Que isolamento térmico devo aplicar na minha casa? EPS ou XPS? A resposta é … OS DOIS! 

Caro Edvaldo muito obrigada pelas palavras e bem-vindo à minha casa digital! São verdadeiras aulas sim, eu tenho tendência a estender o discurso. Tenho já muito mais informação nesta playlist, está bastante completa se quiser explorar. É conteúdo direcionado para profissionais e pessoas comuns sim, curiosos, interessados pela área da construção ou até pessoas a viver o processo da construção da sua casa. Sempre um discurso aberto, é isso que procuro.

Obrigada eu por estar desse lado a apoiar e incentivar conteúdo português! No início do Canal parecia utopia fazer isto, hoje é dos fatores mais valorizados, ser em Português, associado a questões da nossa tradição construtiva.

Olá caro Hélder. Obrigada pela participação e bem-vindo à minha casa digital. Ora a espessura do material isolante vai depender muito da constituição da parede, do material da "base" e até da zona do país. Portugal está dividido em 3 Zonas de Inverno e todas elas têm requisitos diferentes. Por isso, a espessura exata e geral não existe na verdade. Em relação à comparação direta entre espessuras, posso dizer que não tem essa expressão tão significativa. Vou dar um exemplo, um EPS mais convencional, de massa volúmica entre 15 - 20 kg/m³, tem uma condutibilidade térmica de 0,040. Já um XPS convencional, com massa volúmica entre 25 - 40 kg/m³, tem uma condutibilidade térmica de 0,037. Ou seja, tem melhoria sim, mas não em dobro. Em relação à VMC, ela resolve a ventilação da casa e as renovações de ar, mas diria que a possibilidade da parede "transpirar" não está dependente disso, mas sim, do material que utilizamos para fazer a barreira com o exterior. Por isso, reforço, sistema ETICS ("capoto"), por regra, é com EPS. Espero ter ajudado!

Muito obrigada pela resposta.

Olá Carlos! Antes de mais, obrigada pela interação e bem-vindo à minha casa digital! O EPS é um excelente material para aplicar num sistema composto chamado, "Sistema ETICS", mais vulgarmente conhecido como "CAPOTO". É uma boa solução para isolar pelo exterior e ajuda muito a melhorar a térmica dos edifícios que não têm isolamento nenhum. MAS só em casos em que as paredes existentes não tenham isolamento, deve ser avaliado o seu caso primeiro para perceber isso. Porque isolar "duplamente" pode também ser mau! Se quiser conversar concretamente sobre o seu caso, contacte-me de forma mais direta nas redes sociais. (Tenho andado a pensar se fará sentido fazer um vídeo a explicar o "Sistema ETICS" e este comentário fez-me acreditar que se calhar, será um bom complemento a este vídeo do EPS 🤔)

​@@arqcasanova sim faça esse vídeo há muita gente a querer meter capoto e depois choram quando tem muita condensação em casa (especialmente porque não têm VMC). Por outro lado, mesmo com a VMC cruzada, parece parvo andar a isolar a casa (capoto, janelas, etc) e depois ter de ter uma ventilação mecânica...

@@quintadafolhosa2572 obrigada pelo incentivo! Vou ter mesmo de preparar um vídeo a falar sobre o sistema completo, porque realmente surgem muitas dúvidas associadas a esse tema e comentem-se muitos erros ainda. Essa questão da Ventilação Mecânica Controlada é muito pertinente! Porque efetivamente, noutros países muito mais atentos às questões térmicas, isso é já prática comum! No Reino Unido, por exemplo, já é aplicado há mais de 20 anos!! Existem certificações próprias para isso, inclusivé! Nós é que não temos essa tradição construtiva. Mas com o evoluir dos tempos e da exigência do consumidor, não tenho dúvidas que o futuro passará por aí. Vamos lá pensar e preparar vídeos novos então 😁 !!!

