Foi a real inventora do rock, muito antes de Elvis e de Chuck Berry.
Mulher negra, inovadora, Sister Rosetta já fazia sucesso na década de 1940, quase 20 anos antes do surgimento “oficial” do rock.
Ela foi a primeira pessoa a fazer um som com distorções na guitarra elétrica, misturando blues com gospel, brincando com ritmos, riffs e velocidade… Ou seja, o rock não existia, mas todas as características do gênero já estavam presentes nas músicas de Sister Rosetta.
Ela nasceu em 1915, no Arkansas, filha de colhedores de algodão, e começou sua formação musical na igreja, aprendendo violão, piano, e canto. Percebendo o sucesso das suas apresentações, Rosetta partiu para Nova Iorque com a mãe em 1938, e começou uma carreira profissional.
No mesmo ano, assinou um contrato com a Decca Records e lançou seu primeiro disco, “Rock Me”. Em poucos anos, Rosetta Tharpe já era uma das atrações mais célebres dos Estados Unidos, considerada a primeira grande estrela do gospel. No início dos anos 40, Sister Rosetta tinha que lidar não apenas com a segregação racial (bem explicitada no filme “Green Book”), como também com o estranhamento do público em ver uma mulher tocando guitarra elétrica. Sister Rosetta nunca se deixou intimidar.
Em 1944, ela lançou “Strange Things Happening Every Day”, considerada por muitos especialistas como a primeira canção de rock da história. Vários artistas falaram sobre a influência de Sister Rosetta em suas obras: Chuck Berry, Elvis Presley, Bob Dylan, Eric Clapton e Robert Plant, para citar alguns. Em 1964, aos 50 anos de idade, Sister Rosetta fez uma das turnês mais importantes de sua vida, ao lado de Muddy Waters, na Europa.
Suas performances só parariam no início da década de 70, por conta de complicações de saúde. Sister Rosetta morreu em 1973 e, apesar da sua influência inegável para o surgimento do rock, só foi inserida no Rock and Roll Hall of Fame em 2017.
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/ eumaiteproenca
13 сен 2024
