Trechos do livro: “The Essential Sri Anandamayi Ma”, de Alexander Lipski.
Ananda Mayi Ma (1896 - 1982) foi uma das mais influentes e conhecidas místicas da Índia nos tempos modernos. Ela viajou muito por seu país e estabeleceu diversos centros espirituais e ashrams.
Sua presença espiritual marcante, que abrangia poder interior, imensa generosidade e amor pelos outros, trouxe-lhe muitos admiradores, não só entre hindus, mas também entre fieis de outras religiões.
O despertar da consciência num hostil cenário machista.
Como era costume na época, um marido foi encontrado para Ma enquanto ainda era criança. Inicialmente, ela o obedeceu em todos os assuntos e cumpriu seus deveres. Mas quando sua intuição a instruía a agir, ela não aceitava oposição.
Nesse contexto, à medida que sua condição espiritual se tornou conhecida, visitantes começaram a vir para a ver e tomar sua bênção, uma prática de entrega através da presença de um santo. Isso entrava em conflito com as regras do "véu de reclusão", segundo a qual um jovem casado deveria manter sua esposa velada e escondida às vistas de outro homem.
Embora Ānandamayī Mā se negasse a ser considerada um guru, ela teve discípulos.
Em seu ensino, desencorajou o interesse por encarnações ou questões do carma, considerando tal investigação uma perda de tempo:
“Na realidade, não se trata de tempo ou fora do tempo, de dia ou noite, antes ou depois; contanto que você permaneça escravizado, haverá nascimento e morte.
Na verdade, não existe tal coisa, afinal, qual é o significado de antes e depois, uma vez que eu existo em toda eternidade.
Já que todos são um, quem pode entender isso, e quem pode ensinar isso?".
Consciente da unidade de toda a existência, Ma era totalmente afetada pela brincadeira divina:
“Venha o que vier, o que isso importa?
Enquanto Ele, o Ser, não foi revelado, você está preso dentro de fronteiras. Esse limite, significa ignorância.
A quebra exige um caminho de esforço e dedicação, mas se você ainda pode fazer, agir, se mover ou interagir, é porque o estado de imersão à unidade ainda não aconteceu.
Não é um tipo novo de união a ser estabelecida, mas sim a união que já existe por toda a eternidade que deve ser reconhecida.
Não há questão de esclarecer o erro, pois há apenas Ele, aquele que é base de todos. Com Ele como objetivo, o erro de que existe algo como "erro" deve ser abandonado.
Se tudo é o Senhor e nada mais, quando alguém está absorvido pelo oceano da unidade, não existe meditação, prática, devoção ou atividade física, pois só há ele".
Anandamayi Ma.
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5 окт 2024