Assisto o Roda Viva desde que a apresentadora era uma moça da voz rouca. Na época, claro, eu nem entendia o que eles discutiam. Só gostava de ver como argumentavam e tal. Que bom que posso assistir pela internet agora. Obrigado por trazerem esse programa de alto nível para o mundo digital.
Sem sombra de dúvidas, este foi o melhor Roda Viva, com um tema tão importante e vigente no país. Não deveria, mas vou esclarecer alguns pontos... aos que estão dizendo que eles não são negros, vamos lá, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a raça negra, isto é preto e pardos, se dá por meio da autodeclaração. Todos os debatedores são, sem dúvidas, negros, queira você os aceite assim ou não, você não é melhor que um dos órgãos mais competentes brasileiros. Aos que ainda querem discutir se são ou não favoráveis às cotas, notem, se vocês se importarem minimamente com um debate concreto, fundamentado, as cotas já são uma realidade e são, inclusive, constitucionais e percebam os indicadores. Ademais, se não te choca um homem negro ter 2,7 vezes chances de morrer que um homem branco e, no caso das mulheres, 2,1 vezes, você certamente não é humano. Por fim, se você pensar que uma população que tem 53,4% de negros (pretos e pardos) e na mídia esse percentual cai para míseros 4% é normal, por favor, repense. Obrigado.
Apesar de ter origem asiática e branca, este roda viva me fez lembrar que o preconceito se estende também para qualquer outro não-branco. Todo mundo de origem asiática tem basicamente dois apelidos: japa ou chinesinho(a). Todo mundo diz que, se quiser ser aprovado em universidade pública, deves-se matar um asiático. Na novela, colocam um ator branco para fazer um ator de origem asiática. Quando um homem branco ou negro se interessa, sempre essa pessoa é uma admiradora da cultura oriental. Você é sempre visto como estrangeiro e nunca como brasileiro. Excelente programa. Parabéns ao apresentador e seus convidados. Ah, e também nunca vi um oriental ou descendente sendo entrevistado pelo Roda Viva, mas entendo que sejam muito poucos com destaques nos assuntos que interessam ao programa.
Como disse a Alexandra Loras, o racismo não é apenas o xingamento e a agressividade. Frequentemente, é sutil e insidioso. Muitos brancos associam os negros, em uma primeira impressão, com as funções mais humildes da sociedade, com qualquer coisa que, na visão deles, esteja em um patamar mais servil. Há dificuldade de enxergar o negro em papéis de protagonista. E dá-lhe: "poderia falar com o dono?", "poderia guardar isso para mim?", "você trabalha aqui?", "poderia ir mais lá para trás, pois essa fileira está reservada para os apresentadores?" e tantas outras pérolas. Como se muda isso? Com exposição positiva. É preciso ter negros nas situações de poder, de protagonismo, de valor real e isso ser difundido na sociedade. É preciso ter massa crítica. É preciso haver negros distribuídos por todas as camadas sociais de forma significativa e, em especial, na elite (intelectual, cultural, econômica, política). Só assim os brancos irão se acostumar com o tempo a não fazer essas suposições automáticas, que, mesmo involuntárias, são racistas.
Quero ver a Elisa Lucinda voltar. Na verdade, quero ver todos voltarem, não somente a Elisa. A Natália e o Hélio, com bem menos visibilidade que a poeta-atriz-cantora, também têm que voltar. Que alegria conhecê-los e ouvi-los. Roda Viva, tá na hora de ser menos racista!!
Daniel Lucena triste por ver um bando de ignorante dizer que o maior problema do brasil é esse pseudo racismo. politicos roubando bilhoes e vc acha que seu mimimi é o maior problema do brasil. se toca
Que programa maravilhoso! Uma aula! Elisa Lucinda contundente, muito objetiva. Mas as pessoas ainda preferem fechar os olhos e fingir que está tudo bem, tranquilo, que racismo é conto da carochinha...
Tendo a oportunidade de assistir este programa em 2022. Mesmo passado alguns anos, este tema está tão atual como antes. Muita coisa para refletir e agir. Obrigada por abordarem um tema tão polêmico com pessoas de alto nível.
Acho que falta falar sobre branquitude quando se fala sobre racismo. É preciso que os brancos assumam seu protagonismo e percebam essa sua identidade que oprime a população negra.
Olhando a lista de programas do Roda Viva aqui no YT não achei nenhuma entrevista com um negro ou negra. Isso me pareceu um dos vários reflexos da segregação racial no Brasil.
