Pode uma pessoa negra ser "racista" com ela mesma? | AULA ESPECIAL | 

Muitas famílias incentivam o racismo elogiando e mostrando preferência pelos filhos que nascem com pele mais clara e cabelos com menos textura, muitas vezes isso vem de dentro da própria família, infelizmente.

Muitas crianças com fenótipo da raça negra ainda que tenham a pele mais clara ,já crescem ouvindo dentro de casa, da própria familia que o nariz negróide dela é feio e que o cabelo dela é ruim .Para sair desta lavagem cerebral ,demoram anos e muitos nem conseguem. A autoestima do povo negro precisa ser levantada .Ainda bem que a nova geração já está crescendo com mais referências.

Professor minha finada mãe foi morena e meu pai era branco com mãe e irmãs brancas, ruivas etc.Tanto o meu pai era muito racista e a minha mãe filha de pai negro era muito racista; morreram muito racistas sem mudar o pensamento deles.Muitas vezes minha mãe falou: graças a Deus vocês não tem nada meu, nem o sobrenome meu vocês tem.Meu avô materno era de um racismo gritante e quando me pegava no colo falava: minha neta branca vem cá.Eu vim entender e compreender as coisas da minha família depois que fui crescendo e vendo o tratamento dos familiares uns com os outros.Sou parda mas ele falava branca.Meu primo moreno era mal tratado porque eu via, todos viram.Essa bagunça, esse preconceito gerou uma confusão na família que no final cada um foi para um lado.Seu título me chamou atenção e eu acredito sim porque já vi e ouvi muita besteira (bobagens) do tipo: não namora ele porque é assim ou assado. É nojento demais isso sabe.

Terminei de ler o magnífico e impactante livro da autora Fabiane Albuquerque; Cartas a um homem negro que amei. O racismo não tem fim para os negros principalmente para nós mulheres!

Quem nunca de família preta, ouviu uma piada do cabelo, da cor de pele ou do nariz? Infelizmente, muitos como eu passaram por isso. As informações e consciência do que é racismo aprendi por causa do meu pai, homem preto retinto e nordestino com muita honra e aceitação. Ele foi minha referência de aceitação do meu cabelo natural, engraçado que a época eu não entendia. Anos mais tarde entendi que ele lutava contra o preconceito dentro da própria família.Que a nossa geração seja de luta e referência aos nossos pretinhos e pretinhas para terem orgulho e aceitação das suas características.

Sou filha de mãe branca e pai negro, pardo, natural da Bahia, mas recusava ser chamado assim, dizia que era moreno claro e exaltava os filhos de pele “mais clara”, tinha orgulho em ser chamado de “goiano”… afinal, foi criado em Goiás, onde meus avós fixaram descendência. Quando criança eu não entendia nada disso, e na verdade, só soube que ele era baiano, quando fiz a leitura da minha certidão de nascimento e vi a descrição de naturalidade dele… ninguém comentava nada em respeito a ele. Afinal, ele certamente praticava a autopunição: já que em Goiás Minas é muito comum ouvir que “baianos são uma raça preguiçosa, assim como os indígenas e maranhenses”😢 (cito falas de familiares de meu ex-marido, que também representam estes perfis de conteúdo racista e são oriundos de Minas Gerais e Goiás). Meu pai casou-se com minha mãe, uma mulher branca de olhos verdes, meus avós maternos eram goiano e mineira, meus irmãos e eu todos somos mestiços, inegavelmente somos pardos, com aquela pele bonita, “cor de cuia”. Eu sou a mais nova dos sete filhos do casal, e nasci com traços negroides mais explícitos que todos os meus irmãos. Bem, isso foi um fardo por toda a minha vida, sofri preconceito da minha própria mãe, de tios, dos irmãos… era chamada por apelidos pejorativos, me sentia feia e diferente, eu tinha uma aparência exótica: nariz bem largo, pele e cabelos marrom avermelhados, era mais “queimada” que todos os demais, e o nariz me diferenciava de todos os outros membros da família, os primos são brancos e alguns chegam a ter olhos claros… me chamavam de “cutia”, “nariz de porco“, “achada no lixo”… quando lembro disso, sinto dores, dores na alma. Minha mãe apenas ria, eu sentia que não era protegida, fui cuidada por minha irmã maior, que tinha uns 8 anos qdo nasci… Quando somos pequenos não compreendemos o rascismo, mas quando vamos tendo noção de sua existência, sentimos a dor da inferioridade imposta por causa da nossa aparência, isso nos choca e nos causa marcas profundas na nossa autoestima. Hoje compreendo que o rascismo foi uma imposição cultural da qual a minha família foi vítima e eu fui quem pagou caro por ter nascido nesse meio. Meu pai tinha o rascismo internalizado, mas sempre tratava os filhos com muito amor, o que ele fazia era negar, negava ser negro, negava que os filhos fossem negros, não admitia que nos víssemos como negros, porque ele mesmo não compreendia a dimensão do estrago do qual ele foi vítima. Ele foi um homem muito trabalhador, sofreu muito tentando nos fazer olhar através do negacionismo, hoje entendo que ele cria que assim, não nos sentiríamos inferiores: negando nossa etnia, fugindo da realidade. Minha mãe, filha de um casal branco, rascistas por indução estrutural, não sabia como se posicionar e o hábito de apelidar pela aparência, era muito comum e útil. Enfim, fomos criados no Pará, longe da família paterna, mais perto da família materna e as diferenças não recaiam apenas sobre mim, mas eu só posso falar daquilo que me atingiu. Depois casei-me com um homem branco, outro rascista, com quem tenho dois filhos, mas de quem graças a Deus, me separei, após 17 anos de relacionamento abusivo… enfim, as marcas do rascismo são profundas e eu luto diariamente contra os sintomas que impregnaram minha personalidade… EU SOU UMA SOBREVIVENTE! Hoje reconheço meu lugar, tenho orgulho de ser negra , busco informações e não perco oportunidades de fala, sei o quanto é necessário que a verdadeira história dos nossos ancestrais sejam reconhecidas e compartilhadas. “Eu não sou descendente de escravos, eu descendo de seres humanos que foram escravizados” - Makota Valdina. Obrigada professor Flávio, seu trabalho é muito importante para nossa sociedade e principalmente para nós, negros.

