Vídeo muito encorajador! Eu estou no processo de início da vida intelectual. Descobri minha vocação e agora estou me preparando para o mestrado em Letras Clássicas. Para mim sempre foi difícil a disciplina da vida intelectual, principalmente quanto as preocupações internas e externas, mais os maus hábitos, mas estou na luta e progresso dessa rotina tão necessária e tão perene quando alcançada.
Amigos, lembremos a importância de Cristo em nossa caminhada! Se o que buscamos é o eterno e o transcendente, a verdade e o bem, não há porque não repousar no peito do mestre nos momentos de desordem, aflição e de caos. Isso o padre Sertillanges nos ensina com clareza e também eu posso lhes afirmar, por experiência própria, que se não fosse a religião, em especial o catolicismo, em especial cristo, os santos e a virgem (que tanto tem rogado a Cristo por mim e me mediado enormes graças por meio da oração do rosário) eu jamais teria desfrutado da sabedoria, do estilo e do amor à vocação de Mortimer J. Adler, Olavo de Carvalho, Carlos Nougué, do próprio Gurgel e do próprio Sertillanges (e outros). Portanto, irmãos, não vos desanimeis e para serdes mais firmes, apoiem-se em Cristo! Paz e bem!
Hoje completa a minha segunda semana na universidade no curso de Letras. Confesso que me senti "castrado", como se tivesse com um grilhão amarrado aos meus pés. Tudo se resume à BUROCRACIA; há regulamentos, horários, leituras obrigatórias, aulas expositivas maçantes. Eu, como muitos que buscam estudar por conta própria, entro nela com 24 anos - leio deste meus 18 e, também, neste idade que comecei a ler o Olavo -, não aceito esses regulamentos. Quero transpor tudo isso; mas me vejo sozinho. Os alunos dizem "amém" aos que os professores dizem. Emprego esse termo "amém" no sentido de não se questionar, de não se perguntar o "por quê" de ler Piaget ao invés de outro autor. Ora, é sabido que a Universidade é para instruir o estudante, ensina-lo a pensar com a própria consciência, a "andar com as próprias pernas" - assim eu vejo. Contudo, percebo que nossas universidades estão prendendo os estudantes, castrando-os já na sua mocidade, onde seus estoques de energia para os estudos, para as pesquisas, poderiam trazer para nosso país - e, claro, para o próprio estudante - resultados dignos. Na França também houve um declínio das universidades, principalmente na área de Ciências Humanas. O governo de esquerda aboliu exames para seleção dos melhores, assim, declinou-se a qualidade de ensino - para mais detalhes vejam "Para Salvar a Universidade, de Laurent Schwartz. Pelo visto, nossa situação parece ser ainda pior. Em suma, graças a internet podemos sair das grades que as universidades nos impõe; mesmo com a pena de não ganharmos nenhum "diproma". Mas, como eu e muitos aqui, queremos saber a verdade em primeiro lugar; o diploma, fica no segundo plano.
Nobre Victor estou nessa teia burocrática também, mas cumpro com a grade da universidade e estudo por fora. Graças a Deus pela internet e o livre acesso a ilustres brasileiros remanescentes como o professor Olavo de Carvalho e o Rodrigo Gurgel. Homens que são um vagalhão nesse deserto de ignorância acadêmica.
Ai comentar justamente o que o professor comentou. Infelizmente a burocracia está encrustada na sociedade atual, sobretudo na brasileira. No entanto, pensar que a universidade é o local para "libertar" o pensamento, nas suas palavras "andar com as próprias pernas", é uma ingenuidade. Também curso letras em uma universidade pública e percebi muito rápido que os professores-doutores, não todos, mas boa parte, tratam as aulas na graduação como uma função secundária. Normalmente, eles dão prioridade para as pesquisas que estão realizando e/ou para seus orientandos de pós-graduação, devidos as cobranças para sempre produzir mais. Ademais, os professores mais acessíveis que me deram aula sempre dizem que o aluno da graduação tem que aprender a "tomar as rédeas dos próprios interesses e pesquisas". E nesse aspecto, até concordo, pois é nesse momento em que se diferenciam aqueles que querem dos que não querem seguir carreira acadêmica. Pense como se fosse uma empresa: o chefe ou líder, como preferir, vai valorizar não o profissional que tem a ideia e guarda para si em meio à lamentos, mas sim aquele que tem a ideia, a executa e checa os resultados e estuda a viabilidade para só depois exibi-la. Ou seja, os professores, na universidade, só vão olhar para sua linha de pensamento se ela estiver bem elaborada e sustentada em argumentos relevantes que os convençam. Do contrário, nem se darão ao trabalho já que eles possuem as próprias linhas de pesquisa. Espero que meu comentário tenha contribuído com algo. (Obs: também comecei tarde, com 23 anos).
