Ficamos 8 dias aí, com um de "descanso" e ainda assim, acredito que numa próxima, pensando no nosso caso em um álbum de 10 músicas, é lutar pra conseguir grana pra ficar no mínimo 15 dias. Quanto mais tempo melhor, a pausa é necessária. O corpo e a mente precisam descansar. Pra músicos medianos (que tem outras atividades, trabalham, estudam, cuidam de casa e tal.) é importantíssimo entender e respeitar os limites do corpo. Ninguém é máquina pra tocar 12h por dia se não está acostumado a fazer. Quanto mais dias, melhor. Mas o rolê de 4 músicas em 2 dias funciona muito bem, "não da tempo de cansar" e tá todo mundo bem dentro do propósito. No mais, indico pra geral aqui em Ouro Preto ir gravar ai, pois além de ser mais rentável, o trampo de gravar por faixa em pc e tal é desgastante demais e por aqui, geralmente sai mais caro do que ir ai, gravar e voltar! Abração Lisciel! \o/
Realmente o processo tem uma influência enorme no final do album, isso me lembra algumas situações: 01- Silverchair no primeiro album entrou no studio e disse "queremos soar como soamos ao vivo" pronto, gravaram em dez dias o Frogstomp de 1995, praticamente uma música por dia, levando em consideração que eles tinha entre 15/16 anos e tinham que ir para escola. 02- O Korn no terceiro album ganharam uma bala violenta da gravadora, o que eles fizeram !? Fecharam um studio por três meses, chamaram vários outros negos de outras bandas, montanhas e montanhas de farinha, muitas atrizes pornô, muitas GPs e nada mais nada menos que 65 mil dólares em cachaça, no final entregaram o Follow The Leader de 1998. 03- Depois do Paul's Boutique de 89 os Beastie Boys caíram um pouco no descredito e ficaram meio que sem grana, então decidiram ao invés de gastar pilhas de dinheiro em horas de studio decidiram montar seu próprio em 91 então entre 91-92 gravaram o terceiro album e de acordo com o Mike D eles tinham um ritual todos os dias, acordar, tomar café, comer, fumar erva, comprar disco, fazer jam, e jogar basquete e andar de skate dentro do studio, o resultado foi o Check Your Head em abril de 1992!
A gente montou um estúdio pra isso, pra gravar nossa músicas sem a pressão do horário. Encheu o saco vai um pra cada canto, deu tesão, volta e grava. Não tem como ser mais orgânico que isso. Valeu Lisciel, cada vídeo uma aula, e sempre com dicas foda.
Porra que foda lisciel ,você fala para as bandas tudo aquilo que eles precisam ouvir. A tua mente é brilhante ,tua experiência como produtor é algo que não consigo mensurar de tão foda que tu és. Deveria escrever um livro da tua história .
Gravei em 2 dias quatro músicas, mais um dia pra mixar e masterizar. Saí de Itabira - MG, viajei de ônibus o dia inteiro, cheguei a noite sem banda, sozinho, só com as músicas na cabeça. O Lisciel tocou a bateria e o Gastão tocou o baixo, nunca tinham ouvido as músicas, aprenderam na hora. O resultado ficou melhor do que eu imaginava que poderia ficar, vale a pena demais gravar no forestlab.
Eu queria muito entender o roteamento de uma gravação 100% analógica. Por exemplo, do pré vai pra um compressor, aí vai direto pro gravador de rolo? Ou passa pela mesa primeiro, depois gravador? E os monitores sai no LR da mesa ou do gravador? São várias dúvidas
Da hora, Liciel…. Mas… essas dicas são válidas tbem pra estilos mais “truncados”, tipo death Metal, Thrash, etc? Me soa estranho querer gravar um Brutal Death Metal tudo junto…. rsrsrs… curto muito seus vídeos cara, e o jeito sim mimimi de suas colocações!! Um salve de Detroit, MI!
É isso ai, falou tudo, tem nego que chega aqui acha que o registro do trabalho dele da pra fazer em 10 min rsrsrs, mas acho que essas coisas são pra testar nosso senso de produtor, técnico ou o que querem que seja, grande abraço Lisciel
Me identifico muito com tudo isso. Esse lance de concentrar na hora de fazer determinada função, se eu for mixar e o cara chegar e disser tipo, "vamo só regravar essa frase dessa guitarrinha aqui" ai ferrou, eu perco a vibe total da mix, outra que faço bastante tb é esse toque da brincadeira, de ficar tocando um estilo diferente só pra zuar etc, não róla não!! Certa vez eu estava criando um arranjo para uma musica e logo que eu começava a criar um cara da banda dizia "eita, parece com música tal" aí eu perdia o fio, relaxava e começava a criar outro aí ele fazia a mesma piada, (para ele, ser engraçado ali era mais importante de que a musica) depois de umas 4 vezes eu tive que parar e dar uma verdadeira consultoria ali. Enfim... São mesmo coisas desse cotidiano. Muito bom ver seus relatos Lisciel, sempre muito Francos e diretos. Abraço
hauhuahuahuahuahuah lisciel quebra o braço ao vivo hauhauhauhauhauhua mas essa dica do volume é demais, tenho percebido isso e começado a mixar com um volume um pouco mais baixo
É engraçado como no rock BR a galera ignora as etapas de seleção de repertório e pré produção. O padrão de qualquer produção de gênero popular no Brasil já inclui essas etapas iniciais como parte da gravação de um projeto. Faltam produtores como o Miranda, que se preocupava com o desempenho dos trabalhos que gravava, ajudava os artistas a montarem um repertório forte e a tocarem melhor as músicas antes mesmo de iniciar a gravação. Se o produtor não acreditar muito no trabalho do artista, fica difícil vingar
Minha primeira vez com minha banda no estúdio foi horrível. A gente tava super imaturo e inexperiente com música e gravamos tudo separado, caindo justamente no problema que você falou. Se a gente tivesse gravado junto, o resultado poderia ser melhor e a gente teria se divertido minimamente...
@@LiscielFranco qual seria o melhor processo pra gravar uma musica assim pra quem ta começando? por guia mesmo? Minha banda ta começando e a gente gravou uma musica toda pelo guia de ensaio