Como disse o Augusto as pessoas precisam estar em evidencia em sua área de atuação, para ser chamadas ao programa, se os negros tem menor destaque como é reconhecido pelos debatedores pela lógica serão chamados muito menos.
tem muita gente preta em evidencia em suas areas de atuação, e nao precisam ser convidadas apenas para falar de racismo.temos a cantora sandra de sa,temos a atriz cris viana,temos a escritora e atriz eliza lucinda,temos a jornalista rita batista e um montao de pret@s,se nao so convidados e porque sao pret@s nada tema ver com a evidneica em suas areas de atuação.
Yuri Suzano Silva Nossa sociedade é formada por uma estrutura errada. Mas não é tão difícil dar um pouco mais de espaço para uma maior representatividade. Mas independente da TV, (um tipo de mídia que acaba por reforçar esteriótipos) a Internet oferece um espaço interessante para equalizar essa discussão.
Yuri Suzano Silva eu penso que representatividade seja uma das questões. E é verdade que á representatividade hoje é maior do que antes e isso é um avanço. Um avança que beneficia a todos. Como bem disse o entrevistado no programa de 2002.
Natália Neris e Hélio Menezes precisam ampliar mais a mente para um debate desse nível... nem sequer conseguiram entender o contexto tratado na arte da extraordinária Alexandra Loras, que fala muito mais que o intelecto, mas que fala com coração cheia de experiência e nobreza. E Elisa Lucinda... sem palavras..... excelente Roda viva...
o fim da fala do antropólogo e pesquisador da USP, Hélio Menezes, recordou minhas férias em 2015, onde eu Mineiro fui passar férias no Rio de Janeiro, fui parado em Ipanema por policiais, Brancos, onde a Avenida movimentada se encontravam várias pessoas transitando, e Eu fui o único a ser abordado pelos policiais, que me encararam e já mandaram encostar na viatura, pegaram a minha carteira e ficaram me interrogando, virão o cracha da empresa que eu trabalhava viram que eu era mineiro e debocharam de mim, falando que mineiro vem ao Rio para ser revistado, mas na verdade não era por eu ser mineiro mas sim por ser negro, me devolveram a carteira e falaram pra que eu evitasse transitar em IPANEMA... Luto pra que isso mude... mas é real...
Ela foi excelente "estou com medo de sair com bolsa na rua, está vendo que um quadrilha de branco organizados estão assaltando o Rio de Janeiro." Elisa Lucinda
Oziel Jesus Bom eu nunca vi um político me apontar um revólver, nunca vi político matando policial, nunca vi um deputado queimando ônibus ou derrubando helicóptero com fuzil.
Marcos Caldas é verdade um político é mais sarroteiro, ele rouba milhões que era pra um hospital e para segurança. Com isso vc é assaltado e toma um tiro e morre no meio do caminho pq não tem hospital suficiente, ou um policial é morto por falta de um treinamento ou um armamento adequado. Sabe então os políticos não mata dezenas ou centenas com os padrões eles são piores matam milhões pelo roubo que eles fazem.
Oziel Jesus Sim, os políticos são os grandes responsáveis pela situação. Mas eles não são agentes, eles são a causa. É como a dengue, a causa é o vírus é a causa mas o mosquito é o agente e você combate mais o mosquito do que a causa.
Programa excelente. Necessário. Aos que aqui comentaram contra o programa e não conseguiram perceber depois de tantos dados, números, exemplos, exposições de quem sofre na pele o problema racial, ou tem déficit cognitivo ou não tem a menor empatia pela humanidade.
Marcos Arruzzo nem uma coisa nem outra. apenas sou contra cotas. pq vc quer passar na frente de alguem que tirou nota maior que a sua? deixe de preguiça e va estudar
Eu acho que o programa ficou muuuuito! Mas acho que as convidadas e o convidado tem muito mais para falar... Que tal um outro programa com eles para continuar o assunto?
Elisa Lucinda como sempre impecável. É mais do que válido reconhecer a importância dos negros na construção da identidade brasileira. É uma forma de respeito a minha família, meu sangue e a nossa ancestralidade no geral. Apenas acho que faltou um pouco de pontos divergentes entre os entrevistados. Vocês podem considerar isso no próximo debate relacionado a essa questão. No mais, gostei bastante!
