Queria ter a sorte do Edu Lobo por ter convivido com Tom Jobim... Mas para conviver com ele só se tivesse alguma genialidade, assim como o Edu Lobo. Eu não tenho nenhuma... Contento-me então em ouvir sua obra maravilhosa...
Sempre admirei Tom como grande compositor. Lembro quando fez a trilha sonora para Tempo e o Vento da obra de Eérico Verissimo, e lendo toda a obra senti que .....niguém mesmo poderia ter feito a trilha sonora perfeita para ela...só Tom Jobim
Eu tinha seu LP Cidade Nova(?). VOCÊ falava "ô velho, ô Soledade". Um disco maravilhoso, Edu. "Bateu asas, foi embora, não apareceu, hoje o bloco sai sem ele, foi a ordem que ele deu". Cantei esse seu disco de trás pra frente. "Hoje não tem dança, não tem mais menina de trança, nem CHEIRO de lança no ar. Hoje não tem frevo, tem gente que passa com MEDO e na praça NINGUÉM Amei você, suas músicas, desde o comecinho.
Caetano disse, certa vez: "quem comanda essa porra, sou EU, o CHICO e o EDU". E o Villa Lobos disse: Tom, passo o bastão da música brasileira para você! O Tom replicou, Edu, passo o bastão para você...
HISTÓRIA OU história? Em seus curtos e intensos 17 anos de carreira - contados aqui a partir de 1965, quando lançou seu primeiro disco pela Philips, "Samba Eu Canto Assim" - Elis Regina gravou 16 músicas de Edu Lobo, quatro delas em parceria com Vinicius de Moraes. Entre elas, "Arrastão", que venceu o I Festival de Música Brasileira, realizado pela extinta TV Excelsior e alçou tanto Elis quanto Edu Lobo ao sucesso nacional, em 1965. No ano seguinte, em ato de muita coragem, Elis defendeu a belíssima e nada festivalesca "Canto triste", de Edu e Vinicius, no I Festival Internacional da Canção Popular, promovido pela TV Globo e, num Maracanãzinho lotado, levou a maior vaia de sua carreira quando a música foi selecionada para a final. Ainda de Edu e Vinicius, Elis gravou "Zambi", com a qual levantava platéias, e a linda e triste "Canção do amanhecer". Outras composições de Edu Lobo chegaram ao sucesso pela voz de Elis, como "Pra dizer adeus", em parceria com Torquato Neto, "Corrida de jangada", em parceria com Capinam e, ainda, "Upa, Neguinho", de Edu e Gianfrancesco Guarnieri, cujo sucesso estrondoso na interpretação de Elis atravessou fronteiras. As músicas de Edu Lobo e seus diversos parceiros estão em 13 discos de carreira de Elis e em mais de 30 das coletâneas que vêm sendo lançadas ao longo dos anos, o que atesta o sucesso que compositor e cantora fizeram juntos. Vinicius de Moraes teve 20 de suas composições gravadas por Elis. As já citadas quatro em parceria com Edu Lobo, mais sete com melodias de Baden Powell - entre elas, "Canto de Ossanha" -, oito compostas junto com Tom Jobim, cinco delas no disco "Elis & Tom", além de "Valsa de Eurídice", música e letra de Vinicius. Faço todo esse inventário porque dois acontecimentos recentes têm me causado muita estranheza. Em 2005, o documentário "Vinicius" - que fez muito sucesso nos cinemas e foi lançado em DVD - não faz nenhuma referência à Elis ao percorrer uma fase da música brasileira na qual ela teve fundamental importância no geral e, em particular, na carreira do poeta. O filme termina com "Canto triste" - aquela com a qual Elis foi vaiada no festival - cantada por Mônica Salmaso que, ainda que a cante lindamente, não participou desta história até porque, quando Vinicius morreu, em 1980, tinha apenas nove anos de idade. O documentário tem ainda as participações de Adriana Calcanhotto, Mart'nália, Renato Braz, Yamandú Costa e Zeca Pagodinho que nunca fizeram parte da vida e da história de Vinicius e da época retratada simplesmente porque ainda não tinham surgido no cenário musical. Yamandú, por exemplo, nasceu seis meses antes da morte de Vinicius. Nada tenho contra essas participações pois elas são mais um atestado da perenidade de uma obra de inquestionável valor para a cultura brasileira. No entanto, negar o valor de Elis Regina nesta mesma história, mais do que injusto e questionável, é grave porque falseia fatos públicos e notórios. É parecido com o que faz a Rede Globo quando tenta esconder das novas gerações o suporte que deu à ditadura militar e a nenhuma divulgação ao movimento das Diretas Já em 1984. No recém lançado DVD "Vento Bravo", que traz um documentário sobre Edu Lobo e um show que ele realizou no bar Mistura Fina do Rio de Janeiro, a negação se repete. No documentário, com depoimentos de Edu, não há sequer uma citação ao papel que sua melhor e mais constante intérprete teve em sua carreira. Há imagens de Edu e Marília Medalha cantando "Ponteio" no III Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Record em 1967, e