Devemos sempre recordar que os mais sábios dos homens também erram, que ninguém é tão alerta que seu julgamento nunca o trai, e que ninguém é tão maduro em seu julgamento que sua mente não possa ser incitada pelas circunstâncias de um momento.
Já os estoicos apresentam excepcionais diferenças quanto às posturas frente a essa questão: Não há graus toleráveis de raiva. Sêneca, em seu ensaio dividido em três livros chamado De Ira (em tradução: Sobre a Raiva ou Sobre a Ira), “disseca” a raiva e oferece uma perspectiva estoica para lidar com ela. O filósofo escreve em um dos primeiros trechos do livro I que “… a raiva é uma pequena loucura: pois é igualmente ausente de autocontrole, ignorante ao decoro, esquecida de laços de parentesco, obstinadamente absorta [teimosa] frente àquilo que começa a fazer, surda à razão e ao conselho, estimulada por razões pífias, estranha a percepção daquilo que é verdade e justo, e muito similar a uma pedra caindo, que se quebra em pedaços sobre a própria coisa que busca esmagar”
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15 окт 2024
