Como se costuma dizer, só há duas certezas na vida: a morte e o pagamento de impostos. E ainda assim, em doze anos de escolaridade obrigatória não ouvimos falar uma única vez sobre eles. Impostos que nos acompanham de criança a idosos, desde a primeira vez que nos oferecem um chocolate, ao primeiro recibo de vencimento, à compra do primeiro carro, à herança que deixamos aos nossos filhos. Mas não só nas primeiras vezes, todas as subsequentes também. Aliás, somos o 6º país da Europa com maior esforço fiscal. Vejamos então quais são efetivamente as taxas a que somos sujeitos ao longo da vida, como são aplicadas e o que significam na prática no nosso dia a dia, neste guia não extensivo patrocinado pelo Doutor Finanças.
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Os impostos são, da forma mais simples possível, as contribuições de um grupo de intervenientes numa determinada comunidade que resultam em grande parte das suas receitas. Na teoria, têm como objetivo potenciar a criação de uma sociedade solidária e equitativa e o desenvolvimento social, económico, político e humano do ambiente em que o tal grupo se insere.
Quanto ao tipo de impostos, podem ser classificados de acordo com vários critérios. No sistema fiscal português a classificação mais usada, e que por isso vale a pena conhecermos, é a dos impostos diretos e indiretos, onde os primeiros são os calculados em função dos rendimentos auferidos e os segundos são os pagos indiretamente através dos produtos que compramos e dos serviços de que usufruímos. A classificação que vamos usar hoje é ligeiramente diferente, considerada mais rigorosa por ter como fundamento a natureza económica da base sobre a qual os impostos incidem. São divididos então em 3 grupos: os sobre o rendimento, os sobre a despesa e os sobre o património.
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8 сен 2024