Tá aí um programa que gostei de ver, além do mais pude ver retratado a vida de milhões de brasileiros negros, em sua maioria pobres de periferia. Se o mínimo fosse ofertado pelo governo, ou seja, uma EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE não teríamos esses índices de criminalidade tão altos. Infelizmente, nossos governantes, em sua maioria brancos não tem interesse em proporcionar isso para aqueles que só tem a possibilidade de ascender socialmente via educação. Sonho no dia em que irão para a mesma escola filhos de ricos e pobres, pois negros pobres e brancos pobres já vivem essa realidade de exclusão. Agora, no mercado de trabalho tradicional o negro pobre perde para o branco pobre, porque ali ele não se encaixa no perfil de aparência boa. Se alguém discorda da minha afirmação, vá ao shopping e depois me diga quantos negros em posição de destaque vc viu, e também quantos estão limpando o chão e servindo aos demais na praça de alimentação. Não é mimimi, é a realidade do Brasil racista.
Obrigado pela oportunidade de ouvir sobre um mundo, do qual obviamente sou parte, infelizmente tenho pouco contato e consequentemente conhecimento. Penso que o mais importante aqui não é concordar ou descordar, estar certo ou errado, mas ouvir, ouvir e ouvir. O resultado positivo vem com o tempo independente dos presentes juízos de valores mas dessa sempre valiosa troca. Obrigado.
Engraçado... vi muitos comentários aqui falando que não foi debate pq não havia contraponto. Nesse caso, o que seria contraponto? Negar o racismo existente? Negar a realidade? Jogar dados estatísticos no lixo? Ai, racistas, melhorem...
Gisele S. Luiz, confesso que tb não entendi bulhufas do que eles queriam. Talvez trazer o racista Bolsonaro ou o Feliciano e sua maldição contra os africanos. Quem sabe, não é?
Seria ótimo se trouxesse eles já que eles acham que é ilegitimo a nossa luta. Porém já estamos trocando argumentos com alguns paga-paus de senhores de engenho.
Então, Gisele, quem não concorda com o que chama de "realidade" é racista?? Dados estatísticos? Quais, aqueles que são torturados para confessarem o que os interrogadores querem?
Sou branco. Reconheço e procuro identificar as estruturas racistas da nossa sociedade. O racismo está impregnado em nosso DNA e, reconheçamos ou não, nos garante uma infinidade de privilégios em relação a negros e índios, independentemente da classe social. Precisamos de uma prática diária de identificação e reconhecimento das manifestações racistas que naturalizamos. É preciso reconhecer a profunda diferença entre privilégios (sempre nossos) e direitos (de negros e índios), e lutar para que nossos privilégios tornem-se direito de todos. É um exercício dolorido, mas temos de assumir nossas posturas e mentalidades racistas construídas no transcorrer da história e impressas indelevelmente em nossa criação. Somos(quase todos nós) criados dentro de perspectivas racista e machistas, e é nossa responsabilidade as desconstruirmos. Negar nosso racismo estrutural e estruturante é hipócrita, indigno.
Cada vez que assisto a entrevistas, debates ou qq outro programa que trate da questão racial, que fale de cotas, depois tento ler os comentários e não consigo terminar porque me sinto absolutamente envergonhada com tanta ignorância, ignorância entenda-se aqui como falta de conhecimento. Como falar de um assunto que não se conhece ou não se vive? Como brancos podem falar sobre o que os negros passam ou sentem se não são negros? Volto a escrever o que já escrevi em outros locais:por favor escutem, leiam, se informem!!! Não aprendemos nada sobre a história dos negros na escola, não conhecemos nada, então não podemos falar sem conhecimento de causa, principalmente sobre cotas. Ah faça-me o favor falar em meritocracia para pessoas que se quer tiveram a mínima chance!!!! Eu já faço isso há um bom tempo: escuto, leio e vou atrás antes de sair bombardeando sem sequer conhecer o assunto!!!!
Branco pedindo pelo Holiday. Claro, nada melhor que um negro repetindo o discurso deles. Fantoche vendido. TODA A COMUNIDADE NEGRA falando uma coisa, mas quem tem crédito é o babaca que fala o que os privilegiados querem ouvir. Qual o problema em descobrir que está errado e aprender? Aliás, só aprendemos quando estamos abertos a reconhecer nossos erros, e não quando ouvimos que estamos certos o tempo todo. Não é confortável aprender, mas é libertador.
Eu moro nos EUA e vejo que apesar dos negros terem mais oportunidades aqui, há um isolamento no convívio social, quer por conta dos mesmos ou dos brancos. Então, nesse aspecto eu acho que sejam avançados. Na minha casa nunca se falou absolutamente nada a respeito da cor das pessoas e sempre tivemos amigos negros...
Assunto totalmente necessário de ser comentado e aberto para debato. Pen no Brasil termos tantas pessoas que se dizem hábil pra debater, mas só sabem expor e esperar que sejam aceitas suas próprias ideias!! Parabéns sobre o debate.
