O mofo branco é uma das pragas mais ameaçadoras que a agricultura brasileira enfrenta. Principalmente quando se fala em lavouras de grãos. Ele ataca diversas culturas, como soja, feijão, girassol, algodão, tomate, batata e hortaliças. As lavouras infectadas podem sofrer um prejuízo de até 60%. No caso do feijão, as perdas podem facilmente chegar a 100%.
Mas como age essa doença que vem desafiando pesquisadores, agrônomos e produtores ao longo dos anos? O mofo branco foi identificado pela primeira vez no Brasil em 1921, no estado de São Paulo, em plantações de feijão. Por mais de quatro décadas, se espalhou por quase todos os estados do país, especialmente na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
E não ficou só no feijão, atingindo com bastante força também a soja e o algodão. Mais de 400 espécies de plantas pertencentes a cerca de 200 gêneros botânicos podem ser hospedeiras do fungo causador da praga, o Sclerotinia sclerotiorum, que em português se chama escleródio. A estimativa é de que 6 milhões de hectares no país, de um total de 70 milhões de áreas cultivadas, apresentem a praga, o que poderá contaminar 9% do total das áreas.
A informação é do Departamento de Fitopatologia da Universidade de Brasília (UnB). Chuva, alta umidade e temperaturas amenas são condições favoráveis para o mofo branco aparecer. Mas não são as únicas.
No programa Técnica Rural, você fica sabendo como combater esse fungo, que vem se expandindo de maneira alarmante no Brasil devido à sua incrível capacidade de se camuflar na forma dos resistentes escleródios. Técnico da Embrapa Arroz e Feijão e um produtor rural de Planaltina (DF) dividem seu conhecimento com a gente.
7 авг 2017