Os autômatos estão ali para servir as pessoas mas é facilmente perceptível de que na verdade a humanidade é escrava das máquinas, um conceito que se assemelha ao fato de que usamos e abusamos de todos os aparatos tecnológicos não porque dependemos, mas porque supostamente a praticidade que eles nos dão nos concede maior controle, porém o que acontece é especificamente o contrário, idolatramos tanto a facilidade que a modernidade trás, que nos tornamos escravos voluntários. As nossas ações e esforços não tem importância porque sabemos que as máquinas fazem o que podemos fazer e de maneira melhor do que nós. A preguiça aumenta e se torna um fardo por conta desse tipo de relação humano-máquina. No filme existe um robô pra cada atividade humana (?). No final de tudo é possível ver e perceber que os humanos estavam sobrevivendo, e as máquinas estavam "vivendo" Por conta da nossa própria destruição e ganância a humanidade iria acabar ou ser totalmente substituída por máquinas. Mas no final o processo de recolonizar o planeta é de total dependência e responsabilidade da raça humana, tanto para reproduzir a espécie quanto para construir novas máquinas. Esse filme é no fim das contas uma história de amor não só entre as máquinas como de Wall-e pela humanidade. Por mais que o ser humano seja "superior" as máquinas, eles não podiam se vangloriar de nada, já que eles viviam de maneira mais artificial do que as máquinas. Wall-E nos prova que de nada adianta ser humanos se não aproveitamos a vida. O que você é não te define, mas o que você faz. No final somos como humanos, seres capazes de amar, ou como máquinas, vivemos no automático?