O auto ódio é uma realidade infelizmente longe de acabar

Sim, sou Negra minha chefe era negra e me perseguia, existe sim. Os próprios jogadores de futebol não se envolvem com mulheres negras, raros os casos.

Me considero racista comigo mesma. Já odiei meu pai por ter se casado com a minha mãe que é negra. É bem triste esse sentimento. Conforme fico mais velha, essa raiva está diminuindo, mas ela continua aqui no inconsciente.

Sim ,isso existir até os dias de hoje ! Na região onde moro ,tem muitos negros com cor de pele clara,por qual disso eles se acham que são superiores aos que tens a cor mais escura.

Quanta barbaridade cometida contra a raça negra ao longo da História; e todos se diziam cristãos...

Eu sou descendentes de negros por parte de pai e descendentes de brancos e indígenas por parte de mãe. Conheço mais os meus descendentes paternos e meus descendentes maternos através de histórias contadas por minha mãe. Meus pais já são falecidos e sempre nos ensinaram à respeitar a todas e todos independente da cor da pele. Tenho o maior orgulho, respeito e gratidão dos meus descendentes tanto paternos e maternos. E Gratidão professor por nos trazer com aprofundamento esse tema tão pertinente para reflexão e que possa prevalecer o respeito e empatia entre todas e todos.... Amo demais a minha negritude...

Boa tarde Professor, até nossa aula. Somos do Rio de Janeiro- RJ Sou sua aluna idosinha, completando 75 anos na próxima 3a feira . AXÉ pra nós.

Negro também é racista sim!!! Cresci ouvindo a frase : a gente tem que se limpar! Ou seja, casar com pessoas brancas para os filhos nascerem de pele clara, isso incluía amigos , também 😢

Isso geralmente passa a acontecer quando 1 certo grupo racial e predominante, declara como todos os demais humanos deveriam ser ou parecer... e inevitavelmente o auto-racismo começa, principalmente se a pessoa cresce numa sociedade em q sua etnia é menosprezada. As vezes, nós humanos nos esquecemos q debaixo de nossas peles, somos todos iguais, e a cor do sangue é a mesma... a cor dos esqueletos é a mesma... infelizmente é o mundo em q a gente vive. Espero q o canal Caçador de História possa continuar crescendo e fazer as pessoas estarem consciencializadas de suas ações.

Talvez um dos casos mais emblemáticos atualmente envolve o ministro da Surema Corte dos EUA, Clarence Thomas, juiz negro que reiteradamente faz declarações contra as ações afirmativas que beneficiaram negros nos EUA. A reportagem mais recente saiu no Conjur.