Tema muito relevante. Hoje podemos dizer entre aspas que o negro está de certa forma bem mais inserido no espaço, e no contexto social. Hoje temos a clara percepção de que brancos,negros, índios e etc... Se encontram dentro do mesmo pacote e de que as dificuldades estão colocadas para ambos. Não posso ser hipócrita aqui de dizer que para o negro está tudo as mil maravilhas que, sabemos que não está e seguindo essa vertente devemos de fato nos impor e saber que nós fazemos sim parte dessa sociedade que não nos dá o devido valor. Seja você negra ou Negra, seja você branco ou, branca não importa nunca deixem te dizer que você não é capaz. Pois hoje tenho 42 anos de idade sou negro com muito orgulho e sou estudante de direito. Boa sorte a todos nós amém.
Inêz Oludé ele foi ameaçado pêlo poder oculto que,vigora em nosso país, teve,que,abdicar pela sua integridade física e de sua família, pois tinga,uns,dez anos,a frente para cumprir o seu mandato!
O debate seria muito melhor se tivesse a participação do vereador paulistano Fernando Holiday. Embora não concorde com algumas posições dele, acredito que ele seria um contraponto muito interessante às opiniões dos convidados.
A união é a força para reais mudanças. Penso que a educação institucional é um valoroso instrumento para apropriação do nosso capital cultural onde os fatos precisam ser abordados para formar pessoas com visão crítica observando as realidades sociais.
Lendo os comentários eu percebi a importância do programa. Eu vi pessoas de pele clara se debatendo como se estivessem acuados. Chamam dados e estatísticas do IBGE e ONU de tendenciosas. Teimam em dizer que negro só vai pra cadeia se for criminoso, quando quem é negro sabe que já sai de casa preparado pra possíveis encontros com a polícia. "Quem estuda ganha a vaga, chega de cotas!" Mas é negra a maioria absoluta de indivíduos jogados na pobreza e em escolas que muitas vezes só disponibilizam aulas três ou duas vezes por semana, com uma ementa de menos da metade do conhecimento necessário pra concorrer dignamente a uma vaga. Pra que branco vai pensar em equidade social? Não são as costas dos brancos que o racismo chicoteia todos os dias nos últimos cinco séculos.
Eles acham que admitir a existência do privilégio é diminuir as próprias conquistas. Aí o ego atropela a racionalidade, infelizmente. Temos que aprender muito como sociedade ainda...
Rizzo Ssantos, é necessário muito diálogo para fazer o povo entender esses pontos que vc levantou. Infelizmente, a maioria das pessoas não está preparada para esse diálogo. O que me deixa triste é que falam de monólogo, de todo mundo com um pensamento só, mas não percebem a multiplicidade de ideias que o povo debateu aí. Reclamam dos dados do IBGE, mas não entendem que para se explicar como chegamos a uma conclusão com esses dados é necessário um aprofundamento maior no tema. Esse aprofundamento vai estar em artigos científicos e quase ninguém aqui vai ler. No momento em que se acredita que negros estão mais presentes em penitenciárias é pq eles cometem mais crimes, já é racismo. Dá a entender que temos no DNA genes do crime. Isso é absurdo por si só.
Um absurdo é sua conclusão, Elizangela! Sim, é fato, negros cometem mais crimes, mas isso não se deve a genes (pois, de resto, só existe uma raça, a humana). Falou em ler? Leia o Thomas Sowell, um negro. E sim, há muita tortura de números para que confessem o que essa militância declarada ou escondida quer.
EU AMO.SER.PRETO. EU AMO MINHA COR!!!!! SEMPRE ARRASANDO NOS NOSSOS COMENTÁRIOS E NUNCA PERDENDO A OPORTUNIDADE DE FALAR DO QUE PRECISAMOS FALAR. PRECISAMOS DE MAIS ESPAÇOS PQ VCS BRANCOS NÃO NOS ENTENDEM
Leonardo Santiago legal vc ter orgulho da sua cor. mas vc deveria ter orgulho tambem de andar com as suas proprias pernas. entrar na universidade por seus proprios meritos. isso sim é orgulho. nao existe nenhum merito em ser aprovado apenas por se pardo ou negro. isso deveria ser motivo de vergonha
Fabio Amaral motivo de vergonha É homens brancos ricos da casa grande que utilizaram do Estado para matar queimar estuprar e escravizar negros por 388 anos . Brancos da casa grande receberam Cotas de escravos negros por 388 anos , homens brancos que não faziam nada . Isso é uma vergonha , o Estado cometeu um crime e esta Pagando .