Eu sempre tento tirar um aprendizado do que não me agrada, tive uma professora que não acreditava na capacidade dos próprios alunos e foi justamente com ela que aprendi como não agir com meus futuros alunos.
A vida intelectual é um longo e árduo caminho. A dedicação de horas de estudo, abaixar a cabeça, por a bunda na cadeira até doer às costas. A reiteração e insistência para aprender e apreender o objeto de estudo: ler e reler, consultar dicionários de latim, francês, inglês e, lógico, português. Mal se pensa que sabe algo, logo se conclui nada se sabe... Além de que se está no caminho... Nunca no fim - isso só quando se morre e se encerra a própria biografia. Falava Hugo de São Vitor: ler, pensar e meditar. Só a partir disso se irá introjetando o conhecimento na alma e não se esquece mais e, quando se parte para um outro lugar isso irá junto com sua consciência de imortalidade. O sacrifício pessoal é incomensurável. A patroa olha para você com uma cara interrogação e pensa : “O que ele quer estudando todos os dias e todo o tempo livre que tem ?” E, eu, mui intimamente, respondo-lhe em pensamento também : “Nada, quando descobrir lhe direi”... Vai-se persistindo e vai-se desistindo e indo, sempre indo... Falava Confúcio que a maior jornada sempre começa com o primeiro passo e esta jornada é a da vida do conhecimento, do auto conhecimento. Deixa-se de conviver com pessoas, festas e eventos sociais. O tempo, sempre escasso deve ser bem aproveitado. Na solidão formamos nosso caráter e na sociedade nossa personalidade: um completa o outro, não podemos ser ermitões ou misantropos, mas temos que ficar sozinhos, solitários e quietos em um canto para estudar. Veja bem, não é o tempo gasto com o estudo, é o tempo investido que lhe dá inteligência, sabedoria e faz-se passar a vida de forma mais leve, rica e sadia. Como Sócrates na “apologia” não ter medo da morte, na certeza de ter feito muito e muito saber, para fazer a vida ter valido a pena. Abraços Professor.
Desde que comecei a acompanhar as publicações dos vídeos, notei como as pessoas que se dão ao ato de busca da intelectualidade tem suas similaridades!!
6:26 "A arte tem a ver com a conquista da quietude no meio do caos. (...) A mesma quietude da oração, da prece, a mesma quietude que pode ser encontrada no olho do ciclone e que poderia ser definida como o exercício de manter a atenção em meio a distração".
Professor! Assisti vários vídeos... Esse meu primeiro comentário, acredito, virão outros. Seus vídeos me ajudam a ser mais feliz. Sinto gosto para saber, estudar, ler, compreender, escrever, ouvir melhor. Sinto transformações em mim ocorrendo. Agradecida Forte abraço
Olá Professor! Comprei seus 3 livros : CRÍTICA, LITERATURA E NARRATOFOBIA. MUITA RETÓRICA E POUCO LITERATURA. ESQUECIDOS & SUPERESTIMADOS . Já iniciei o primeiro! é MARAVILHOSO! !! PARABÉNS!
O que é bonito na sua fala é o sorriso que te acompanha ao falar da propria diciplina. Quando intelectuais falam da propria rotina me parece que quase sempre falam como se fosse um peso ou martírio, ou então algo que se ostenta pra se colocar acima dos outros. No seu caso não. Da pra notar um amor alegre e puro a vida intelectual.