Meu sobrinho é bem claro, cabelo loiro. Ele casou com uma negra, ela quando ficou grávida, ficava apavorada com medo que o filho nasce moreno, no segundo filho tbm o mesmo caso. Os dois primeiros filhos são bem claros , ela nunca deixou os filhos pegarem sol, com medo que a criança ficasse morena. O terceiro filho é bem moreno, com cabelos bem escuro e liso. Minha irmã vó das crianças, é apaixonada por todos, mas percebo que a mãe das crianças não tem o mesmo carinho que tem pelos claros com o moreninho, corta meu coração.

Minha mãe negra não gostava de negro , teve 11filhos e só queria casamento com gente de pele clara ,eu já pensava ao contrário 5 irmãos casaram com mulheres de pele clara e os filhos também. As mulheres 4 solteiras e 1 casada com brancos . Não frequento a casa deles de vergonha. Casei com um preto sofri humilhações dele por ser preta tive uma filha que não foi bemquista por ele separados adotou uma criança branca e falava pra própria filha que ele era bonito por ser louro .Nem graduação pra filha pagou e pagava pra familiares da branca .Com sinceridade tenho medo de homem negro, eles são capitães do mato .

Vejo nos comentario pessoas culpando a sociadade negra. Essa mentalidade vem dos Europeus. Eu nunca achava que os Europeus melhores que eu.

Nigrescência é o processo pelo qual passei e continuo a passar. Foi simplesmente libertador! ❤

Pode sim professor, no meu caso ,a pressão foi tão grande que virou uma espécie de lavagem cerebral que cheguei a acreditar que realmente era inferior.

Claro que existe. Todos nós temos isso internalizado, nem que seja numa vergonha não revelada de nossas características.

Imagina como está o emocional dos negros, pois eles estão trancafiados nas favelas. E por nada ou pouca coisa são eliminados de modo brutal.

Ser negro , ser homossexual, fazer parte de qqer grupo sistematicamente discriminado pela sociedade circundante é um enorme teste de resistência a qual essas pessoas são submetidas dia após dia . Parabéns pelo trabalho , importantíssimo!!

Bom, eu já vi muito racismo dentro da comunidade negra, por exemplo, quando uma pessoa negra opta por se vestir de forma diferente, andar em ambientes diferentes, outros negros diziam que ele era menos negro por não querer viver na periferia, nao se vestir de determinada forma, etc.

Michael Jackson foi um claro exemplo. Sofria muito preconceito do próprio pai

Eu o parabenizo professor Flávio, pela sua pesquisa e entrega do alto nível do seu trabalho.

Minha mãe é negra e meu pai era branco. Eu sou branca. Já adulta, fui contar a minha mãe sobre um rapaz que eu tinha conhecido e estava “ficando” com ele, minha mãe perguntou se ele era negro e eu disse : “sim, é! Mas qual é a questão?!” Ela falou “meu Deus mais que nojo!” Chorei muito. Não dei explicar. Mas minha família por parte de mãe é preta, mas eles sempre atacam os negros com comentários negativos. Isso me levou a entender o posicionamento péssimo da minha mãe.

Como último país q aboliu a escravidão temos é trabalho pela frente...

No setor onde trabalho, sou a única pessoa preta, é nítido o tratamento diferenciado. Me sinto sufocada, inferiorizada e desvalorizada, mas sou obrigada a suportar, ou como me orientam "ser resiliente", o tempo todo ouço piadinhas do tipo como cheguei até aqui, como se não fosse inteligente o suficiente para passar em um concurso de ampla concorrência. Minha habilidade em organização, instrumentação, tecnologias e informática, caem por terra diante da minha origem humilde e cor da pele. Mesmo sofrendo de depressão e ansiedade, não me deixo abater, precisamos ser fortes para abrir espaço as novas gerações.✊🏾

Honrado Professor Flávio Muniz, já tinha a consciência do valor, da resiliência e importância da nossa raça, contudo, com suas aulas meu despertar tem ocorrido forma plena, permanente e intensa, como nunca senti. Os estudos, no meu ponto de vista, não são desanimadores, mas verdadeiros e necessários, e retratam a realidade. O acesso ao conhecimento e a verdade, muitas vezes é doloroso, mas libertador, para nos tornar mais seguros e conscientes para lidarmos com os frequentes episódios de racismo. Nos torna mais fortes. Sempre tenho em mente Elizabeth Eckford, Dorothy Counts, Rosa Parks, e principalmente Ruby Bridges, ícone dos direitos civis, mulheres de coragem que desafiaram o sistema, romperam barreiras e pavimentaram a longa estrada de resistência. São mulheres estadunidenses e representam a força de toda uma raça e que tiveram a coragem de dizer "basta". Continuaremos a resistir e passaremos pelos obstáculos, mesmo com as tentativas de eliminação. Agradeço-lhe por sua coragem e por compartilhar seu conhecimento. Precisamos de você e conte comigo também.