Este programa Roda Viva nao foi necessariamente um debate porque a bancada era toda negra e basicamente espunham seus pontos de vista sobre o preconceito e as diferencas racias na sociedade brasiliera em pleno seculo 21. Mas o programa foi valido! Primeiro porque eu nao me lembro JAMAIS de ter assistido algo assim onde 4 negros e intelectuais conseguissem expor tao bem essas discrepancias que so uma sociedade escravagista como a do Brasil (que prefere ignorar o assunto sempre achando que nao ha nada errado) mas traz muita informacao pelo ponto de vista de negros famosos como todos na bancada que tambem sofrem u sofreram algum tipo de discriminacao. O Brasil e o Pais mais mestico do mundo e simplesmente tem vergonha disso! Quano deveria se orgulhar exatamente disso. Esse programa foi e ainda e necessario. O debate esta apemas se abrindo para a questao racial... antes tarde do que nunca!
Mano, alguém tira esse apresentador, é vergonhosa a atuação dele, como apresentador ele deve somente mediar o debate e ser neutro, não cortar a fala dos entrevistados e diminuir seus depoimentos com questionamentos vazios.
Incrível também como o apresentador ficou reativo com a observação da Elisa Lucinda. Ela foi na ferida. Eu estava rindo aqui ao ver que ele, mesmo que inconscientemente talvez, precisou se justificar dizendo: olha, eu convidei, mas eles recusaram. Quantos brancos devem ter recusado, por questões de agenda, mas eles procuraram outros brancos. Como disse o sociólogo: há poucos, mas mais do que a gente imagina. E a gente acha haver poucos algo natural ao invés de se questionar: mas, afinal, como pode haver poucos, se somos parte significativa da população? E nós não vemos essa indignação na população em geral. Como pode?
Nós precisamos refletir nos fatos (estatísticos) que comprovam essa realidade da questão racial em nosso País. Não entendo porque somos tão refratários na aceitação desses fatos. Polemizamos tanto, por quê? Não será pelo mesmo motivo que fomos o último País da América a abolir a escravidão?
Os convidados tornaram o tema do programa numa forma muito ampla, didática e certamente colocaram muitos comportamentos em xeque. Parabéns. Infelizmente o preconceito ainda é gritante em nossa sociedade e muitas vezes cometidos entre negro. Pasmem. Quem ama o próximo não distingue raça. Vc é antiracista ?
Não entendi porque tiveram que mudar o formato do programa para falar de um tema. Por que não chamaram uma personalidade negra para ser entrevistado sobre o tema? Por que esta resistência em colocar um negro no centro?
Parabéns, ótima discussão o preconceito e racismo é pesado no Brasil e deve ser discutido pelo governo, o Brasil tem altas taxas de homicídio e pobreza nesta parte da população.
Que tapa na cara da TV Cultura por não trazer convidados negros. Agora é interessante ver a negativa do Augusto: taí o exemplo da população dizendo que não é racista, ao vivo!
nao teve debate nenhum. foi so um ponto de vista sendo reforçado por todos. e nenhum deles tinha algo de novo ou interessante pra falar. a mesmo retorica de sempre, independente se um discorda ou concorda com ela.
As convidadas e o convidado deram um show de conhecimento, senso crítico, bom senso e ativismo, já o mediador... Primeiramente, interrompe a fala dos convidados. Em segundo, caiu lindamente nos lugares-comuns do racismo à brasileira algumas várias vezes!
Muito bom o programa. Um assunto importante. Triste são os comentários. Acho que parece um debate de ideias, no qual há uma posição horizontal dos participante que não distoa muito de um para outro, mas não foge da importância. O incômodo que gera é apenas um reflexo disso: a ausência no cotidiano do debate do assunto o joga para escanteio e sempre que surge é tratado como vitimismo ou mimimi. É preciso abrir espaço para discussão, principalmente na TV! Discutir não faz mal, escutar tão pouco 😉
Lanna Loren triste é ver um cotista com uma nota menor que a sua, entrar na universidade, passando na frente de gente q tirou nota maior. deixe de preguiça e va estudar. quer entrar na faculdade? estude. cota é para preguiçosos
Fabio Amaral entendo que as cotas podem deixar algumas pessoas meio bravas, principalmente pela questão da ""bonificação"". Mas existem algumas reparações necessárias para fazer. Inclusão é a melhor forma de promover uma sociedade melhor.... E eu não sou cotista para prestar vestibular. Ainda tento e concorro com todos em Ampla Concorrência. No entanto sou negra e sei que existem pessoas que não são nem um pouco privilegiadas como eu sou por poder estudar....
