PAPANGU - Lampião Rei | Album Review | Disco da Semana #20 

Galera, Rodolfo aqui (tecladista e vocalista). Fiquei feliz demais com a resenha de vocês. Simplesmente muito orgulhoso e agradecido pelo tempo e audição dedicados à analise da nossa obra. Vocês conseguem as letras todas no Bandcamp e acho que já estão live no Spotify também. Forte abraço!

Cacete! Hahahaha o Daniel Silva solfejou o riff de Maracutaia sem nem pensar! Alegria danada :))))

Papangu é muito foda! Muito feliz de uma banda do meu estado estar chegando tão longe. O disco é realmente um dos melhores do ano e mais originais de todos os tempos dentro desse universo. O primeiro álbum é brutal e maravilhoso também. Quando puderem sequem o álbum Baleia Explode da banda Tela Azzu. Outra banda paraibana que explora os caminhos do "Rock troncho"

Essa banda é uma delícia! Tô pilhando demais de ver eles em Curitiba e comprar tudo o que é vinil

Muito obrigado pela resenha e conversa de vocês sobre o nosso disco! Abraços musicais 🎶✨🎸🌵😊

Salve salve, Arthur e cia. Tudo bem? Fiquei sabendo deste Papangu, no vídeo do PROGland que o Ramon Cardinalli indicou no vídeo que ele fala do Magma e ele indicou o Holoceno, que é o primeiro cd deles. E deste que você me falou que seria lançado no dia 6 agora. Aliás, eu gostei muito do novo álbum do David Gilmour, aquela conexão com a lenda e a família foi a coisa maravilhosa que eu vi.

Eu vou dar meu ponto de vista de como o gultural se encaixa na estética do Lampião Rei. O gultural é muito usado em estilos que abordam temas que são considerados humanamente mais sombrios, como a morte (Death Metal), o satanismo, etc. Eu acho complicado de abordar essa estética utilizando uma voz clean, por quê a voz gultural tem essa coisa de sombria. E alguns temas das letras retratam, pra mim, esse lado sombrio do nordeste. É comum do pessoal não ter esse olhar pras "sombras" do Nordeste (principalmente pra nós que moramos no litoral, onde tudo é praia e farra pra maior parte das pessoas) fato é que esses gêneros (como o Death metal e Black metal) são muito predominantes em países frios. Mas o nordeste tem esse lado sombrio, lá no sertão o coco é mais seco e o buraco é mais embaixo. O sertão é povoado desse lado folclórico das lendas que causavam medo nas pessoas e que carregam algo de darkness. Pra tu ter ideia, o Mandacaru (um cacto presente na caatinga) é uma planta cuja flor só floresce a noite e murcha pela manhã, porra, tem algo mais black que isso? Na música Boitatá, por exemplo, você vê que tem duas vozes em gultural e elas não estão superpostas de maneira síncrona, mas de maneira assíncrona, isso até me fez lembrar do trecho do Evangelho onde Jesus foi expulsar os demônios de um homem, e ao perguntar aos demônios qual era o nome deles, ele recebeu respostas em várias vozes diferentes. Na minha concepção, é assim que o gultural se encaixa na estética do disco.