Esse é o pior tipo de racismo Brasileiro, pois é praticado pela propria pessoa e nenhuma lei de racismo nem ninguém pode fazer nada além da própria pessoa. Tibe um amigo que nem queria tentar fazer concursos públicos, pois tinha essa ideia que "não iam deixar" Eu insistia que no concurso publico não tinha declaração de raça, só ia ver o nome dele que era Ricardo e não tinha como saber a raça dela, a exemple de um amigo japonês que também tinha nome japonês. Ele disse que a prova foi fácil, passou fez outros concursos e melhorou de cargo. Outro caso foi que eu estava no teatro fazendo uma peça sobre João Candido e tinha gente que não aceitou o convite dizendo que "não iam deixar", quem não ia deixar? Tinha apoio publico por ser uma peça sobre negros. Tive muitos amigos que fiquei horrorizado quando descobri que suas próprias famílias diziam para não tentar melhorar de vida porque seu la quem, "não ia deixar."

"VOU FALAR POR EXPERIÊNCIA PRÓPRIA COMO MÃE " tenho uma filha branca de olhos verdes cabelos lizos, e outra morena de cabelos cacheados e olhos castanhos ,lindas perfeitas sempre fui mais grudada na minha moreninha,trabalho desde que ela nasceu o seu psicológico le ressaltando suas qualidades trabalhando sua autoestima, mais confesso que não é fácil, por vezes ela reclama dá sua cor do cabelo 😢e por mais que eu converse sinceramente acho que o problema pode está na raiz da história. Hj sei que mesmo tentando preparar minha filha para o mundo ela vai sempre tropeça na história dos antepassados e isso pode atrapalhar muito😢 Conclusão, sim os negros não se aceitam. sim existe racismo deles mesmos contra si e isso é lamentável.

Rapaz sou cleiton RS hoje resido em SC em um sociedade majoritária italiano/alemã, e esse mesmo teste(doll test) vi no meu estado de origem, a advinha o resultado, mesmo crianças negras não gostavam da boneca negra, cara ali tive um choque e comecei a estudar minhas origens e a cada momento mais assustado com todo o contexto social que vivemos, as coisas tem mudado mas falta muita coisa, mas já foi pior, hoje cada vez tenho mais orgulho de ser negro e corro muito para cada vez mais mudar minha história de vida, e seu trabalho é muito bom nos fortalecer como indivíduo e nos faz querer mudar nossa história e nos dá empoderamento!

Professor, sou professora do ensino básico, aposentada. Conheci suas aulas há dois meses, venho maratonando e repetindo seus vídeos. Como enriqueceria minhas aulas se já o conhecesse enquanto docente!! Mas tenho orgulho em contar a vcs que, desde que ingressei na escola pública, fui pioneira na questão da valorização de nós pretos. Sou órfã de pai e mãe desde sete anos. Sofri horrores com uma avó materna de pele clara. Ela me acordava, me batendo, dizendo que eu devia ter morrido. Que eu era uma negra horrorosa. Mas, sempre fui linda kkkkk. E a rua sabia disso kkkkk. Então, isso não me deteve. Mas a violência sim. Só agora consigo falar disso tudo de verdade. Pq além de tudo eu era religiosa e, o espiritismo nos fala que tudo é nossa culpa de outras vidas. E, eu acreditava. Hj não sou mais religiosa. Minha religião é o amor... Um dia em minha sala, trabalhando cores, apresentei um anjo preto, feito e colorido por mim pra turma. Um aluno de pele bem escura riu muito e disse:" nunca vi anjo preto" Aí começou minha luta de valorização que pretendo levar até o último dia nesse orbe. Parabéns!! Vc é mil!!!

Eu acredito que sim eu msm na juventude não queria me aceitar como homem negro alisei várias vezes meu cabelo pois queria ter o cabelo liso por pensar que o cabelo liso era melhor até que um dia vi o filme do malcon x me fez me intender melhor como pessoa negra

Vamos dar likes pessoal E compartilhar!

Nao sei vcs mas na minha escola ngm se identificava como negro, msm a pessoa tendo todas as características fisicas ela ainda dizia que era parda escura ou mulata.

Penso que, para uma análise desse tema, o filme "Os excluídos" pode acrescentar a essa discussão uma dimensão mais surreal, mas também muito perversa!

