Vídeo do live no Facebook realizado em 25/10/2017, com a conselheira presidente do CRPRS, Silvana de Oliveira, trazendo orientações sobre a atuação das/os psicólogas/os na Assistência Social.
Olá, bom dia. O contéudo é muito esclarecedor, parabéns! Mas eu também gostaria de uma live falando, mais concretamente, sobre as atividades na prática porque a explanação é muito teórica...seria interessante falar das práticas do dia a dia. Obrigada.
Vídeo muito bom e esclarecedor, entendo que o psicólogo no CRAS ultrapassa a clínica tradicional baseada no quadro nosográfico, que compreende a subjetividade do indivíduo de maneira individual por meio do diagnóstico . Nesse sentido, no CRAS, a subjetividade do indivíduo é baseada nas expressões da questão social, portanto, faz-se necessário realizar a escuta qualificada de acordo com a necessidade , território ou contexto social do usuário, pois lá o psicólogo identifica potencialidades e fragilidades na comunidade por meio das visita domiciliares, atendimentos particularizados e comunitários e principalmente por meio do SCFV(SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS) procura-se promover o protagonismo dos usuários através das oficinas com as famílias, isto é, oficina de música, artes, capoeira, temas transversais e outras as quais contribuem para favorecer a autonomia do usuário e superar a condição de vulnerabilidade e risco social, pois as atividades envolvem reconhecimento, valorização, produção coletiva e desenvolvimento do sentimento de pertencimento melhorando sua qualidade de vida. Dessa maneira, por meio da troca de valores e crenças com os usuários, levando em consideração a matricialidade sóciofamiliar, ou seja, família como eixo central para garantir acessos aos serviços, projetos,programas e benefícios socioassistenciais. A família ao superar a vulnerabilidade por meio das atividades do CRAS, acessibilidade ao bolsa familia, tarifa social de energia elétrica e outros benefícios, com o tempo de acordo com a sua evolução na superação das sua fragilidade, exemplo: dependia do bolsa família por não ter emprego formal e também é mãe solteira, mas aprendeu a realizar pinturas, por meio das oficinas de artes, posteriormente consegue obter uma renda mensal muito superior ao beneficio do bolsa família, então está usuária pode seguir sua vida normalmente sem necessariamente acessar o bolsa família, uma vez que conquistou sua autonomia, isto é, melhorou sua autoestima, condição financeira e estabeleceu vinculo com a comunidade por meio dos SCFV do CRAS.
Pelo tempo que atuei na área da assistência social em Boa Vista -RR pude perceber que o usuário apresenta inúmeras necessidades biopsicossociais, sendo relevante o trabalho do psicólogo na superação do sofrimento psíquico diante das desigualdades sociais, riscos e vulnerabilidades sociais , identificando na Proteção básica realizada no CRAS, a identificação das possibilidades de desenvolvimento de suas potencialidades e possibilidades de enfrentamento promovendo saúde preventiva, pois através de um novo olhar e empoderamento, ao valorizar a saúde e a qualidade de vida do usuário como fator preponderante para prevenção dos riscos à saúde mental ao se deparar com as adversidades, propondo a inclusão dos mesmos em atividades produtivas de convivência saudável e de fortalecimento de vínculos.