ninguem tem privilegio para estudar. o que existe é gente preguiçosa e gente esforçada. os preguiçosos nao estudam e querem tudo de maneira facil, querem cotas. os esforçados estudam, batalham, dormem pouco, e conseguem tudo o que querem. chega de tanta preguiça. ooo povo preguiçoso
Achei bastante interessante a exposição da Alexandra Loras e concordo que as interpretações que fizeram da arte da arte dela estavam fora de contexto. Ao que parece, perdemos ou não somos ensinados a entender a arte sem o viés concordo e discordo. A arte tem objetivo de despertar interpretações, reflexões, sentimentos e não concordância ou discordância. Eu vejo que mais do que nunca que é necessário ainda mais se investir em educação no Brasil, não somente financeiramente, mas também ao leque de conteúdos quem precisam ser tratados nas salas de aula.
Compreendo a intenção de Loras e a temática principal que atravessa a sua exposição; a invisibilidade de pessoas negras nos meios de representação social. Primeiramente, para entender seus quadros, acho que é preciso ter uma dose de compreensão da ironia. Nesse caso, o dito 'politicamente correto' nem pode ser aplicado, pois a ironia estabelecida é um jogo de contrários, onde se diz aquilo que nem se pensa realmente..Nessa perspectiva, acho que ela, Loras, respondeu bem a crítica dos demais debatedores, que é por sua vez, é uma crítica válidano entanto, porém é mal colocada ou feita, pois precisa ser revista para não acabar por ser esvaziada a uma questão de ser ou não Black face, ser ou não uma ofensa por ser uma visão do estereótipo depreassivo da "nega maluca". A Nataly podia ter explorado a questão da tensão que essas representações impactam na recepção entre brancos que se apoiam justamente nas idéias supremacistas. No entanto, acho importante dizer que a arte de Loras não propõe nenhum tipo de supramacia, pelo contrário! Entender a ironia é preciso de contexto. Fora dele o dito pode virar mal entendido. Leio seus quadros como um discurso irônico representados por imagens, uma espécie de exercício de mundo às avessas, um exercício de compreensão pelo "e se fosse o contrário... " um jogo de inversão de papéis para se compreender e levar ao outro. Acho ainda que a crítica negativa se deu pela má compreensão do ângulo de uma das temáticas que atravessa a questão racial sempre representado nos trabalhos artísticos de Loras. Mesmo que bastante próxima da questão racial brasileira, Loras tem um outro ângulo por conta de ser negra européia. A artista tbm precisa ser vista na sua singularidade e na posição de classe que agora ocupa. As pessoas precisam ainda entender o ponto de vista de Loras como ativista européia radicada no Brasil para entender aí a temática específica que atravessa a sua manifestação artística. A França é um país que tenta justamente pelos seus valores de insígnia dar igualdade aos seus cidadãos, oferecendo-os com esforço uma educação universal básica de qualidade a todos para que com isso cheguem ao mundo de trabalho com as mesmas condições, mas nem por isso está imune a essa questão tão cara que é invisibilidade dos negros brilhantes de sua história e da História Universal. Ainda vale mencionar que estruturas de poder querem apagar em certa medida a barbárie do passado como colonizador das grandes potências. A midia na Europa tem um papel considerável nisso tudo, porém ela nem sempre dá visibilidade a questão racial nos seus próprios países. Na Europa, questao racial é tão complicada de ser debatida nas mídias quanto assim a é no Brasil, o grande exemplo recente foi o complicado debate nos canais LCI e 2 sobre a iniciativa de um estágio entre negros para debater essa questão. O debate foi difícil e quase esvaziado, e os negros nem conseguiram se expressar como os negros no Roda Viva conseguiram. O debate encontra dificuldades de sair dos meios acadêmicos e de militâncias sociais justamente pelos valores que a França tem de: igualdade e fraternidade. O debate racial é difícil até mesmo em países de direitos universalistas como a França. A questão racial se dá de modo complexo, porém com algumas particularidades tal como na Europa, tal como na grande potência como os EUA. Loras tem outro ângulo desse debate. Ela é negra que nasceu na Europa. Sua família é de parte branca. Sua mãe é branca. Teve acesso a formação e etc, mas nem por isso esteve imune ao preconceito a sua cor. Ela tem um ângulo diferente porém não divergente do que há no Brasil. Ela pode acrescentar bastante no debate e intermediar intercâmbios entre esses países. O trabalho que ela promove no Brasil pode trazer pontos de evolução nas mídias francesas e etc e vice versa. Outros artistas negros brasileiros e internacionais pertencentes a classe média/ alta podem tbm ajudar a dar mais visibilidade ao debate como Tais, Lucinda etc já fazem. A luta contra o racismo é de todos os negros e também brancos e de todas as classes. A questão da invisibilidade do negro é só uma das temáticas que atravessa as questões de preconceito racial no mundo. Dar visibilidade aos negros é só um ponto do que ainda precisa melhorar para um Brasil e mundo menos desigual. Sendo otimista, o Brasil tem avançado muito bem, tanto em políticas públicas, quanto no amadurecimento do debate. Temos ótimos e reconhecidos acadêmicos a frente disso dialogando no mundo. Vamos em frente.