Olá bem-vindo à minha casa digital e obrigada pela participação. Ora, um prédio de 1955, construído em perpianho provavelmente e que se desenvolve em altura, admito já que gostava de ver! Por regra, são edifício simples mas muito bonitos! Agora, acredito em tudo o que diz relativamente ao desconforto térmico. Subentendo pelo seu comentário que pretende melhorar as condições de isolamento, pelo interior, correto? Existem várias opções! Mas a decisão irá passar por vários fatores: 1⁰ localização do prédio (verificar zona de inverno e zona de verão); 2⁰ exposição solar do compartimento do quarto; 3⁰ materialidade e espessura da parede existente; 4⁰ estado atual da parede pelo interior (tem infiltrações, aparecem bolores, etc.). Só com esses dados consigo dar uma resposta adequada. Muitas pessoas me perguntam, que material aplicar e que espessura deve ter. Contudo, por mais que isto pareça "empírico", não é. Existem cálculos da térmica que nos permitem fazer verificações e validações, não é de todo "sensorial". Resumindo, seja em EPS, seja em Aglomerado de Cortiça, seja em que material for, vai precisar de uma boa espessura e todos serão válidos, desde que, bem quantificados. Se quiser ajuda nessa análise e quantificação, pode contactar-me diretamente. Se não, diria assim de forma informal, seja um material, seja outro, menos de 6 cm não será suficiente e no fim, tem de pensar o acabamento. Se for EPS vai precisar de Placa de Gesso Cartonado para fazer o acabamento, se for Aglomerado de Cortiça e até gostar do efeito, poderia ficar à vista (mas isso, assim de forma muito informal sem dados nem imagens)! Espero ter ajudado.

Caro Gonçalo muito obrigada pelo seu contributo e bem-vindo à minha casa digital. O Gonçalo traz aqui um tema complexo! O sistema de parede dupla com caixa de ar (isolada ou não) é o sistema que me "antecedeu", digamos assim. A maioria das casas que estou a intervencionar têm esse sistema. Ao que aprendi, o pressuposto era que a caixa de ar deveria ser ventilada! O que acontece na realidade? Acho que ainda não me deparei com uma caixa de ar ventilada! Agora, quando me diz que tem problemas de condensação isso pode ser traiçoeiro. Será condensação causada pela caixa de ar? Será condensação causada pela diferença de temperatura entre paredes/teto? Será capilaridade do terreno a subir as paredes? Existem várias "patologias da construção", como os especialistas chamam, que são confundidas com condensação. Antes de sugerir soluções para o problema, preferia verificar ao certo o problema, percebe? Não gosto de "atirar" sem ver, quando são casos concretos. Agora, de forma geral, se é uma parede dupla com caixa de ar isolada (na face interior, isso é um pormenor importante) e ela não está a "respirar" como bem diz, diria assim de forma empírica que precisa de criar pontos de transpiração na parede. Se for possível pelo exterior, para não afetar o interior. Mas isto, sem certezas porque não conheço o caso, reforço! Se quiser falar mais diretamente sobre a sua situação em específico, sinta-se à vontade para me contactar de forma mais direta.

Muito obrigada caro José Rodrigues e bem-vindo à minha casa digital. Fico muito satisfeita em saber que, mesmo sendo estas temáticas densas, a mensagem passa de forma simples.

Olá mais uma vez! Já vi que fez uma viagem completa por todos estes vídeos. Que bom ver que ao longo deles as questões vão-se esclarecendo e funcionam bem como complemento! Quanto à questão, se vai isolar pelo interior e a parede a que vai encostar é de betão e tem efetivamente muita humidade/capilaridade, aconselhava o XPS. Mas tudo depende do que estiver do outro lado dessa parede, do estado da parede atual, da origem efetiva dessa humidade (se vem do chão, do ar exterior do outro lado da parede), existem várias questões que podem influenciar a "melhor" solução. A solução do Gesso Cartonado não é a única também, pode optar, por exemplo, por um sistema de placa composta de XPS com fibra de vidro e argamassa (é o que vamos aplicar nas Casas JP). Existem várias opções. Tudo depende da parede que estamos a falar. Se precisar de ajuda mais direcionada para o seu caso em concreto, não hesite em contactar-me diretamente. Às vezes uma conversa rápida pode ajudar. Obrigada por continuar desse lado.

