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Ronnie Von canta "A praça" na TV Record em 1967 / Vídeo colorizado - Áudio remasterizado 

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O cantor Ronnie Von estava em alta no final da década de 1960. Se Roberto Carlos era o “rei”, o fluminense de Niterói ganhou o apelido de “príncipe”, ideia da apresentadora Hebe Camargo ainda no início de sua carreira musical. Ele enlouquecia as fãs com os cabelos lisos e os olhos verdes. Parecia mesmo “O Pequeno Príncipe”, personagem criado pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. O sucesso musical aliado à estética apreciada pela maior parte do público só poderiam mesmo colocar Ronnie no caminho de Carlos Imperial. O produtor artístico estava entre os compositores mais aclamados da Jovem Guarda. Diretor do programa “O Bom”, na TV Excelsior, ele compôs para Erasmo Carlos, Wilson Simonal e muitos outros, figurando sempre nas paradas de sucesso.
Além de compositor, Imperial era antes de tudo um grande promotor de seus trabalhos. Para catapultar as vendas dos LPs, ele inventava histórias, forjava brigas e alimentava a imprensa com boatos que sempre envolviam suas composições. Foi justamente por causa desse tino comercial que ele escolheu o cantor da moda para gravar sua nova música: “A Praça”. Ele apostou nos apelos estéticos de Ronnie Von para emplacar mais um sucesso. “Por mais que ele sempre quisesse o Ronnie, ele soltou na imprensa que havia uma fila de cantores querendo gravar”, conta Denilson Monteiro, autor de “Dez! Nota Dez! Eu sou Carlos Imperial”, biografia lançada pelo Editora Planeta.
A música narrava o discurso de um apaixonado na praça onde se encontrava com a amada que lhe havia escapado. O refrão se tornaria conhecido por quase todo o Brasil nas décadas seguintes: “A mesma praça, o mesmo banco / As mesmas flores, o mesmo jardim / Tudo é igual, mas estou triste / Porque não tenho você / Perto de mim…”. Dizia Imperial que a inspiração havia sido a Praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro do Itapemirim (ES), cidade onde ele nasceu (Roberto Carlos também, por sinal).
O encontro de Ronnie Von com “A Praça” foi de responsabilidade do apresentador José Paulo de Andrade, que o entrevistaria em seu programa na Rádio Bandeirantes: “O Imperial veio para São Paulo e deixou aqui uma fita com a música”, contou José Paulo ao programa “Você é Curioso?”. “Era uma pessoa cativante, o típico “milongueiro”, tinha aquela conversa na qual o carioca é mestre e pediu a mim e ao Fernando Solera que mostrássemos a ele”.
A princípio, não deu certo. “Eu era mais rock’n roll, Beatles… O José Paulo me levou para o departamento de jornalismo da emissora e mostrou. Era bonitinha, mas achei que não era pra mim”, afirma Ronnie Von. Para sorte de Carlos Imperial, José Paulo de Andrade não aceitou o “não” com tanta facilidade: “Eu disse que não gostei e ele me disse que seria um sucesso. Acabei gravando muito pela pressão do José Paulo. Ele tinha o programa de maior audiência da Bandeirantes e eu já saí dali mais ou menos convencido”, admite o cantor. Assim foi feito e em 20 de abril de 1967 o disco com a nova música foi lançado pela gravadora Pollydor.
As estratégias de Carlos Imperial
Ainda que a simples presença do “príncipe” já fosse suficiente para impulsionar “A Praça” - a ponto de vender 40 mil LPs em apenas 15 dias -, Imperial não estava satisfeito e decidiu aprontar mais uma das suas. O produtor apelou para um amigo do Morro do Pavãozinho, colado na praia de Copacabana. Aroldo Santos compunha sambas e sempre pedia a ajuda de Imperial para emplacar alguma coisa. Dessa vez, ele estava disposto a ajudar, desde que Aroldo fizesse parte de sua nova armação.
A ideia era simples: os dois iriam juntos a programas de TV de sucesso, como o “Programa Flávio Cavalcanti” da TV Tupi, onde o desconhecido sambista denunciaria que o compositor famoso roubou “A Praça”. Reivindicando o posto de verdadeiro autor da música, Santos virou tema nas rodas de conversa em todo o Brasil. Imperial aceitou pagar o preço de ser considerado um ladrão para ver a composição sendo discutida (e consequentemente consumida) em proporções fantásticas para a época. “O número de vinis vendidos superou o número de vitrolas que existiam na época. Foi o meu maior sucesso comercial”, orgulha-se Ronnie.
O alvoroço foi tão grande que apareceram outros dois músicos (um do subúrbio do Rio de Janeiro e outro de Arcos, em Minas Gerais) contando cada um uma história à revista “O Cruzeiro”, a principal revista brasileira da época. Cada um reivindicava a si, e não a Carlos Imperial ou Aroldo Santos, a autoria do sucesso. O responsável por toda essa confusão brincou: “Comecei pagando um cara para ser dono da minha música, mas agora estão aparecendo outros para fazer isso de graça. Vou parar de pagar o cara”.

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27 сен 2024

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