Um excelente programa, quem tiver o minimo de imparcialidade e bom senso, pode passar a refletir a partir do ponto de vista do outro, por que mimimi só é mimimi quando atinge o outro se for a própria pessoa aí passa a ser caso sério.
Ótimo!!! O programa deveria ter 3 horas E mais outras frentes do movimento negro e das minorias referentes a religião, sexualidade e outros participando... Obrigado por toda a informação e exposição do conteúdo. É importante perceber que no programa a maioria numérica é negra, falando sobre suas experiências e vivência sobre racismo, desigualdade social e discriminação; sem contar da violência psicológica e da coerção do Estado através da polícia e outras. Não são pesquisadores brancos falando de seu "distanciamento científico" sobre o "objeto", retirando desses o exemplo de Florestan Fernandes ( com todos os seus limites). São pessoas falando sobre seus antepassados e de como estes foram escravizados e inutilizados por essa estrutura eurocêntrica branca que colonizou nosso país, escravizando também negros. Agora ainda me incomoda uma coisa: Nos EUA temos uma força crescente do movimento negro em sua várias orientações e direções, mas e as questões indígenas, ou ainda, originárias? E no Brasil?
Tem mais pessoas p falar sobre o assunto O Carlos Medeiros, Gloria Maria, prof. Lia Vainer Shucman e muito outros inclusive eu que passei por esse racismo institucionalizado recentemente. Foi tão interessante e peculiar algo que aconteceu vou compartilhar com vcs, eu desenvolvo um trabalho e uma pessoa branca um profissional reconhecido, foi no local e literalmente quando digo literalmente foi exatamente assim tirou fotos e também tentou fotografar a lista de participantes p conseguir clientes além disso postou no grupo que eu também fazia parte essa foto, embora tenha citado meu nome imediatamente ele começou a ser congratulado pelo trabalho que eu estava fazendo. Não para por ai teve um que o convidou para ir a Ouro Preto porque lá tem situações de muita dor para serem vistas. Quem sangrou o ouro dessa cidade quem sangrou nas minas sangue o negro ou branco. A coisa foi tão absurda eu confesso fiquei possessa então eu escrevi até quando vou ser excluída. No particular a tal pessoa me chamou e disse assim, não havia racismo nenhum (vitima) e obvio que vc já realiza o trabalho sendo assim eu não precisava receber o reconhecimento o tal sim o homem branco rico etc precisava ser reconhecido. Outra essa pessoa me chamou no privado disse que eu deveria postar mais conhecimento do que eu faço e não só e evento sendo que já chegou em meu conhecimento a incompetência do fulano que é Branco e consegue clientes devido ao lob que é feito em cima dele o mesmo me pedindo p provar minhas habilidades. Tem mais escrevi uma carta violenta e o mediador do grupo que é branco de descendência europeia bem evidente obvio manteve o racismo e assim sai do grupo fiquei mal mas já estou me recuperando. E teve outros incidentes também por exemplo gravei um programa uma pessoa que é branca cortou minha participação e postou a própria participação e disse que o racismo eu estava no meu sistema de crenças. Emfim tem muitos outros acontecimentos nesse lugar que poderia pontuar mas o que ouvi foi isso está ligado a suas crenças aqui incluímos todos....Incluem mesmo??????????????????????????????
Gostei do programa e não achei as exposições fora da realidade , isso porque todos sabemos que o racismo é politizado. Acredito que o problema está na formação do indivíduo como um cidadão de direito, ou seja, as condições e oportunidades não são as mesmas por questões diversas : Geográficas, econômicas, religiosas e e étnicas, quando igualamos tudo isso, acredito que podemos falar em igualdade.
