Sobre Cap. Rodrigo, o personagem é apaixonante, mas ele é horrível, isso é genial! Ele é humano demasiado humano, tem qualidades maravilhosas e defeitos terríveis. Érico Veríssimo é sensacional.
Eu comecei a ler a saga d'O tempo e o vento, mas abandonei na metade de "O Retrato", mais ou menos, devido a uma passagem sobre estupro que me tocou demais na época. Pretendo reiniciar e leitura e, dessa vez, ler todos os volumes. Érico Veríssimo nos deu um primor literário e tenho mto orgulho de ser do RS 🧡
De amor e trevas é GENIAL, ele mostra o quão genial uma pessoa tem que ser pra escrever um livro de fato bom e bem escrito. Acho que sem dúvida é uma questão de saber ser um leitor, como o Amós diz, pra um leitor péssimo não adianta dizer que o Anna Karenina é bom, ele sempre vai dizer que uma coisa péssima é melhor
De amor e trevas foi um livro muito importante para mim! Recentemente, perdi uma pessoa muito próxima do mesmo modo que ele, e os sentimentos que vêm são tão confusos e complexos que é difícil de entender. É um luto difícil de elaborar. E ao ler, eu consegui visualizar o que eu estava sentindo e que tais sentimentos são inevitáveis e não exclusivos. Entendi a potência da literatura de clarear nossa vida, de nos ajudar a elaborar e traduzir coisas que não sabemos colocar em palavras! Amos Oz faz isso lindamente ❤️
Oi Paloma, maravilhosa a música indicada de Bach!! Estudei piano, dos 9 até 18 anos ...depois fiz alguns retornos aos estudos...porém a vida me afastou um pouco desse mundo musical...mas continuo apaixonada por música clássica! E tbm por livros! Aliás adorei sua TAG😍😍😍
Socorro, ONDE que capitão Rodrigo é apaixonante? Kkkk Ele é multifacetado, muitíssimo bem construído, e é justamente o contraste entre o caráter falho dele e a força moral da esposa que abre espaço pra que a Bibiana floresça tanto ao longo de toda a saga.
"De Amor e Trevas" é uma bela obra de Amóz Oz como tantas outras! Eu também gostei muito, especialmente como ele descreve Israel, os costumes, as lutas políticas que embalaram a vida dele e justificaram sua existência!
Essa música do Bach também me emociona muito. Quando os músicos a tocaram no casamento de uma prima, dei "vexame": chorei mesmo. Choro muito mais ouvindo algumas músicas do que lendo passagens tristes nós livros.
Dizem que Stalin tinha comportamento de um tigre, matava os desafetos na mais completa calma. Imagina o arrepio de horror que era receber uma ligação de Stalin.
Estou com muita vontade de ler "O tradutor cleptomaníaco" (e acho que rola ainda esse ano ein), O tempo e o vento lerei ainda esse semestre e tenho uma certa resistência com David Copperfield, não sei explicar. (Ah! E conhecerei a palavra de Amos Oz ainda esse ano graças ao Clubinho). Sobre a tag: (1) As vinhas da Ira foi o último livro que li e me angustiou muito, chorei e fiquei por dias digerindo o final. (2) Acho que faz tempo que não me frustro com um livro, o único que recordo agora é minha leitura adolescente de Instrumentos mortais, fiquei com tanta raiva que parei de ler kkkkkkkkkkk. (3) Um livro que gargalhei foi O nome da rosa, lido agora mesmo no Clubinho, nunca pensei que tretas de monges pudessem ser tão engraçadas. (4) O último personagem de que me lembro que me inspirou muita compaixão foi a mãe Joad de As vinhas da Ira (5) Por enquanto Saramago ocupa essa posição, a sua aversão à pontuação me dá raiva kkkkkkk principalmente porque ainda não consegui ler As intermitências da morte (que tentei começar em 2020) (6) Lembro agora de Kitty e Liévin, amo os dois juntos (7) Pessoas normais, quanto mais penso sobre o livro, menos gosto kkkkkk (8) Passei muitooo desespero com a fuga (fracassada rs) da família real francesa na biografia da Maria Antonieta, mesmo já sabendo o final, por ser uma época histórica muito retratada, não deixei de ficar nervosa com a estupidez deles kkkkkk (9) Eu tinha muita preguiça da Rosasharn (As vinhas da Ira) por sentí-la tão egoísta, mas no final pensei o quão absurdamente humana ela é e me surpreendi com seu crescimento
Vídeo corajoso e tocante, mostrando que a emoção vai muito além da lágrima. Orgulho de você, Paloma. Obrigado pelo seu entusiasmo, por seu amor pelos livros, pela literatura e pelas histórias.
Gostei da menção à suíte do Bach. Seria legal você gravar um vídeo especial sobre música, comentando quais seus compositores e composições preferidos, e, claro, recomendações de livros sobre música.