Olá! O XPS tem isolamento térmico superior ao EPS. Devido à maior densidade, o XPS possui menos vazios em sua constituição e, por consequência, há menor transferência de calor por convecção do ar entre suas células, o que torna sua resistência térmica superior à do EPS. Na prática, uma placa de XPS com 8 cm tem a mesma transmitância térmica de uma em EPS com 10 cm e densidade típica entre 10 e 15 Kg/m³. Mas há outras questões a se considerar, como já dito pela colega, e o melhor para caso depende de tais questões.

@@edmarferreirajunior724 olá e bem-vindo à minha casa digital! Muito obrigada pelo seu comentário e pela informação adicional que acrescentou ao debate. Falar sobre coeficientes de transmissão térmica é algo que andei a "evitar" durante algum tempo, por ser talvez "demasiado técnico", mas cada vez mais tenho trazido esses números para o debate porque ajudam a dar mais fundamento. Em vídeos posteriores a este trouxe já algumas referências de U's. Efetivamente, um XPS de 8cm tem um U=0,46 e um EPS de 10cm (com uma massa volumétrica de 13-15kg/m³) tem um U=0,42. Ou seja, estão bastantes aproximados. Fica assim aqui esta informação adicional para os mais interessados nesses tópicos e mais uma vez, deixo o meu agradecimento pelo seu contributo!

Olá Nuno Moura! Antes de mais, bem-vindo à minha casa digital e obrigada pela interação! Quanto à sua questão, percebo perfeitamente aquilo que diz e tendo em conta o seu caso, um sótão não utilizado em que apenas se fazem acessos pontuais para manutenção, a melhor solução e mais rápida é efetivamente aplicar o XPS no "chão do sótão" e precisamente por ficar nessa posição, deve ser o XPS porque é um material de alta densidade e permite que se ande por cima. Não considero que seja necessário pôr OSB, o XPS aguenta o peso de uma pessoa a andar, pontualmente, para fazer manutenção. Indicava sim que escolhesse placas de XPS já com encaixe macho/fêmea, de maneira a que encaixem umas nas outras e eventualmente em alguns pontos colar, mas não precisa ser uma colagem total! Já vi situações em que é apenas pousado e funciona muito bem. Isso vai ajudar a questão da cobertura, mas essa é apenas uma superfície da casa. Poderá precisar de algum reforço nas paredes também, mas esta intervenção é um bom princípio 👏 Boa sorte no seu processo e já vi que tenho aqui outros comentários seus, por isso, acredito que falaremos muito em breve de certeza para ver como tudo correu!

Bárbara bem-vinda à minha casa digital e obrigada pelas palavras e interação! Refiro-me a moradias para "simplificar" o discurso, mas toda a lógica é aplicável a habitação colectiva. A grande diferença é que em moradias unifamiliares é mais fácil resolver estas questões pelo exterior. Em apartamentos é muito mais complicado. Quanto ao Pladur, Pladur é uma marca de um material designado tecnicamente de Gesso Cartonado (que, basicamente, é uma placa constituída por gesso e cartão) e esse material não traz benefícios térmicos ou acústicos. O que traz esse benefício é o que normalmente é aplicado por trás da placa (lã de rocha, lã de vidro, etc). A verdade é que materiais que funcionem tanto para térmica como para acústica, não é fácil. Simplificando que já vai longo o texto 😁 o EPS pode ser uma boa solução para isolar termicamente pelo interior e como é menos denso, pode ajudar também na acústica (mas lá está, não é o "material de eleição para a acústica, é uma ajuda apenas). Não sei se consegui ajudar, mas a verdade é que é um tema bastante complexo para se abordar assim em texto. Espero que consiga retirar alguma informação de valor ao menos. Obrigada e continue desse lado 😉