Fernando Gomes não é isso que têm que ser igualado. Igualado tem que ser a condição de estudo nas escolas desde a infância para todos, e acesso à saude com qualidade para todos. E todos, com suas diferenças, poderão competir nesse mercado de trabalho que visa o lucro e a competitividade. Esse mercado competitivo busca profissionais qualificados sejam eles de qquer cor ou credo! Mas infelizmente, ao invés dos que se sentem injusticados cobrarem reformas dos governos, eles caem no engodo de por exemplo receber "cotas". Com cotas vc tira vagas de jovens com capacidade para entrar nas universidades e coloca lá gente sem capacidade pra cursar um curso superior. Depois lá fora, o recalcado que acreditou nas cotas vai sair perdendo na entrevista de emprego pra àquele que teve estudo de qualidade a vida inteira. Daí o recalcado vai falar que saiu perdendo porque é negro. Infelizmente não caiu a ficha das pessoas...
Então Ana Paula, mas o problema é que há municípios que não há nem escola!!! Ou em alguns casos são precárias as condições de estrutura e do própio ensino, dando até ressalvas para a falta de professores, falta de recursos públicos para o financiamento e a inclusão da educação como um direito básico, alías, você sabia que em muitos lugares as crianças vão à escola para comer e passar o dia?,( já que em suas realidades isso é um luxo), portanto, eu acho relevante considerar a "igualdade" nas escolas já que a partir daí a desigualdade já está instaurada. Por último e não menos importante tenho duas observações a fazer: 1 Acho que seria questionável a cobrança de algum valor para os que estudam em faculdade pública tendo ele condições de pagar muito bem uma particular e 2 a questão de igualar o ensino fundamental e médio para todas as pessoas , ou seja, o nível de aprendizado ser plenamente igual, aí sim poderíamos falar em oportunidades iguais, como é possível Ana Paula, um estudante da rede Pública disputar de igual para igual( considerando a condição socioeconômica) com um aluno que a vida inteira estudou em escola particular, fez cursinho no Etapa para passar na Fuvest??? Pode até ser que em alguns casos muito isolados, houve um aluno muito empenhado e conseguiu entrar em uma faculdade pública e por consequência se deu bem na vida, mas não quero acreditar que você seria tão ingênua ou qualquer um que ler esse post, a ponto de não considerar que há de uma certa forma uma gritante desigualdade social, qual a solução? Cotas? Não! a solução seria tornar o ensino em si igual para todas às pessoas, independente de ser público ou privado, até porque isso então não se trata de meritocracia, se trata de questões de oportunidades e condições sociais disponíveis ligadas aos recursos de sobrevivência.
Fernando Gomes ambos concordamos que o que o país precisa é estudo de qualidade para todos e assim todos terem as mesmas oportunidades. Acho que ambos conseguimos enxergar o X da questão. A idéia é melhorar o país e só a educação vai trazer essa igualdade para que todos os cidadãos possam fazer sucesso independente da classe social, cor ou credo. Nesse país de tantos tons o racismo vem de anos de descaso dos governos com as populações carentes. O importante é todos nós lutarmos por educação de qualidade para todos! Isso trará competitividade ao país. Ninguém está feliz com o fato de existirem privilegiados aqui. Isso é injusto. Qto a isso todos concordam. Então espero que a esquerda pare com discurso de ódio que só alimenta a corrupção pois tira o foco dos mais ingênuos do que interessa, que é cobrar dos governantes essa distância entre ricos e pobres no nosso país.
Enquanto o problema de desigualdade social e racial existir deve haver formas de trazer uma igualdade material a essas classes de pessoas diminuía e não acabe.Para inicio de conversa o problema da sociedade é cultural e por tal motivo deve haver um empenho maior em se estimular a convivência! um sistema de cotas que não estimule esse comportamento e sim uma queda de qualidade educacional a longo e médio prazo é ineficiente. Para mim as cotas reservadas ao ensino superior deveriam ser dadas aos hipossuficientes, independente de serem negros ou não. Com tal medida não iriamos banalizar tanto a educação do pais, visto não haver investimento necessário na educação de base no Brasil, que é o mais importante para criarmos uma estrutura aos estudantes para se tornarem competitivos no mercado. Em vez de estimularmos cotas para negros nas faculdades, deveríamos estimular cotas aos negros na iniciativa privada! que é o local onde a convivência realmente acontece, incidindo mais na questão do preconceito em si. Na maioria dos casos um empresário opta por um funcionário branco ao invés do negro, por conta da afinidade e aparência dele com o publico e parceiros comerciais(preconceito e realismo). Mas existe uma parcela que quer tentar diversificar, mais se sente acuada pela sociedade por conta da aceitação do publico, principalmente no âmbito do entretenimento. Por tal motivo eles vão tentando colocar um negro em um filme e outro em outro para cumprir "cota", porque podem ser boicotados pela população racista.
