WWW.GOĒTEIA.COM.BR | WWW.QUIMBANDANAGO.COM Sacrifício: A Manipulação da Força de Vida Por Táta Nganga Kamuxinzela @tatakamuxinzela | @covadecipriano | @quimbandanago A Quimbanda está em sintonia completa com as ideias acerca do sacrifício no Mundo Antigo. Uma delas é a capacidade soteriológica (de purificação) da alma de conquistar capacidades paranormais (mediúnicas). Esse conhecimento acerca do sacrifício do Mundo antigo foi preservado e atualizado pela Quimbanda. Estude os textos e as fontes abaixo. O fundamento da Mão de Faca é o conhecimento que te capacita a uma vida sacerdotal: o acesso ao mundo dos espíritos, porque o sacrifício é a melhor ferramenta para comunicação com os espíritos e, o mais importante para o trabalho magístico, a manipulação da força de vida para produção de feitiços etc. Para àqueles interessados a uma vida de goécia, o sacrifício se apresenta como uma poderosa ferramenta no desenvolvimento de uma consciência animista e encantada do Cosmos, que chamo de «visão daemônica». Esse termo ou ideia, é claro, tem uma conexão com o significado das palavras gregas «daimon» e «daimonium» no sentido em que os gregos e até Sócrates davam aos termos: se por um lado o daimon é o agente que traz infortúnio ou alegria e o impulso incontrolável por trás de nossas ações, daimonium por outro lado, o lado de Sócrates, é a comunicação e comunhão com essa força para a realização do potencial humano na forma de um direcionamento para os caminhos em harmonia com a ordem do Cosmos. E isso é tudo o que fazemos na Quimbanda com os Exus e Pombagiras. É sobre isso nosso vídeo de hoje no RU-vid: ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-RRdCnecMrW8.html Táta Nganga Kamuxinzela Cova de Cipriano Feiticeiro Consultas, iniciações, trabalhos e mentoria: WhatsApp: 24999320636. Acesse: www.quimbandanago.com/ Acesse: www.goeteia.com.br/ Siga: @goeteia.com.br: instagram.com/goeteia.com.br/ @hermakoiergon: instagram.com/hermakoiergon/ @tatakamuxinzela: instagram.com/tatakamuxinzela/ Textos: A Universalidade das Técnicas de Magia: www.quimbandanago.com/BlogPost.php?idGet=110 Sacrifício como Ferramenta Soteriológica: www.quimbandanago.com/BlogPost.php?idGet=119 Sofrimento, Violência & Sacrifício: www.quimbandanago.com/BlogPost.php?idGet=96 O Altar na Quimbanda Come: www.quimbandanago.com/BlogPost.php?idGet=112 O Sacrifício Animal (Revista Nganga No. 9, pp. 5): www.quimbandanago.com/revista/20231130-191710.pdf A Morte do Feiticeiro Branco na Quimbanda (Revista Nganga No. 8, pp19): www.quimbandanago.com/revista/20231130-191657.pdf Bibliografia para este vídeo: AWOLALU, Ọmọṣade. Yoruba Beliefs and Sacrificial Rites. Longman Group Limited, 1979. AKIN-OTIKO, Akinmayowa. The Significance of Sacrifice in Yoruba Religion and the Scope of Sacrifice to Èṣù-Òdàrà, the Mediator Divinity. Institute of African and Diaspora Studies, University of Lagos. BURKET, Walter. Greek Religion. BP, 1985 BURKET, Walter. Homo Necans: The Anthropology of Ancient Greek Sacrificial Ritual and Mith. UCP, 1983. BURKET, Walter; GIRARD, Rene. Violente Origins. SUP, 1988. COULANGES, Fustel. A Cidade Antiga. Martin Claret, 2019. FARAONE, Christopher e NAIDEN, F.S. Greek and Roman Animal Sacrifice. Cambridge, 2012. JÂMBLICO. De Mysteriis. Polar, 2024. KLAWANS, Jonathan. Pure Violence, publicado em Purity, Sacrifice and the Temple. Oxford University Press, 2010. KNUST, Jennifer W. e VÁRKELYI, Zsuzsanna, Ancient Mediterranean Sacrifice. Oxoford University Press, 2011. LIGUORI, Fernando. Daemonium: a Quimbanda no Renascer da Magia. Clube de Autores, 2022. LIGUORI, Fernando. Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia. Clube de Autores, 2023. NEWMAN, P.D. Theurgy: Theory & Practice. Inner Traditions, 2024. ROBERT J, DALY S.J. Sacrifice in Pagan & Christian Antiquity. T&TClark, 2021. SMITH, Jonathan Z. Ritual Killing and Cultural Fomation. Stanford University Press, 1987. WOLF, Heidi Marx. Spiritual Taxonomies and Ritual Authority: Platonists, Priests, and Gnostics in the Third Century C.E. PENN, 2016. #quimbanda #goéciabrasileira #ocultismo #goêteia #teurgia