Quem mora no nordeste sabe bem como isso é evidente, principalmente vindo dos avós.

Bom dia professor. Belíssima aula, muito esclarecedora conheço uma pessoa amiga muito morena q n aceita sua cor . Nao expõe, mas se casou com um branco e demonstrava n estar satisfeita quando o filho oi filha puxava a sua cor. E eu percebia claramente, mas nunca nem eu nem ela tocávamos no assunto. Parabéns pela didática empregada facilitando sobremaneira a assimilação do conteúdo.

Sou branca filha de imigrantes, família b m humilde, meus pais eram muito racista, eu tinha vergonha disso . Nem era discutido isso há 40 anos e eu sabia q era ruim, já havia choques de discussão por isso, hoje tenho orgulho de dizer , somos todos brasileiros e misturado sim, África e Europa e filhos do mesmo Deus.

Eu fui maníaco depressivo 30 anos. Sentia vergonha de mim e sentia-me a mais. Jesus libertou-me.

Isso eu nunca senti por mim mesma ,mas minhas colegas de escola e vizinhos era tao racistas que preferiam ter amigos claros pra nao ser "mal visto" é uma vergonha a pessoa se rejeitar pra ser aceito pelos brancos muitas delas alisam cabelo usam roupas e se comportam como branco como se isso apagasse a cor dele , é patético ja sofri muito racismo mas nunca quis ser branca na minha cabeça eles tinham que me aceitar.. vai da saúde emocional eu tenho personalidade forte , se nao sou bem recebida apenas me afasto e quando é necessário me impor uso sempre de sabedoria 🦉

Enquanto professora de um curso de psicologia, sempre apresentei aos alunos esse teste, o que incentivava ricas discussões e reflexões.

Caro professor Flávio, seu trabalho é maravilhoso, humano e necessário. Eu sou parda, mas fui registrada como branca e precisei estudar muito para perceber que sofria preconceitos sem perceber, depois dos 50 anos. Na juventude precisei me defender muito para não virar um objeto sexual dos homens brancos. Mesmo sem ainda ter a consciência de que mulheres racionalizas era para o sexo e as brancas para casar. Entendi isto bem mais tarde, minha saúde mental eu devo ao fato de fazer psicoterapia por não ter cedido aos muitos assédios. Vivi um conflito de identidade quando estudava psicologia e fui estagiar numa instituição que desenvolvia trabalhos com pessoas negras, não lembro mais o nome ( isto faz uns 40 anos atras), nao fui aceita com a justificativa de que eu nao era negra. Lembro que fiquei em conflito, mas lembrei que nao sofria preconceito pela minha cor de pele e sim porque pelos meus traços e sotaques nordestinos, sou do norte de minas. Bom, resumindo tenho aprendido muito neste canal. Muito obrigada.

Eu conheci um rapaz negro que casou com uma mulher negra, e isso causou uma ruptura na relação com seu próprio pai, que também é negro. Fazem mais de 8 anos que não tem relação alguma, o pai dele nunca conheceu os netos, por conta da relação dele com uma mulher negra. E uma situação muito complicada, lembro dele contando que mesmo tentando a aproximação por diversas vezes o pai se recusava a ter contato, sempre dizia “eu criei você para ter uma mulher branca”.

Professor, sobre este tema precisamos falar muito e agir com foco na recuperação e compensação da conciência humana negra. sinto vergonha em não lutar contra o branco e ao mesmo tempo temo a possibilidade de um racismo reverso o que seria igualmente danoso.

Eu não me lembro de ver 1 boneca negra quando eu era crianca, nos anos 70 e 80. Portanto nao tinha em quem me espelhar.

Obrigada pelo conteúdo! Acabei de me inscrever no canal devido a qualidade de como você expõe o conteúdo. Parabéns!

Fui adotada por uma senhora descendente de pretos que passou a ser minha mãe. Eu tinha meus cabelos bem loiros e lisos conforme fui crescendo fui ficando com a pele mais morena , no entanto ainda eu sou clara ., ela sempre vez ou outra dizia que eu " tava ficando preta " que eu não era branca pura " Eu era criança nem sei porque ela ficava dizendo isso , como se nao ser branco puro fosse muito ruim , ela ja estava me ensinando a ser racista , a não gostar da minha cor por ter alguma mistura .mesmo que de longe , a ver isso como um defeito , antes de mim ela ja tinha pego uma outra menina de cabelos loiros mas não tinha dado certo. No meio da familia dela sempre faziam piadas sobre eles mesmos . Apareci em casa com um namorado preto mestiço, ela odiou e dizia que eu era sinhá pra ele .