Meu trabalho flui que é uma maravilha de segunda a sexta. Que bom poder escrever numa casa silenciosa! Tendo, como única voz a ouvir, a minha própria voz interior! A coisa muda completamente quando chega sábado e domingo, claro. Não tenho sossego nem no meu quarto, já que todos os cômodos da casa ficam ocupados. Dificilmente consigo produzir algo nesses dias benditos! Não vou nem pensar no que acontece quando chegam as férias... 😢😢😢
Minha esposa recomendou que eu começasse a ver os vídeos do prof Gurgel. Eu comecei faz meses e não paro mais! Sobre a monotonia me fez lembrar a análise que Sérgio Buarque de Holanda fala sobre a diferença entre o aventureiro e o trabalhador. Este último é aquele que persevera na monotonia, sem pressa de ver resultados rápidos. Muito bom professor. Tudo de bom para o Sr.
Suas palavras conseguem, de forma magistral, dar ordem aos meus pensamentos e dúvidas de carreira e até de vida. Obrigado por dedicar-se a compartilhar e por nos disponibilizar a Livraria. Afirmo com certeza, que estás influenciando, da forma mais positiva possível, um Brasil que lê pouco e lê mal, muitas vezes porquê livrarias só nos ofereciam o "fácil", para ser gentil na crítica. Obrigado!
Nesse caos que é a vida moderna, nesse ambiente de pressa, nessa avalanche de redes sociais, nessa agressão diária de tudo que é multimídia, ver e ouvir Rodrigo Gurgel neste vídeo é um um bálsamo para a alma. Parabéns Rodrigo!
Muito bem, meu caro Professor Gurgel!! A cada manhã precisamos de verdade tecer um liame floral que nos ligue à terra!! Eu assisti 5 vezes este iluminado vídeo! Passando desde o deslumbramento até ávidas anotações, agora ouço a sua voz como quem ouve um Profeta. Humano como todos nós: com biblioteca bagunçada, contas a pagar e o velho cansaço de quem trabalha duro sem perder a Esperança!! Vai aqui uma gratidão solene e calma!! Um abraço afetuoso de uma Salvador pegando fogo!
Ser intelectual é isso, além da vida teórica, temos as contas que vira e mexe, aparecem. Contudo " Nem só de dívidas vive o homem, mas da busca pela Verdade"
Assistir este vídeo foi um banquete para esta noite de sexta-feira. É alimento, um bálsamo para alma, para o intelecto, para o espírito. Mais um ganho foi ter encontrado neste espaço sua maravilhosa livraria. Muito obrigada.
"Na verdade, se a gente prestar atenção, o cotidiano só é igual ou repetitivo na aparência, porque é dessa monotonia, dessa ordem dentro da desordem que estão sempre surgindo novas ideias, novos escritos". Fantástico. O constante contato com novos livros, a repetitividade dessa ação, já te coloca em contato com o novo, com o não-repetitivo. O estudo é repetitivo, é diário, mas a repetição desse estudo te coloca é contato com o novo.
Sou uma pensante solitária, sei que escrevo mal, preciso me aperfeiçoar .A 1 semana estou seguindo seu canal, me senti plenamente em casa, achava que esta leveza do sentir e analisar não fosse notada.Suas palavras têm me aliviado a alma🤔🥰
Professor Gurgel como sempre brilhante em suas colocações! E nem precisa estar baseado em crítica de nenhuma literatura. Basta uma simples reflexão acerca da rotina intelectual (e mesclá-la com a rotina do dia-a-dia) para termos essa excelente aula! Confesso que já fui mais disciplinado em relação à minha rotina de leituras e estudos. Em algum momento se perdeu. Tento constantemente voltar a ela. Com esse seu vídeo - e reassistindo-o outras vezes - vou me inspirando e concretizando esse ideal. Mais uma vez, obrigado Professor! (E adorei a sua confissão com relação à tarefa "árdua" que está sendo resenhar um livro!)
Grande mestre: quando puder, comprarei na sua livraria "A Vida Intelectual", só estou esperando a verba do mês. 😄😀😂👍 Você é o Olavo me dão um orgulho de ser brasileiro. Kkkkkkkkk
Faz pouco tempo que conheci seu trabalho sensacional. Estou me formando em história, e com suas aulas estou simplesmente apaixonado por literatura, principalmente a brasileira. Graças a você e o professor Thomas Giulliano eu me sinto no caminho certo em estudar a história do Brasil. Obrigado, querido Gurgel. ( Irei começar a ler seus escritos, que muito me animam) Grande abraço.