Oi, Paloma! Me identifico com o seu sentimento quando se trata de depressão, e especialmente de suicídio. Sempre me impacta imaginar o tamanho da dor que alguém sente quando passa por essas situações. E é mesmo difícil ter alguém que vc ama sofrendo dessa maneira e não poder "resolver por ela". Toda vez que vc fala de Amor e Trevas tenho vontade de ler. Agora não foi diferente. Um bom domingo pra vc! 😘
Acho que a imagem do Capitão Rodrigo, pra muita gente, está associada à imagem do Tarcísio Meira na adaptação da Rede Globo. Daí essa comoção geral. rs
Então eu vou indicar a música Lamento sertanejo no violino acompanhado com rabeca e triângulo, tocado por um francês naturalizado brasileiro de nome Nicolas Krassic um apaixonado por música nordestina. É uma versão instrumental lindíssima.
Muito me identifico com a sua descrição de ressaca literária e a sua reflexão sobre o motivo de não chorar mesmo com leituras muito impactantes me levou a reavaliar isso em mim. Dependendo da obra, a necessidade de continuar a digerir o conteúdo pode continuar por alguns dias. E mesmo após um tempo considerável sem não pensar sobre, é comum que os temas e experiências de tais leituras voltem - e, o que é melhor, com associações novas. É o "ruminar" ao qual Nietzsche se refere.
Com certeza! Aliás, penso que o mais incrível desses livros é que você sempre lembra deles muito tempo após a leitura e, como a nossa compreensão do que lemos e associações que fazemos depende das experiências que vivemos, a leitura fica ainda mais rica.
Muito feliz por saber que "De Amor e Trevas" não te decepcionou! Também é um livro que eu colocaria na primeira categoria, além de um favorito da vida (e olha que eu li enquanto minha própria mãe estava passando por uma crise de depressão...). Aguardo ansioso a resenha! Só para constar, minhas respostas: 1) Tristeza: "O Fim do Homem Soviético" de Svetlana Aleksievitch (como você, não sou de chorar, mas esse me fez chegar perto: quase todos os relatos recolhidos são tristes, mas alguns deles me deixaram com uma sensação de vazio e desesperança tão grande que precisei parar para tomar fôlego e olhar para o nada pensando na vida mais de uma vez) 2) Frustração: "The Prime of Miss Jean Brodie", de Muriel Spark (frequentemente lembrado como um dos principais romances britânicos do século XX; terminei a leitura sem ter ideia do porquê) 3) Humor: "Die 13 1/2 Leben des Käpt'n Blaubärs", de Walter Moers (uma fantasia cômica muito inventiva que precisa de tradução em português) 4) Compaixão: Vladek Spiegelman, em "Maus", de Art Spiegelman (o livro é uma das narrativas mais brutais que já li sobre o Holocausto; o fato de que o próprio Vladek não é uma pessoa angelical me ajudou a simpatizar com ele, como se estivesse acompanhando a história de alguém que eu poderia conhecer de verdade) 5) Raiva: "Sayonara, Gângsters", de Genichiro Takahashi (peguei para ler sabendo que era uma narrativa surreal, em estilo mais experimental, e ainda assim não aguentei mais de dois capítulos) 6) Amor: Michal Wolodyjowski e Basia Yerzokovski, em "O Pequeno Cavaleiro", de Henryk Sienkiewicz (meu repertório de casais é muito fraco, e a história dos dois é apenas um dos aspectos de um épico histórico de grandes dimensões; porém, é o último casal por cujo sucesso me lembro de torcer sinceramente) 7) Nojo: "Memórias de uma Gueixa", de Arthur Golden (acho a palavra "nojo" muito forte, mas o fato é que hoje em dia não consigo deixar de achar a narrativa, afetada e o olhar do autor sobre a cultura japonesa, exoticizante de uma forma caricata) 8) Desespero: "Um De Nós", de Asne Seierstad (pode ser estranho colocar um livro de não-ficção nessa categoria, mas a tensão que eu senti ao ler o capítulo em que a autora descreve minuciosamente os atentados de 22 de Julho de 2011, na Noruega, é difícil de descrever) 9) Surpresa: Holden Caulfield, em "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger (normalmente, não sou fã dos rebeldes da literatura, então achava que seria mais um de tantos que não veem em Holden Caulfield mais que um adolescente birrento; porém, para minha agradável surpresa, acabei simpatizando muito com ele)
Eu amei suas escolhas! Principalmente porque não conheço boa parte delas, já pesquisei um pouco e parecem ser ótimos livros. Muito obrigada por responder tão detalhadamente! E sobre “O fim do homem soviético”: acredita que tenho esse livro aqui há uns 5 anos e ainda não peguei pra ler? 🥲
@@PalomaLima Ô se acredito! De minha parte, raramente leio meus livros assim que adquiro. Às vezes, os livros precisam de um tempo envelhecendo na adega antes de serem degustados :) Quanto aos livros que mencionei, gostaria de dar destaque especial para "Um de Nós", que eu achei fenomenal e digno de mais atenção. Se um dia você decidir encaixar no cronograma de leituras, creio que será tempo bem empregado.