@@arqcasanova tirou bastante a minha dúvida, aliás plural: dúvidas… porque como tenho pouco espaço uso as placas de EPS, mas tal como mencionaste as de EPX numa altura que haja mais “embate” e para os tectos pladur com lã Rocha. Muito obrigado pelas dicas :)

@@barbarabrandao4167 obrigada e boa sorte com esse trabalho de melhoria! Investir no conforto térmico da nossa casa é investir numa vida mais saudável e feliz! Sem dúvida mais feliz 😊 Se precisar de alguma coisa durante o processo pode procurar-me nas redes sociais e contactar de forma mais privada! Tudo de bom e muita força 💪

​@@barbarabrandao4167 mas a lã de rocha não é tóxica?

@@katplay8417 obrigada pela participação e pelas simpáticas palavras. Seja bem-vindo à minha casa digital, espero continuar a vê-lo por aqui. O elemento da cobertura é um dos mais importantes da casa e normalmente o nosso maior ponto de contacto com o exterior, por isso, fez muito bem em começar o seu investimento em obras de melhoria por aí. (P.S. aqui que "ninguém nos ouve" não sou fã da opção de painéis sandwich para habitação, espero que corra bem e se poder no futuro, dê-me a sua opinião sobre essa escolha). Em relação à duplicação de isolamentos, por regra, não é uma prática aconselhada em casas existentes! Vou tentar explicar porquê, sem me alongar imenso. Atualmente, quando trabalhamos com um sistema de parede simples, podemos usar EPS pelo exterior para o ETICS e lã de rocha pelo interior, antes do gesso cartonado. Tudo certo, é prática comum. Mas, quando temos uma casa existente, em que não conhecemos o sistema construtivo original, é preciso ter mais cuidado. Se estivermos a falar de uma parede que tenha sido construída com o sistema de parede dupla e caixa de ar no meio, isolar por dentro e por fora, pode potencializar o aparecimento de condensações na caixa de ar, por falta de ventilação. Por isso referi que, por regra, duplicar isolamentos em casas existentes não é recomendado. Resumindo, é importante saber a constituição da parede existente para se direcionar de forma mais eficaz as soluções propostas. Ajudei-o ou deixei-o ainda mais indeciso?

Ajudou muito obrigado 🙂 a opção dos painéis sanduíche foi porque me pareceu a que oferecia mais garantias durabilidade comparando com manta asfáltica. Para evitar questões relacionadas com condensação entre a placa e os painéis sanduíche vou instalar entradas de ar numa zona inferior e na zona superior esperemos que seja suficiente. Quanto á parede é uma parede simples sem caixa de ar por isso assumo então que seja vantajoso o duplo isolamento (EPS+parede simples+EPS+Pladur)

Boa noite caro Guilherme. Antes de mais, obrigada pelas palavras e bem-vindo à minha casa digital. Em relação à sua pergunta, está a descrever um sistema construtivo feito principalmente de materiais leves e de pouca espessura. É preciso investir bastante mais em materiais isolantes nesses casos (quando não temos "massas"). Não consigo dizer ao certo quanto, precisava saber as espessuras certas do que já tem e a zona do país em que está, etc. Agora, se quer saber apenas "qual dos dois materiais", assim de forma intuitiva, diria, se já tem EPS, mater o mesmo material. Juntar lado a lado dois materiais isolantes com características diferentes, a trabalhar de maneiras diferentes, à partida, não me parece boa opção. Mantenha o que já tem, verifique se está em boas condições e invista numa espessura de reforço significativa (que 2cm "não é nada"). Espero ter ajudado.

