e sub-empregos em sua maioria, falo isso por experiência própria como um melancolico, o mundo corporativo no Brasil é um lugar de muita competitividade e falsidade.
Quando penso em Kafka trabalhando em uma seguradora analisando dossiês , vejo que nada é impossível. Aliás, foi daí que ele tirou muita "inspiração" para seu universo. Fico aqui imaginando quando alguém batia a porta de sua sala ou invadia sua baia, seu desespero. O chefe chamando pedindo para ele acompanhar alguém pela cidade.Spinoza preferiu polir lentes a dar aulas, afinal melancólicos também pagam boletos.
Gente, então vocês estão dizendo que o mundo corporativo motiva o pior no ser humano, em termos de jogos de poder, e é um ambiente insalubre. O mundo em que vivemos nos últimos 70 anos foi entregue às empresas e o resultado foi a mudança do clima e possível extermínio da humanidade. Se o mundo corporativo é tão horroroso assim, por que ele não é mais questionado e derrubado do seu trono?
Você está questionando ou afirmando a podridão do mundo corporativo? A razão de não ser questionado em seu trono é muito simples: dinheiro, que é simplesmente o maior poder existente desde a financeirizacao do mundo, quem tem poder controla tudo. Se o mundo corporativo controla tudo através do dinheiro, ele vai derrubar ele mesmo? Não faz sentido.
eu sou um melancolico,e na realidade a ilusao e uma arma que muitos inimigos usam para conseguir nos derrotar,e tragico em saber que a desleadade existir !!..
@@luisaugustobonilha8210 na verdade, do ponto de vista psicanalítico, o jogo e as encenações do mundo corporativo, onde ninguém pode ser quem é na realidade, é profundamente patológico. É uma realidade paralela, um ambiente intencionalmente psicótico, recriado todos os dias.
@@renatorodriguesdasilva2300É como se fosse exigido que "no trabalho" você fosse psicótico nessa loucura toda do mundo corporativo, e na sua vida pessoal vc pode ser quem é de vdd. Complicado.
@@Pazuzu- Entendo, mas eu particularmente não concordo com a sua opinião... Mas ainda sim gostaria de entender, por que você acredita que funciona necessariamente dessa forma?
Me descreveu. E vou dizer a melancolia não serve pra nada. E você percebe as coisas antes dos outros sim, o que é uma porcaria. Sofre antes dos outros.
Eu trocaria fácilmente a palavra "melancolia" por duas (para que seja mais compreensível aqui, na minha escrita, mas de significado prático e "solo) que, creio eu, seriam mais adequadas ao tema e até mesmo teriam significado bem semelhante ao do vídeo, quanto a prática... Palavras: "ceticismo prático"
@@angelicasilva1903 Sim, fez sim. Mas, como disse, seria mais aplicável um "ceticismo prático", tem sua "dose de melancolia", é vacinado contra devaneios utópicos, mesmo sendo cético em determinados pontos (principalmente em relação às pessoas) é prático o bastante para não abdicar totalmente da coerência e do contexto de ser, estar e compor sua "fatia" da sociedade. É sóbrio sem ser totalmente "descrente".
Acho que o otimista também tem dificuldade de sobreviver ao ambiente corporativo. A gente atura até certo ponto. Paralelamente, perseguimos objetivos próprios pra sair desse ninho de cobras o mais rápido possível.
Podemos pensar como sinônimo de "melancólicos", "etês" na sociedade? Aqueles que não se levam pela imbecilidade massificada (o marketing para coisa coisa)?