Parabenizo pelo trabalho, pela forma coerente e coesa de falar sobre o sistema mágico e feitiçaria. O conhecimento também é uma luz, hoje somos mariposas em busca da luz, mas algum dia vou me tornar a luz para assim como o Sr. Para poder abrir a mentes dos incautos obscurecidos pela ignorância sócio cultural que vivemos. Um grande feiticeiro que passou nessa terra uma vez disse: meu povo sofre por falta de conhecimento, hoje é nítido que esse conhecimento sempre esteve nas trevas, e só os verdadeiros magos e feiticeiros vão trilhar esse caminho. Andando na luz e dançando nas trevas . Ngunzu e Quimbanda
Bom dia, saravá, salve sua banda, sábia sua explicação sobre muitas práticas na na quimbanda serem aleijadas, nas questões sobre o sacrifício, aqui no RS, se percebe e se vê muito essa questão, sempre com respostas com sentido quê, não se usa isso por motivo do "Santo", me questiono a respeito dessas questões onde mesclam muito um culto com o outro, percebo muita mistura de fundamentos de uma prática dentro de outra prática espiritual, como o Sr fala, a quimbanda se tornando limitada e aleijada, concordo com seu conceito
obrigado pelo conteúdo, poderia falar mais sobre essa questão do banimento na visão animista de trabalho mágico Desde já agradeço a atenção e o conteúdo partilhado
A ideia de "banimento" é moderna, nasce a partir do paradigma da magia moderna idealista. A feitiçaria ou magia animista não trabalha com essa ideia. Esclareço isso quando comparo as duas cosmovisões. Assista novamente com mais atenção.
Na arte . No livro personas sexuais. CAMILLE PAGLIA fala da amoralidade nas artes literaria, artes plásticas , etc. E ela foi na época, muito criticada sobre esses esclarecimento cultural.
Nunca vi alguém com uma explicação tão clara sobre magia como essa . Me pergunto porque as pessoas têm tanto medo de falaria com clareza sobre esse assunto. Só posso concluir que a maioria dos feiticeiros não compreendem ou não sabem mesmo sobre o assunto. Você resolveu um nó na minha compreensão sobre esse assunto do sangue. Grato 🙏
Aweto, táta, antes de mais nada, muito obrigado por compartilhar conosco tanto conhecimento. Gostaria de lhe fazer uma pergunta referente ao corte, em que momento, em que circunstancia é defino que o corte vai ser de avé ou um 4 patas, e quais as suas forças energéticas para o ato do corte.
Tata, primeiramente, muito obrigado pelo seu trabalho e ensinamentos. Como posso fazer para contribuir com doação para esse projeto? Como um sistema de assinatura.
Na umbanda, os ciganos da linha do oriente são as entidades "mais puras" dentro da religião, muitos não fumam, não utilizam bebidas alcoolicas. Posso estar errada, mas foi assim que aprendi. Na quimbanda. Como é cultuado os ciganos!? Vcs também teriam esses rituais de sacrifício animal pra essa linha de trabalho!?
Interessante Táta as suas explicações, principalmente quando conseguimos fazer correlações apropriadas, ao meu ver, tais como o fato de que se pautamos a nossa vida por uma visão moral e preconceituosa onde o sacrifício é visto como algo marginal e maligno (e aqui me refiro ao conceito de maligno segundo a doutrinação judaico-cristã) ficamos vulneráveis a ação de espíritos que permeiam este mundo telúrico que nos cerca, não sendo capazes de manipular a energia através da boa magia com amparo de espíritos deificados como Exu. Em resumo, não estamos livres da influência espiritual deste mundo animista, e nem mesmo a moral aversiva, de alguns, ao sacríficio, as livra dessa influência. Portanto quem sacrifica e sacraliza o sacríficio empregado usufrui adequadamente dessa energia anímica que de um jeito ou de outro atinge a todos. Está certo esse raciocínio ?