@@arqcasanova Boa noite , agradeço a sua disponibilidade, vou reforçar com 4 a 5 cm espessura com placas EPS ,a zona fica junto á praia do Meco em Sesimbra Cump. G.Dias Nota: Fui em tempos fui técnico comercial de materiais impermeabilizantes, Matesica sa ,a fábrica já fechou!

Maria Graça Rosa bem-vinda à minha casa digital e obrigada eu, pelo elogio bonito e pela interação ! Continue desse lado, temos vídeos novos a sair todas as semanas.

Muito obrigada!

Caro Jorge Gonçalves obrigada eu pelas suas palavras e por estar desse lado! Bem-vindo à minha casa digital.

Olá caro Armindo. Obrigada pela participação e bem-vindo à minha casa digital! O teto da cave é efetivamente um ponto frágil em muitas casas e deve sempre ser isolado quando temos no piso imediatamente acima com espaços úteis. Por isso, antes de mais, parabéns pela iniciativa e perspicácia, precisa mesmo isolar esse elemento. Depois, quanto ao material indicado, vai depender de algumas variantes: A cave tem os valores de humidade altos ou está estabilizada? Se tiver valores altos, pode optar por um material mais resistente, o XPS. Se for um espaço relativamente estável, pode optar por uma solução mais económica, o EPS. A cave é um ponto frágil em termos de transmissão térmica mas também acústica? Ou seja, mais do que passar frio/calor passa também ruído? A opção nesse caso poderia ser um material como a lã de rocha, que tem um comportamento acústico mais eficaz e também uma maior resistência ao fogo. Resumindo, a escolha não é "padronizada", deve adequar-se à sua situação. Espero ter ajudado e continue desse lado.

@@arqcasanova muito obrigado pela dica e pela partilha dos seus conhecimentos

Muito obrigada caro Paulo Araújo!

Olá caro Pedro. Obrigada pela participação e bem-vindo à minha casa digital. Procura revestir as paredes interiores então? Numa solução prática, de "faça vocês mesmo" existem várias opções, deverá sempre é ponderar custo/benefício. Pode fazer uma 1º camada com material isolante (XPS ou EPS ou até Lã de Rocha, depende muito do tipo de benefício que procura) e uma 2⁰ camada de revestimento, com placa de gesso. Agora, aplicar "massa de gesso" diretamente sobre placas isolantes encostadas umas às outras, não me parece boa opção. Nunca fiz, nunca vi fazer e não conheço a eficácia dessa opção. Existem também soluções de placas compostas, que juntam 2 materiais, podem ser coladas a paredes existentes e no final, toma as juntas e faz um barramento e pintura sobre essas placas. Reforço, essas placas compostas vão exigir que seja feito um trabalho cuidado das juntas, para evitar fissuras interiores. Espero ter ajudado, ainda que não tenha dado uma resposta exata e definitiva. Até porque, não existe "resposta certa", se é que me entende. Existem opções, vantagens e desvantagens para as diferentes opções e custos que devem ser ponderados. Se quiser saber mais sobre o tema ou falar sobre o seu caso em concreto, não hesite em contactar-me.

Olá cara Fátima obrigada pela participação e bem-vinda à minha casa digital. O calor, ou seja, os problemas associados aos meses de Verão não afetam tanto as superfícies opacas (paredes/lajes), mas sim as superfícies envidraçadas. Ou seja, se tem problemas de sobreaquecimento de um espaço ou de uma casa, a primeira coisa a fazer é investir numa boa caixilharia, isso sim. Espero ter ajudado.

Olá cara Liliana! Obrigada pela participação e bem-vinda à minha casa digital. O sistema ETICS foi pensado para ser executado com um material isolante de alta permeabilidade ao vapor de água, o que não é o caso do XPS. Por isso mesmo é muito mais comum ver EPS nesse sistema. Contudo, em zonas de alto impacto (perto do chão por exemplo), é frequente ver XPS, a fazer uma espécie de "rodapé mais resistente" e depois para cima EPS. Resumindo, é "errado" ter XPS? No conceito geral do sistema, diria antes, não é o recomendado. Não quer dizer que seja "errado" de forma geral! Podem haver situações em que faz sentido ter zonas com XPS, mas será sempre de forma pontual. Nunca recomendaria fachadas inteiras com sistema ETICS em que o material isolante fosse na totalidade XPS. Espero ter ajudado!