PASSEI TODA MINHA INFANCIA ODIANDO MINHA COR, ATE DESCOBRIR QUEM SOU, EXISTE PESSOAS NEGRAS RACISTA SIM!!

Entendendo a situação: Se a pessoa era branca, indígena, hispanica/latina, quiçá oriental, filipina, polinésia estava autorizada a estudar numa escola específica. Se a pessoa era negra, obrigatoriamente tinha que estudar em outra escola, destinada a essas pessoas. Eu já fui professor da rede pública estadual em Minas Gerais. Havia boatos que o governo " privilegiaria" escolas estaduais da capital estadual em detrimento daquelas dos demais municípios da região metropolitana de Belo Horizonte. Isso no século XXI. Está meio difícil de acreditar que essas escolas racialmente segregadas tinham a mesma qualidade de ensino ofertado.

Alguns tempos atrás, eu odeiava minha cor

Ótimo vídeo professor. Conheci seu trabalho ainda na época da escola, quando li um texto seu sobre racismo histórico em um livro didático. Foi uma surpresa agradável te encontrar por aqui, produzindo conteúdo e espalhando conhecimento sobre temas tão importantes. A história é a ciência das mudancas e principalmente: das permanências das ações e pensamentos humanos. Portanto, conhece-la é já meio caminho andado para solucionarmos nossos problemas hoje.

Quando estava na quinta série aconteceu algo muito engraçado. Havia uma brincadeira de empurrar uns aos outros em um barranco. Os mais fracos ou em menor número eram "jogados" e ficavam tentando subir. Certo dia, quando estavamos em um pequeno grupo alguém gritou: é os pretos contra os brancos. E começou uma guerra. Logo me vi em desvantagem, tendo que escapar dos meus amigos. A movimentação chamou atenção de outras crianças que resolveram entrar na brincadeira. O engraçado foi que instintivamente todos começavam do lado dos brancos. Lembro que dois colegas negros me seguraram e um amigo meu branco explicou para eles a regra. Depois que foi esclarecido para todos ficaram só alguns brancos contra a maioria de negros e, o que me causou espanto na época, alguns pardos que se vieram para o nosso lado. Para mim alguns desses pardos eram brancos, mas eles não se viam assim.

Infelizmente o racismo é mais escancarado dentro das nossas próprias famílias, sou filha de pai negro e mãe branca e cresci ouvindo a frase: graças a Deus vocês não herdaram a cor último tom da família do seu pai 😢. Fico muito triste por existir isso dentro de uma família. Eu jamais farei isso se tiver filhos.

"Pode uma pessoa negra ser "racista" com ela mesma?" Pior que pode, sem nem mesmo perceber. Pessoas quando não conseguem dizer, por exemplo, que são negras e acabam usando outros termos para se referir a própria cor. Exemplo: morena (o), cor de formiga, cor de jambo etc. Isso é consequência de um processo cultural colonialista que minimiza a cultura negra. Todavia, isso está sendo descontruído e o negro esta cada vez mais afirmando sua identidade, lutando e conquistando seu espaço.

Quando eu era criança!tinha amiguinhos loiros e negros mas nunca parei para pensar em cor ,nos éramos todos amigos era tudo natural assim fui crescendo e nunca pensei que crianças pudessem sofrer por causa de sua cor,doeu muito ler alguns comentários , muito triste saber que crianças sofrem desde pequenas por racismo mesmo dentro de sua própria casa

Gostei demais do vídeo professor! Gostaria de ver o senhor falando do racismo aqui no Brasil.

Excelente vídeo professor parabéns! Respondeu-me muitas das dúvidas que vivi em algumas situações de minha vida👏❤

Não só contra si, mas existe uam desunião muito grande nas comunidades Não brancas de forma geral. Recentemente o boxeador mexicano Ryan Garcia, protagonizou um episódio lamentável de ataques a comunidade negra. O que é extremamente triste, pois as minorias deveriam se ajudar na luta contra o poder hegemônico... Edit: A galera não entendeu meu comentário mesmo eim, falei que existe TAMBÉM um ódio estrutural entre comunidades Não brancas, só adicionei a discussão, não invalidei nada

Prezado professor suas palestras são um bálsamo de conhecimento desnudante (fura bloqueios e quebra tabus), combinado com terapia pra mente e emoções pro corpo preto... agradeço a Deus por sua vida e por este bem que faz a tantos e tantas, principalmente o povo preto. Aqui temos a oportunidade também de interagir, desabafar e descobrir com outros as nossas experiências e conhecimentos. Aqui muitos de nós saímos da caixa...