"As contas não páram de chegar..." Verdade professor! Eu sofro com isso também! No Brasil, professores como o senhor e tantos outros deveriam ser BEM remunerados para a crítica literária!
Grande Mestre! O senhor é uma das minhas instituições para escrever todos os dias. Muito Obrigado! Peço a Deus, a graça de conversar com o senhor pessoalmente e ler os meus poemas.
Caro professor Gurgel! Deus me ajudou e terminei o Sertillanges, uma segunda vez. Ele nos fala o que um intelectual deve ser e amar. Humildade intelectual, amar à Verdade Suprema e o próximo. Professor as Universidades praticamente acabaram, e realmente não sei como fazer, se faço Faculdade ou não? me ajude com um conselho! Obrigado Caro professor, abraço e que Deus lhe ajude! Paz!!!
Muito bom, assisti o vídeo duas vezes! Pôs em palavras o que acontece de fato com muitos de nós: "Eu mesmo me sinto muitas vezes a um passo de criar essa ordem, mas muitas vezes parece que estou a um passo de não conseguir", é isso aí! =)
Grande Professor Rodrigo! Sua reflexão foi uma verdadeira aula de vida! Para mim foi como um bálsamo de sabedoria contra as indisciplinas e resistências internas que, por vezes, tentam me impedir de criar uma rotina de estudos... Obrigado por compartlhar a excelente reflexão, citações e indicação literária... 👏👏🇧🇷
Por incrível que pareça essa semana me deparei com essas questões... o sentido da vida espiritual (trabalho intelectal está incerido nela), muitas vezes parece não ter sentido, ou por outro lado parece ser vão para o mero espectador. Mas como Sabato muito bem soube expessar: "é preciso haver um equilíbrio entre trabalho manual e trabalho intelectual" para atingirmos a completude. Um não sobrevive sem o outro, o Kaos e o Kronos dançam de mãos dadas no concerto da vida. Muito grato pela sua palestra grande professor, que D'us o abençoe.
Uma preciosidade, esse vídeo. Muito obrigada, professor, pela sua generosidade. Sei que o conteúdo aproveitará a muitas pessoas, contudo pareceu ser feito sob medida para trazer luz ao caminho que eu e meu marido, a duras penas, estamos tentando percorrer. Deus lhe pague.
sempre assisto os vídeos do senhor e isso me faz muito bem,como eu queria ter um dialogo pessoalmente com o senhor e tirar minhas dúvidas, seria um sonho poder conhecer o meu ídolo .
Caro Professor: tenho muitos motivos para compartilhar os seus vídeos, neste, a clareza da frase sobre a ordem particular, pessoal... nossa... - , essa ordem dentro da desordem... chamou-me a atenção. Em particular, tanto pelos estudos filosóficos que venho fazendo sobre a diferença entre Razão e Intelecto -- bem como na minha área de pesquisa acadêmica sobre o Caos (Matemática) e o Caos (Termodinâmica). Muito grato pelos seus vídeos sempre prazerosos.
Obrigado pelo vídeo, professor. De fato, contemporizar vida, expectativa de vida e rotina, e ainda lembrar que temos conta pra pagar, é um desafio intrigante. Quisera eu, como tantos, passar horas em minha biblioteca lendo e mexendo em livros, mas o mundo lá fora, em que pese meu descontentamento, às vezes me chama à "vida real"...
Obrigada. Gostei muito da sua reflexão sobre nossa disputa entre o intelecto e o cotidiano este que na maioria das vezes nos rouba tempo precioso em dretimento daquele.
Muito bom, professor! Sua reflexão me lembrou um vídeo do Dr. Ítalo Marsili; "A rotina é um símbolo da maturidade!", inclusive, acho que aceitar a "rotina do navio" (a "circunstância" do Ortega), é uma das melhores formas de se blindar daquele movimento gnóstico que pode surgir no nosso peito... Abraços, professor!
O vídeo de hoje fez crescer em mim a esperança de que o mundo pode ser colorido sim. É só desacelerar um pouquinho e não desanimar. Viva as emoções, as percepções e as idéias!!