Olá caro Diogo Teixeira. Obrigada pela participação e bem-vindo à minha casa digital. Ora, dois pontos que quero ressalvar, relativamente à sua questão. 1⁰ quando temos construções no sistema que refere, parede dupla com caixa de ar, é fundamental verificar (antes de fazer qualquer intervenção) se a caixa de ar é isolada. Se assim for, não devemos duplicar isolamentos. Se não for, aí sim, deve ponderar opções. Assumindo que não tem isolamento na caixa, avançamos então para o 2⁰ ponto. O SISTEMA ETCIS foi pensado como um sistema de isolamento pelo exterior, com materiais leves e de preferência transpiráveis, daí o aparecimento em força do EPS. Esse material é económico, leve, transpirável e de fácil instalação. Aplicar o sistema com XPS é já uma "adulteração do sistema", diria eu. P.S. assumindo que o dinheiro não é problema, pode optar por soluções com melhor desempenho térmico, acústico e de reação ao fogo, como por exemplo, lã de rocha (um material que está em falta nesta playlist). Resumindo, se não tem patologias na casa, nem riscos de grandes impactos nas paredes, as últimas perguntas que lhe deixo para ponderar são: porque quer fazer a aplicação adicional de isolamento e porque está a ponderar XPS? Espero ter ajudado.

@@arqcasanova Boa noite. Obrigado pela resposta. O objetivo prende-se com o péssimo isolamento térmico da casa, que é gelada de inverno, quente no verão. Não tenho maneira de saber se a caixa de ar é isolada (pelo menos não estou a ver como sem começar a partir a parede). A julgar pelas temperaturas, diria que não é... Relativamente à lã de rocha, não me tinha ocorrido isso, achei que só podia ser aplicada pelo interior. Em termos de "transpirabilidade" é comparável ao EPS? Obrigado!

@@diogoteixeira5253 obrigada pela resposta! Agora sim, está mais clara a situação. A forma mais fidedigna de saber é efetivamente ser "invasivo": um furo na parede (não precisa ser um buraco para pôr a mão, um furo apenas pode ser suficiente). A forma mais intuitiva, é através da caixa de estore (se tiver estores), mas nem sempre se consegue confirmar por aí. É importante ter essa confirmação, mesmo para fazer o cálculo da espessura necessária a aplicar agora nas obras de melhoria que pretende fazer. A lã de rocha é uma boa opção sim, transpirável também. Existe ainda a opção de aglomerado de cortiça, mais ecológica. São várias as opções mesmo! Se precisar de ajuda a escolher o material isolante, a calcular a espessura necessária para ter os benefícios que pretende, etc. pode contactar-me de forma mais direta. Já ajudei outras pessoas nessa mesma situação! Basta ir a www.arqcasanova.com/consultoria e agendar uma hora comigo e fazemos essa escolha e verificação em conjunto.

@@arqcasanova Muito obrigado pelas respostas. Continuação de bom trabalho com vídeos muito educativos. Bem haja!

@@diogoteixeira5253 obrigada eu por estar desse lado e boas obras 💪 !