não há a já clássica imagem de Elis cantando "Arrastão" no festival de 1965. No DVD, "Arrastão" é tocada ao piano por Cristóvão Bastos e há apenas uma legenda dizendo que ela foi cantada por Elis naquele festival. Há referências a "Upa, Neguinho", "Pra dizer adeus", "Zambi" e "Reza", todas elas trazidas ao sucesso por Elis, mas é como se nunca tivessem sido. E há, ainda, "Corrida de jangada", "Casa Forte", etc., e nada de Elis. Fico, então, me perguntando e gostaria muito de saber o por quê desta omissão. Sabemos que a moça tinha um temperamento complicado, explosivo e, muitas vezes, infeliz. Sabemos que, apesar de muito inteligente, não tinha o requinte intelectual de seus pares, não freqüentou universidade, não foi lá muito bem educada. Sabemos, também, que foi amiga de Vinicius, esteve ao lado de sua viúva em seu velório, que ganhou dele o apelido de Pimentinha. Sabemos que lá por 1965, 66, foi namorada de Edu Lobo e que as separações quase nunca se dão em bons termos. Mas sabemos, sobretudo, que foi uma das maiores cantoras da história da música brasileira. Que foi fundamental ao ajudar a trazer à luz compositores como o próprio Edu Lobo, além de Gilberto Gil, Milton Nascimento, Ivan Lins, João Bosco, Aldir Blanc... Seja o que for que tenha acontecido no nível particular e pessoal, o distanciamento no tempo aliado à maturidade que se espera de pessoas que estão envolvidas na importante função de contar a história de uma época deveria obrigá-las a ter uma visão mais ampla e, principalmente, verdadeira. Não será esta a única forma de fazer HISTÓRIA? Maria Luiza Kfouri 23/08/2007
Poucas notas nenhuma firula... O simples é mais bonito... O grande pianista.. O grande violonista... Hoje em dia é o firuleiro habilidoso mas que não cria nem encanta... Apenas adimiramos as firulas destes...
eu estava tocando a eou tentando toca "air on g" de bach e depois tentando toca Valsinha" do chico melhor de todos buarque de holanda, a emoção e a mesma
Sob a ótica do Edu, pelo que eu entendi, a Bossa Nova ficou "pequena" diante da grandeza musical do Tom, porém o Edu esquece que em todos seus Shows, Tom nunca deixou de tocar "Samba do Avião", "Wave" , "Chega de Saudade", "Garota de Ipanema", "Samba de uma Nota Só", "Corcovado", a exemplo, que são Bossas do início desse Movimento.
PORQUE EDU e ELIS BRIGARAM e ROMPERAM PARA SEMPRE? O QUE ACONTECEU DE TÃO GRAVE? - Uma das grandes fases brilhantes da carreira de ELIS REGINA, diria que no seu inicio, fora toda montada em cima das musicas de EDU... A própria ELIS deixou isso grado em entrevista. Não entendo porque eles romperam esse relacionamento profissional e pessoal. Não entendo mesmo! Isto resultou em grande prejuízo irreversível para a musica brasileira. Adoro tudo o que ELIS gravou de EDU. E esse tudo está definido nas suas interpretações. ELIS e EDU eram para ter tido um filho humano juntos, porque musicais, eles têm inúmeros ( REZA, ARRASTÃO, UPA NEGUINHO, PRA DIZER ADEUS, CANTO TRISTE, BORANDÁ, CORRIDA DE JANGADA, ZAMBI, CANÇÃO DO AMANHECER, CASA FORTE e etc).
Ele afirmou certa vez que a Elis queria ser sua namorada, mas não havia reciprocidade. Ela falava pra todo mundo do relacionamento, mas Edu preferiu casar com Vanda Sá. Boatoas não confirmados.
Esse negócio de dizer que fulano é "além da bossa nova" é outra forma de depreciar toda uma geração de grandes músicos, inclusive Tom, que praticamente definiu o que de mais criativo se fez desde 1958. Em certo momento, Edu diz que a bossa não terminou, e essa é a grande verdade. Mas, logo em seguida, diz que Tom não deve ser considerado apenas bossa, o que também acaba por depreciar a música moderna brasileira, da qual Jobim é parte indissociável. É preciso que público, crítica e artistas entendam e aceitem que, desde que surgiu, a bossa nova (aka "moderna música brasileira") não se restringe a um ritmo, a uma batida de violão, mas TAMBÉM às várias outras bossas que foram surgindo quase que concomitantemente ao LP "Chega de Saudade". E isso inclui, óbvio, o som de Edu, Chico, Gil, Caetano, Egberto, Milton, Hermeto, Vandré, Lyra, Menescal, Valle, Dori, Adolfo etc. O que infelizmente se rotulou como "mpb" são, na verdade, gêneros diversos de música moderna, algunsdos quais com originalidade ímpar. Chamar gêneros de bossa de "mpb", uma sigla genérica e oportunista, é também depor contra os antigos e novos (re)inventores da canção brasileira.
Dentro do grupo que nasceu com o inicio da Bossa Nova, e contribuindo também na luta contra a ditadura! Participou de festivais, e deixou canções como Arrastao , com Vinicius de Moraes, participando de musicais c/ nosso grande Chico Buarque