Na última live fiz um react ao vídeo do Jones Manoel onde discursa sobre a necessidade de construção de uma Estética comunista brasileira. Confere aí! _ Conheça o Introdução ao Cinema cursosdoleao.k...
Ótimo vídeo, professor. Espero que todos entendam quem domina e quem é dominado, a consciência de classe é dura, mas é a realidade e podemos trabalhar para mudar essa realidade, por isso pensar sobre uma estética comunista brasileira é importante para aprofundar os estudos sobre o Brasil e refletir nas nossas artes, é olhar para nossa tela e pensar que aquilo ali tem gosto de Brasil e não do imperialismo.
Professor, uma dúvida que me surgiu durante esse vídeo e acho que vale o questionamento. Vislumbrando a perspectiva de internacionalização do comunismo, não existe validade em comunicar a nossa estética, até certo ponto, nos formatos propagados pela indústria e mídia hegemônicas? O próprio Bacurau, por exemplo, teve uma rodagem internacional interessante, justamente por trazer esses aspectos do cinema hollywoodiano pra retratar uma história com símbolos profundamente brasileiros. Cidade de Deus então nem se fala. Não acho que deva ser a forma final da nossa estética/conteúdo brasileiros, porque esses devem chegar na nossa própria classe trabalhadora. Mas, visando a expansão dessas ideias, criar filmes como Bacurau e Cidade de Deus, cantar músicas em inglês que comuniquem os nossos símbolos não é válido pra que mais pessoas ao redor do mundo sejam alcançadas pelos nossos símbolos? Afinal, essa é uma das formas que o imperialismo utiliza. O tal do “soft power”, que a Coréia do Sul tem usado com força nas últimas décadas. Lógico que, comparados a esses exemplos, seríamos formiguinhas, mas não seria interessante também usarmos o mesmo modus operandi?
Philippe, e a respeito da estética descolonial (ou decolonial)? Será que poderíamos dizer que elas compõe o embrião deste movimento de criação de uma estética comunista genuinamente brasileira? Compreendo que há uma elitização da arte, seja ela plástica, conceitual, etc., e que se torna quase inacessível para a maioria das pessoas. Mas fico me perguntando, por exemplo as ultimas Bienais de São Paulo (um dos maiores eventos de arte do mundo, ditando tendencias e movimentos dentro e fora do país) tem se atentado a questões muito caras para a construção e uma estética contemporânea que nasce das nossas diversas histórias, visões de povos tradicionais, etc. Será que a estética decolonial já não se figura como um embrião para essa estética comunista brasileira?
Cidade de deus foi um filme que me identifiquei muito com minhas experiências em uma favela, perdendo amigos e afins. Um filme que me traumatizou mesmo e comecei até ranço do cinema nacional, foi um filme sobre Lampião. Motivo? uma cena DESNECESSÁRIA. UM ESTIIPRO de quase 10 minutos em tela, nudez desnecessária. Isso me incomoda no cinema brasileiro, nudez demais, temas rasos, e humor de tiozão a la grobo.
Isso devia iniciar ja no símbolo da comunada.. a clássica foice e martelo soviéticos não são os mesmos tipos de ferramentas usadas aqui e naoconversam com o nosso trabalhador.. aquela foice de colher trigo.. aqui nrm se planta trigo.. gosto muito mais da simbologia que o Don L usa nos shows onde ele usa um facão e uma flecha..as é por aí..
Gente, que loucura. Eu queria que o Brasil se dividisse em Socialista e Capitalista e queria que vocês pudessem experimentar da forma que quisessem o socialismo porque sinceramente já vimos esse filme diversas vezes na história. Brigar por um pais menos desigual, com melhores condições de forma geral estou 100% de acordo mas imaginar que o mundo funciona somente com trabalhadores voluntários não dá. Até porque o mundo já está ficando descentralizado, muita gente trabalhando de forma independente utilizando diferentes plataformas e recursos. A luta contra desigualdade, racismo e tantos outros não está defasada, o que está defasado é acreditar em um modelo que tenta descrever o mundo em um formato extremamente arcaico, limitado e que nessa altura do campeonato é mais um "lifestyle" do que realmente preocupação em resolver problemas reais.
ao meio certinho, aposto que eles vão adorar ficar com o nordeste e o norte, onde parece que a probreza reina e a igualdade tbm, onde tem Amazônia, eles vão adorar, eles vão amar. Enquanto o restante assisti filmes do reino capitalista.
Entendo, mas utilizar esse argumento é equivalente a não compreender a dialética de nossa sociedade, e idealizar que tudo se trata de uma disputa equivalente de ideais, não é, o nosso sistema de produção garante isso.