Olá João! Antes de mais, bem-vindo à minha casa digital e obrigada pela interação! Curioso, fizemos a mesma experiência e tivemos resultados diferentes então. Também já aqueci a altas temperaturas uma placa de EPS e ela começou a consumir-se, desintegrar-se, desfazer-se à minha frente. Não "incendiou" no sentido de produzir uma labareda, mas desfez-se completamente. Aliás, não terei sido a única, existem vários vídeos a demonstrar isso mesmo aqui no RU-vid. Não o fiz no meu vídeo, uma vez que no cenário e contexto em que estava não era viável, mas deixo aqui um link que demonstra exactamente aquilo que eu vi, se tiver curiosidade de ir lá espreitar: ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-uAbqkJQOrao.html A diferença de experiências pode, eventualmente, estar relacionada com uma diferença de material. O EPS, na sua essência, é um material de baixa densidade, constituído por uma grande percentagem de ar (falo sobre isso num dos vídeos anteriores), por isso, será sempre um material com baixa resistência ao fogo. Esta é a informação que tenho, validada por documentação técnica e experiência de outros profissionais. Claro que, como uma pessoa que muito admiro costuma dizer, "estou sempre a aprender e morrerei sem saber", ou seja, podem existir derivações do EPS com densidades maiores, que o tornem mais resistente, mas será já uma alteração/evolução do material e não o EPS "base" que mostro no vídeo. Se tiver imagens, informação do material que utilizou para a sua experiência, podemos tentar perceber a diferença de resultados e talvez, talvez, esse "Ponto!" se transforme numa vírgula e quem sabe possamos conversar um pouco mais.

@@arqcasanova obrigado pela resposta. Parabéns pelo canal que, aliás, subscrevi. O meu comentário centrou-se na questão do "inflamável" (ou seja, que é suscetível de pegar fogo). Sim, o EPS "derrete", com extrema facilidade. Mas, não incendeia/inflama/pega fogo. Ou seja, "se houver uma fonte de ignição" (ou calor) ele não vai arder, fazendo chamas e pegando fogo a outros materiais e à casa. Ou seja, o EPS é, de facto, "pouco resistente ao fogo" e o XPS é "mais resistente ao fogo". Mas pronto, retiremos o meu "Ponto!" da equação :)

@@joaoeloi4970 obrigada por continuar desse lado e se ter juntado a esta casa digital. Fico profundamente grata e lisonjeada com as palavras e valor reconhecido, assim como, pela continuidade da comunicação. Diga-me, com total abertura e sinceridade que sempre preso por manter aqui, sente, que em algum momento foi errónea ou indutora de erro a informação transmitida no vídeo? Todos os vídeos são gravados em discurso fluído, natural, não tenho teleponto ou ferramentas de apoio, digo o que me vai na mente e posso, com o correr do discurso utilizar expressões mais livres, mas acredito que, se alguma dúvida houvesse, estes comentários ajudaram a esclarecer de vez! Por isso, ainda bem que viramos o ponto 😁 !

Caro Alberto, obrigada eu por estar desse lado e bem-vindo à minha casa digital. A sua questão é extremamente interessante e considero pertinente estar aqui a resposta, de forma aberta e pública. Efetivamente sim, esse é um uso para o XPS, no sentido de minimizar as trocas térmicas pela caixa de estore. Cria uma barreira nessa transmissão e é uma forma económica de melhorar a ponte térmica numa zona tão frágil. Já vi essa aplicação ser feita (recomendo), já vi as melhorias que introduz (são significativas), mas já vi também um erro muito comum associado a esse trabalho. Muitos profissionais aplicam o XPS na caixa de estore e na sequência, para "reforçar" esse isolamento, fecham tudo, pelo interior, com gesso cartonado. Ou seja, retiram a "tampa" amovível da caixa de estore, com o argumento de que fica melhor, termicamente (e fica na realidade). Contudo, isso anula a possibilidade de aceder facilmente ao interior da caixa de estore, ou seja, havendo uma avaria (uma fita que rebenta, uma lâmina que prende, etc.) não conseguimos aceder para reparar. Por isso considero "erro", melhorar termicamente SIM, prejudicar em termos de manutenção futura NÃO. Espero ter ajudado.

Muito obrigado pela sua resposta. No meu caso a tampa da caixa de estore irá manter-se e colocada no seu local original após a colocação das placas de xps. Parabéns uma vez mais pelo seu canal e disponibilidade.

