Тёмный

Samuel Úria - Mãos (Políticas à Parte, 29.04.2023) 

TunetRadio
Подписаться 5 тыс.
Просмотров 28
50% 1

Nascido há 43 anos no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria leva para os palcos o blues do Delta do Dão. De lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole.
Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock’n’roll e pela estética low-fi, Samuel Úria tem ganho notoriedade desde 2008, altura em que, entre edições caseiras e concertos em que apenas se acompanhava pela guitarra acústica, se nos deu a conhecer. Singular na língua materna, singular nas melodias e singular na relação com o público, aos poucos se gerou o culto e assomou a expectativa, consagrando Samuel Úria como um dos mais interessantes cantautores do século XXI português.
Sucedendo aos promissores “Em Bruto” (EP, 2008), “Nem Lhe Tocava” (2009) e “A Descondecoração de Samuel Úria” (2010), publicou recentemente “O Grande Medo do Pequeno Mundo”, uma verdadeira “jewel-case” (leia-se “caixa de jóias”) em que o talento do “trovador de patilhas”, como é frequentemente intitulado, convive com um conjunto de participações de nomes aparentemente tão distantes como Manel Cruz, Márcia, António Zambujo ou Miguel Araújo, entre outros, que a música e as palavras de Samuel Úria aproximam.
Além dos registos discográficos, a identidade de Samuel Úria está ainda vincada nos concertos surpreendentes que dá. Desacompanhado e íntimo, com banda e explosivo, não há fórmula que desinteresse. Samuel Úria apresenta-se com a sua banda, autênticos cúmplices de cada palavra ou acorde, ou a solo, cara a cara, palavra a palavra com o público para um concerto assente nas canções de “O Grande Medo do Pequeno Mundo” mas em que evoca ainda alguns dos temas incontornáveis dos seus anteriores discos - “Teimoso”, “Não Arrastes O Meu Caixão” ou “Barbarella e Barba Rala” conviverão com os mais recentes “Espalha Brasas”, “Em Caso de Fogo” ou “Lenço Enxuto”.
Em 2016 foi a altura de anunciar um novo disco, do regresso com novas canções, de uma evolução na sonoridade, da elevação no recorte da palavra - “Carga de Ombro”, era o título que se anunciava e a expressão que condensava as nossas expectativas. Nossas porque as “do público” mas também as de Samuel. Afinal, a distância que Samuel Úria nos faz percorrer entre o “amparo” e a “provocação” é tão tenuemente grande que mais do que nunca nos revemos no verso da canção que dá título ao disco “põe o teu ombro junto ao meu, carga de ombro é legal”.
Durante a pandemia, em 2020, Samuel Úria volta com "Canções do Pós-Guerra", o seu disco mais maduro e direto de sempre. Não é uma viagem aos infernos, mas uma longa temporada no purgatório.
Um disco em que questiona a pós-modernidade e o falhanço coletivo, de todos nós sem exceção. Não há certezas e, na verdade, não parece haver futuro. Há muito que o fim da história e a naturalização do punk foram declarados, mas, pelo menos, temos tentado. E mais do que os fins, interessam os processos e a experiência. Pelo meio, surgem raios de luz e esperança, os possíveis finais felizes que tanto ansiamos, ancorados na certeza de que a vida continua, merece ser vivida, e de que o amor vale a pena e triunfa.

Опубликовано:

 

10 сен 2024

Поделиться:

Ссылка:

Скачать:

Готовим ссылку...

Добавить в:

Мой плейлист
Посмотреть позже
Комментарии    
Далее
23 de outubro de 2023
1:51
Просмотров 1,8 тыс.
Hakuna HAM 2023 (promo) - ONGAKU.
2:47
Просмотров 53 тыс.
Avião Canada com Só Fórró ,8 set 2024
20:10
Просмотров 6 тыс.