Verdade,porque nós crescemos numa cultura em que o negro é o bandido nos filmes,novelas,e infelizmente vemos pessoas no crime sendo na "maioria" negros,a população negra sempre na periferia,geralmente a pobreza está ligada à raça negra,e quem quer fazer parte desse grupo de " desgraçados"?? Nem o próprio negro,eu mesmo me pego sendo "racista" em algumas situaçoes,sendo eu negro,ainda mais quando vc nasce em uma família onde mãe é branca e meu pai era negro,eu demorei a me aceitar,nunca admiti sendo negro, sempre,moreno,pardo,é trágico!

O Senhor é muito inteligente eu adoro as suas aulas ❤

Parabéns pelo trabalho professor 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Professor Flávio, mais um tema incrível!

Pode sim . Meu avô paterno era negro e minha avó portuguesa . Ele odiava negros. Até os netos que eram morenos ele não gostava. Só gostava dos netos loiros de olhos claros, pois meu tio e meu pai se casaram com brancas puras sem mistura, eram suas noras preferidas. Já as minhas tias, suas filhas , se casaram com mestiços, ele não gostava dos genrros e nem dos netos, pois não eram brancos puros. Meu padrasto , negro era ainda pior, era um policial racista. Se casou já tarde para não ter filhos negros . Deixo meu testemunho para que vejam como o racismo no Brasil é intrínseco, das duas partes.

Bom dia! Parabéns! A análise feita pelo senhor utilizando, com base histórica, os estudos da Psicologia Social, combinados com a luta pelos Direitos Civis pelo viés da educação ficou imbatível, principalmente, no que diz respeito aos pais que lutam pela educação dos seus filhos. Me identifiquei muito. Isto torna o conteúdo acessível e muito clara a jornada dos que vieram "antes de nós". Meu respeito. Mais foco nos processos, na humanização dos resultados e menos em estatísticas. Isto não tem preço. Gratidão!

Obrigado por compartilhar o conhecimento e nos dar coragem e esclarecimentos pra superarmos tudo.

Muito boa a explanação mestre. 👏🏾 O racismo internalizado faz com q muitos de nós, inconscientemente, discriminemos os nossos semelhantes.☹️ Daí a importância de termos a consciência de que ele existe e de como fazer pra ficarmos livres dele. Adorei conhecer o estudo do professor William sobre os estágios da Nigrescência que nos ajuda a resgatar a nossa identidade negra e consequentemente pôr fim ao racismo internalizado. Compartilhado.

Lamentável deplorável triste vergonhoso perigoso o racismo preconceito ainda existir 😮😢😮😢😮

Minha filha é negra, por isso assisto você direto. Amo profundamente ela

Esse conteúdo tem muita qualidade.muito obrigado.esse canal é especial demais.

Os reacionarios tentarão freiar a marcha eterna do progresso, porém, o maximo que conseguirão será atrasa-lo, a marcha do progresso é irretroagivel, acostumem-se com isso. Atrasados, reacionarios e demais ogros, não passarão ✊

Nossa, tantos vídeos publicados e só agora o RU-vid e indicou. Gostei.

Excelente aula para uma boa reflexão de aprendizagem!

Boa tarde professor, sou de Campinas SP tenho uma tia que não toma sol e não casou com preto para que o cabelo não viesse duro, conheço pessoas da cor de pele mais claras mas tem cabelo duro mas nega que são negros.

Digo sobre a minha pessoa. Sou preto, Negro ou mulato, em fim quando pequeno sofri bullying ou racismo mas também tive um bom número de boas pessoas comigo. Ate parte da minha vida adulta fui um pouco racista com brancos EU não me relacionava com nenhuma mulher branca e amigos também eu fazia questão de ficar longe. Ja trabalhei muito meu psicológico sobre isso.

Aulão! Obrigado, Jeff 🏳️‍🌈

Foi uma aula maravilhosa e essencial! Já notei que existem até pessoas pardas que tem filhos negros que rejeitam eles. A minha amiga é afrodescendente e a mãe dela parda e casou com um homem branco e a mãe dela sempre rejeitou ela.

Como não conheci este canal antes !