@@albertofernandes obrigada eu por estar desse lado e, sendo assim, parece-me muito bem essa intervenção! Boa sorte com a obra e qualquer dúvida, estamos todos a uma mensagem de distância.

Olá boa tarde e bem-vindo à minha casa digital! Ora está a pensar isolar a sua sala pelo interior e a dúvida é, qual melhor material, correto? O XPS é um material muito utilizado para zonas húmidas, pela sua resistência à água. Mas, em termos acústicos, não é o material mais eficaz. Talvez, para o interior de um compartimento e para beneficiar de um bom isolamento térmico e acústico, o mais eficaz será o aglomerado de cortiça. Mas, em termos de custos, será uma solução mais exigente financeiramente. Por isso, não é apenas uma decisão "técnica", digamos assim. Faça uma conta aproximada aos metros quadrados, teste uma simulação com os dois materiais e aí sim, terá todos os dados para uma decisão mais ponderada. Espero ter ajudado e boas obras! P.S. tem também a opção de lã de rocha, lá de vidro, etc. Existem várias opções no mercado para interior. Se tiver interesse em saber mais sobre esses materiais, deixe aqui nos comentários 😉

Caro Marco, obrigada pela interação e bem-vindo à minha casa digital! Ora, a espessura é definida por muitas variantes. Os materiais constuintes da parede, as suas espessuras, em que lado da parede fica aplicado o XPS, etc. Hoje em dia temos que calcular o U das paredes e tem de cumprir a legislação (falo disso num outro vídeo desta paylist). Mas posso dizer que, por regra, normalmente, uma espessura entre 6cm / 8cm, acaba por cumprir.

Hybris é um isolante, o normal é ver isolante termico por condução, este parece ter por condução e radiação termica. Mas não é a minha, será bom?

Olá Sandro! Antes de mais, muito obrigada pelas palavras incentivadoras e bem-vindo à minha casa digital! Hybris é um isolamento térmico de baixa densidade, com o qual ainda não tive a oportunidade de trabalhar em nenhuma obra minha. Gosto de falar, acima de tudo, de materiais com os quais já trabalhei e já tive a oportunidade de trocar impressões com instaladores que conhecem e aplicam o material. Mas, pelo que conheço da documentação técnica, é uma boa opção, acima de tudo para isolamento pelo interior e tem um muito bom equilíbrio entre benefício térmico e acústico, graças à suas estrutura alveolar. Pode ser uma boa opção sim! Se optar por aplicá-lo, dê-me depois feedback da sua experiência com o material. Ficaria grata e seria um óptimo contributo para o enriquecimento da partilha!

😁🙏

Olá cara Vanessa. Obrigada pela participação e bem-vinda à minda casa digital. Está a referir-se a qual dos materiais? Por regra, nenhum destes materiais foi pensado para ficar à vista pelo interior. Tudo vai depender do sítio onde aplicar. Por exemplo, se quiser isolar um andar da casa do sótão, pode simplesmente pousar o XPS no chão do sótão e o andar imediatamente abaixo ficará mais confortável. Não precisa obrigatoriamente de teto falso. Isto é apenas um exemplo, tudo depende da sua situação. Se precisar de ajuda com a sua situação em concreto, não hesite em contactar.

Seria isolar o tecto da sala e quartos, sem colocar tecto falso será possível?

Não queríamos estar a gastar muito, seria colocar as barras e fazer o acabamento não sabemos é como

@@vanessareguengos687 depende do que quer isolar (temperatura - frio/calor ou som). Por exemplo, exigem soluções de tetos acústicos que podem ficar à vista sim, sem acabamento. É mais fácil e económico. Em termos térmicos, é mais limitado. Os materiais isolantes normalmente não são materiais para ficar à vista, o único que penso que poderá ficar bem sem acabamento é o aglomerado de cortiça. Mas, é sempre um material isolante mais caro do que os convencionais. É uma questão de fazer contas.