Para comemorar os 80 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, a TV Cultura produziu em 2002 este programa que destaca os principais fatos, personagens, atos e efeitos do movimento Modernista.
TV Cultura... não há como agradecer o serviço que vocês prestaram ao nosso país registrando os depoimentos desses artistas (e de outros também, como Clarice Lispector, apresentações do Secos & Molhados e etc). Infinitamente: obrigado ♥
Excelente documentário. Mais do que fazer trabalho, é oportunidade de compreender o choque entre o velho e o novo. Em suma, oportunidade para se refletir sobre o hoje, o que tivemos e o que virá pela frente. Desculpe-me pelos dezesseis anos de atraso. Parabéns à Cultura.
A arte moderna permanece viva, de fato. Interessante notar como causou e causa discórdia, mas produziu coisas lindas, das que eu tomei parte posso dizer que o livro Macunaíma de Mário de Andrade é obra de linguagem inovadora até hoje! O poema Cobra Norato de Raul Bopp foi uma grande descoberta na minha época de escola. "A contribuição milionária de todos os erros!"
Excelente documentário. Não fiz parte desse grupo de ícones da arte moderna brasileira de 1922, mas com muito orgulho e honra vou fazer parte do grupo de artistas a participar da comemoração dos "Cem anos da Semana de Arte Moderna" no Centro Cultural de Mogi Mirim/2022.
Lindíssimo, um trabalho memorável, cheio de detalhes. Fiquei surpreso pela quantidade de depoimentos usados nesta obra. Não esperava, em verdade: isto me esclareceu sobre a riqueza histórica que temos e permanece escondida em arquivos desprezados por todos. Que trabalhos como este continuem a surgir.
Tv Cultura, esse documentário precisa ser revisto por conter algumas informações desatualizadas, a autora Claudia Valladão de Mattos refutou o titulo de primeira exposição modernista de Segall por uma revisão das datas de suas obras (:
Sou da mesma linha do Monteiro Lobato: Não gosto de arte moderna, com algumas exceções. Prefiro mil vezes a arquitetura neoclássica ou gótica aos prédios bizarros dos arquitetos modernistas, por exemplo. Mas é bom conhecer o assunto até para ter o direito de não gostar.
A semana de 22 foi um embuste advindo de parcerias, uns poucos com leituras e viagens denotando uma verve particular "nova"; e, neste embuste modernista, querer que toda uma criatividade nova passaria por um contexto "Brasil" inovador. Como se qualquer obra prima não fosse resquício de tantas outras anteriores. Foi mais ou menos cuspir no prato onde comeram.
"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas (...) A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se dêem como novos, precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal outeratológica: nasceu com a paranóia e com a mistificação.(...) Essas considerações são provocadas pela exposição da senhora Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e companhia." Grande Monteiro Lobato! Prefiro mil vezes tb a arte clássica!
Esse era o mesmo pensamento que Adolf Hitler tinha sobre as vanguardas europeias. De fato, o clássico é bonito mas não exige muita racionalização, trata-se apenas de técnica e "arte pela arte". Por outro lado, o moderno quebrou com o conservadorismo de uma sociedade nacionalista e hipócrita em um momento muito importante da história. Aliás, nem tudo pode e nem mesmo deve ser visto apenas pela sua beleza.
Um documentário apenas com a narrativa principal, os depoimentos e os vídeos de "transição" estaria de bom tamanho. Não gostei tanto do trabalho dessa moça recitando os textps.