Eu conheci uma moca , que falou , que a sobrinha dela tomava vários banhos durante o dia , para tirar o cheiro , que tinha e nada mudava , era muito revoltada, com a raça

Sobre o último estágio do Tornar-se Negro A ideia de Estágios da Nigrescência é interessante e concordo que seja real. Contudo, o último estágio (Compromisso 29:40), a meu ver, é um ponto, por vezes, arriscado devido a possibilidade de tornar-se um problema para o próprio negro. Isso porque o negro, nessa fase, aprofunda-se nas temáticas negras e de racismo, porém sem dedicar-se a outras áreas. Tudo passa a girar em torno do racismo e da cor. Outros temas, campos e assuntos ficam num segundo plano ou são praticamente ignorados. O negro passa a ser aquele que fala apenas de racismo. Não sem motivo, ao vermos um negro na mídia, acaba uma entrevista, por exemplo, remetendo para a questão da cor por causa do próprio negro ou porque enxergam ele desse modo- como aquele que só fala disso. Se um negro se torna advogado, não convidam ele para falar sobre o Direito, chamam o mesmo para dissertar sobre o racismo no Direito. Assim acontece na maior parte das vezes. Pouco ou nunca vemos um negro convidado para falar sobre política, tecnologia, saúde, Direito em si mesmo. O negro é lembrado, por causa do último estágio, apenas para falar de racismo. No fim, lutando pelo seus espaço o negro termina, caso não perceba, caindo nessa outra questão e sofrendo um outro tipo de segregação, uma segregação intelectual por se dedicar, nessa última fase, apenas e unicamente aos problemas raciais, ou seja, outros falam dos assuntos em si, os negros falando apenas de racismo.

Profe, vc é maravilhoso

8:19 que bizarro, minha priminha de 3 anos e negra, viu as bonecas na tela e aí eu perguntei qual é mais bonita, ela apontou sem pensar pra branca

Já faz um mó Tempo que noto isso, não sei porque mais sempre quando chego em algum lugar que tem uma pessoa morena , ela fica encarada em mim, tipo olha outro neguinho ; penso eu😊 não sei porque mais acontece muito, principalmente com jovens, as vezes penso que deve ser porque tenho uma postura de marrento,Eu sou assim na rua, mais é meu jeito normal de ser.kkk é tipo um negro encontrando outro negro no Japão...😮😅

e' bem claro , em muitas pessoas negras , que elas próprias carregam esse preconceito com elas , acham que quase tudo que acontece , são por conta da sua cor , eles próprios não se aceitam , aí gera esses conflitos , muitos estão camuflados , em aceitação a sua etnia, e' uma pena isso , por que somos tds seres humanos e amados por Deus , e ninguém e' mais que ninguém, porém se queremos Igualdade , temos que ser quem somos dentro das nossas Diferenças, e não criar situações pra cada vez + aparecer as Diferenças, como está em evidência, buscando não a Igualdade , mais sim BENEFICIOS ,, lamentável, pois isso não gera RESPEITO .

Parabéns alto nível!

Professor, sempre me vi como uma criança e uma mulher preta. Mas sou filha de alemão judeu que foi forçado a sair da Alemanha pela sua condição judia. Então, sou a União de dois povos diaspóricos. Por um lado isso me enche de orgulho, mas por outro, as vezes, me vejo em um limbo racial. Pode me ajudar a entender melhor esse sentimento?

Parabéns professor um excelente trabalho!

Mês passado eu vi um poema cantado chamado: me llamaron negra(é uma coisa dos anos 70). Mudando de assunto, aproveitando o incidente com o Trump, leiam o livro ( polêmico) escrito pela Nancy Isenberg. Dizem q foram essa gente, os responsáveis pela eleição de dito presidente. Vale apena ler ao menos o primeiro capítulo , que é ironicamente engraçado.

Obrigada professor por mais uma aula.

Gratidão pela maravilhosa aula!

Excelente vídeo! Obrigada por compartilhar tanto conhecimento.

Excelente vídeo professor!!! 👏👏👏

Acho que isso vai de encontro a teoria dos dois escravos do Malcolm X

Canal maravilhoso…

Mil likes 👏👏👏

Grande judiaçao Nao poderia ser diferente ,se crescem num meio numa moda em que se estabelece o melhor o maior, do pior , o inferior do superior , pela cor da pele O mesmo que acontece nos grupos sociais de acordo com seus pertences A bonequinha branca será sempre a preferida , se esta divisao ensinada a tripudiar aquele que contém a diferença imposta ,a cruel desatençao replicada na criança à medida em que ela desenvolve seu senso de observaçao E ela propria vai repetir a mesma segregaçao entre os seus 😢 Quando percebe que a bonequinha negra é tao linda quanto ela, saberá com rancor que tudo poderia ser diferente , em atitudes sinceras ,natural, e que ambas eram iguais 😮