Sobre o livro dos Curie, não gostei do tom como ela fala da beleza física, meio que desfazendo de quem não é bonito. Mas gostei do livro e achei triste a história deles.
Sobre depressão, indico o livro O demônio do meio dia, de Andrew Salomon. Livro de não ficção absolutamente esclarecedor. Sobre Érico Veríssimo, só amor❤
Ótima Tag. Nos deixa conhecer ainda mais quem a responde. Acredita que me emocionei com você falando da mãe do Amós Oz?! Faz tempo que não choro com livros, mas me emociono muitas vezes e também fico arrepiada com algumas frases, principalmente quando as ouço transpostas para filmes. Por exemplo, "ontem à noite sonhei que voltava a Manderley", de Rebecca, me arrepia e eu não sei explicar o motivo. Talvez as vozes das atrizes e dubladoras. Mais um vídeo excelente! 💜👏🏻
Suicídio é um verdadeiro mistério, como uma pessoa pode querer a própria extinção? Na minha família aconteceu um suicídio há 38 anos atrás, no caso era o meu avô materno e o único que eu conheci.
a pessoa que lê De Amor e Trevas no começo do ano... nada superará. aconteceu aqui. p.s.: casal que eu amo: minha resposta está na sua resposta para compaixão (não vou dizer. evitando os spoilers).
Sobre a pergunta 5: já leu algum livro do escritor Thomas pynchon?? É um dos meus favoritos, mas ele é um dos mais difíceis de ler. Mas é, mesmo assim, extremamente recompensador ler pynchon, pq ele tem uma prosa que, apesar de difícil, é lindíssima e bem ímpar.
Tenho muita vontade de conhecer De Amor e Trevas, O Tempo e o Vento, Vida e Destino, Senhor dos Anéis. Concordo com você, estou lendo David Copperfield, e ai, o tanto que esse menino sofre, passei muita raiva e tristeza. Faz a tag inícios inesquecíveis, parece muito legal
Concordo com essa tese do pq não chorar, eu sou uma chorona com tudo (inclusive livros), mas recentemente percebi que livros com os quais me envolvo muito, geralmente tenho um período de luto pelo final (ressaca) ao invés de chorar horrores. EU: eita, ia ser legal um top 10! 2seg depois... PALOMA: não me peçam por um top 10, por favor!😆 1- Tristeza: um recente, O Cocunda de Notre Dame. Aquele final é tipo: a vida real é assim ok, não existe o tal do felizes para sempre; sim vc foi enganado. 😒 2- Frustração: contos Tolstoi (aqui a Paloma chora kkkkkkkk) depois de lê Anna K. estou absolutamente louca por Tolstoi, mas ele contista foi apenas ok pra mim. 3- Humor: Anna K. eu gargalhei horrores com varias cenas do Liévin, e não esperava isso. 4- Compaixão: Ensaio sobre a cegueira, a esposa do medico; eu me via na pele daquela mulher o tempo todo, e entrava em pânico. 5- Raiva: 🤨 6- Amor: Gina e Harry 😁 a minha versão pré-adolescente ficou bastante impressionada com a maturidade deles; a minha versão adulta não se impressiona fácil com casais da ficção e não possui uma resposta pra isso. 7- Nojo: The Host, na fase crepúsculo da vida kkkkkkkkk foi o primeiro livro distopia/sci-fi que li na vida e fiquei louca, ainda hoje adoro os gêneros; mas esse, se relesse um dia, provavelmente seria um tremendo desastre. 8- Desespero: 1984, na terceira parte, não sei lidar com isso. 😑 9- Surpresa: O Senhor dos Anéis, sou uma das únicas pessoas do planeta que não assistiu aos filmes antes de ler, e não sabia quase nada da história, então foram muitas surpresas, talvez a principal o Sam ❤Crime e Castigo. 6- Amor: Gina e Harry 😁 a minha versão pré-adolescente ficou bastante impressionada com a maturidade deles; a minha versão adulta não se impressiona fácil com casais da ficção e não possui uma resposta pra isso. (quem pensa em casal legal com o Gatsby e a Daisy? 😧) 7- Nojo: The Host, na fase crepúsculo da vida kkkkkkkkk foi o primeiro livro distopia/sci-fi que li na vida e fiquei louca, ainda hoje adoro os gêneros; mas esse, se relesse um dia, provavelmente seria um tremendo desastre. 8- Desespero: 1984, na terceira parte, não sei lidar com isso.😑 Li em 1 tarde, no desespero total. 9- Surpresa: O Senhor dos Anéis, sou uma das únicas pessoas do planeta que não assistiu aos filmes antes de ler, e não sabia quase nada da história, então foram muitas surpresas, talvez a principal o Sam ❤
Eheehehehehehe eu conheço vocês! Sabia que, se eu não falasse, vocês iam pedir esse bendito do top 10 😂 E só não chorei mais com a sua resposta para a "frustração" porque depois você se "redimiu" com Anna Kariênina, rs. E maaaaaaaano do céu!!!!! "The host"!!! Nem lembrava da existência desse livro 😂
