Minha família é quase toda de trabalhadores autônomos, com 16 anos comecei a trabalhar com meu avô e naquele época ele me disse: 'Seu diferencial nunca pode ser o preço.'
Já trabalhei em empresa grande e já tive que selecionar agências para construtir web apps para o negócio. Em uma das concorrências que avaliei, tivemos uma situação similar, em que uma agência menor apresentou um orçamento muito abaixo em relação aos concorrentes. A percepção que passa é que a agência não entendeu o projeto e não soube avaliar corretamente o tanto de trabalho que seria necessário para cumprir a tarefa. E isso é péssimo!
Aprendi na marra e do pior jeito possível a cobrar mais pelo projeto e pelo cliente chato. Aliás, fujam dos clientes que choram muito desconto, você dá o desconto e ele te consome 3 vezes mais.
Ótimos pontos, Igor. Essa é uma dificuldade de muitas pessoas, e não só na área de computação. Na minha opinião, você deve levar em consideração muito a sua experiência e o projeto que você está negociando. Mas independente disso, um ponto crucial, principalmente para quem está começando, é saber quanto vale a sua hora de trabalho.
Um projeto chato é aquele típico caso de cliente que fala demais e pede demais. O importante é detectar esse perfil no início e embutir um imposto de decibéis audíveis.
A questão é que empreendedores iniciantes não sabem que valores as grandes empresas cobram para se posicionar melhor. Outro dia vi um vídeo sobre este assunto do Bonieky onde ele teve uma experiência contraria onde cobraram 20k num projeto que ele viu que dava pra fazer por 3k e pegou o projeto. Naquele vídeo ele comentou que o correto é cobrar o honesto que o serviço de fato vale. É um ponto de vista interessante.
Parabéns pelo conteúdo. Se puder trazer um tema de vídeo sobre como lidar com as dificuldades do aprendizado para iniciantes. Já tenho 1 ano +/- que comecei a estudar programação, no momento estou aprendendo Dart, Flutter e o manuseio do Android Studio, e sinceramente me sinto um pouco desanimado quando não consigo realizar determinada tarefa designada das vídeo aulas, as vezes demoro 2,3 dias para conseguir realizar o processo de forma correta.
Ótima visão, Igor. Uma dúvida que tenho: você acha que é extremamente necessário ter um CNPJ, mesmo que seja um Mei, para trabalhar oferecendo o serviço de construção de sites/apps? Ou isso é descartável? Parabéns e obrigado pelo ótimo conteúdo.
Formalizar a profissão sempre é a melhor opção, mas nada impede de começar sem nenhuma das opções. Um dos problemas da área de programação é que ela é considerada profissão especializada, ou seja, na teoria MEI não tem opção e nem poderia oferecer esses tipos serviços. Se não me engano, somente técnico em manutenção de computadores pode ser MEI, fora isso só tendo uma empresa mesmo. Mas convenhamos que isso é fora da realidade de muita gente. Então pra quem tá começando e tá osso, começa por MEI mesmo, depois vai se estruturando, escalando e assim que possível faça o upgrade para ME ou algo que saia da MEI. Começar como pessoa jurídica só se precisar emitir NF-e ou quiser fazer isso de carreira logo, se não, comece sem nada mesmo e vai avaliando o mercado pra saber se vale a pena investir em uma empresa, visto que se você quer empreender, ser programador é só uma pequena parte desse trabalho.
É claro que se opinião fosse coisa boa, seria vendida e não dada, mas vou deixar a minha: MEI é uma parada que de cara te classifica como amador, você vai ser visto de maneira diferente assim. Você vai ter que fazer gambiarra e registrar seu CNAE como alguma coisa que nada tem a ver com desenvolvimento, vai ter um tipo de CNPJ que não tem muita "praça" em contratos, bancos etc. Acho que vale até mesmo a pena buscar um serviço de contabilidade mais simples, mesmo que seja um daqueles online. Mas trabalhe formal, um PJ certinho e se apresente ao mercado já pronto - pequeno, porém profissional.
Boa tarde, Igor. Eu gostaria de saber se você desenvolve um aplicativo para celulares (Android e IOS). Caso sua resposta seja sim, como posso entrar em contato com você? Obrigado.
