A turma APR157 apresentou, no final de junho, o Projeto Aprendizagem “Quebra de estereótipos da arte e cultura periféricas e sua importância no desenvolvimento crítico da população”. O objetivo da turma foi expandir nosso olhar para a literatura e para a arte marginal, de forma menos preconceituosa e mais apreciativa.
A partir de pesquisas para o aprofundamento do tema, a turma propôs uma série de intervenções como: clubes de leitura, entrevistas com a comunidade escolar, oficina de escrita criativa e registros do “Show de talentos”, promovido pela Semana Senac de Leitura. O resultado foi a entrega deste documentário.
A apresentação deste projeto me remeteu aos debates do 1° Fórum de Desenvolvimento Social do Senac São Paulo: “Mundo do Trabalho e Cultura Periférica”. Um dos convidados, o Renan Inquérito, compartilhou que o Rap fez toda a diferença em sua formação, antes mesmo de “Sobrevivendo no inferno” ser obra obrigatória no vestibular da Unicamp, onde se formou. Bia Ferreira, outra convidada, compartilhou também a sua visão sobre a arte: “É um dos poucos lugares que possibilitam com que você conte sua história por você mesma. Fomos ensinados a não querer pensar nos problemas, pois os governantes sabem que se pensarmos, a gente os resolve!”
Este projeto me remeteu também à entrevista que Grada Kilomba concedeu ao Roda Viva: “O centro só é transformado pelas questões impostas pela periferia. É nas margens que as questões urgentes e novas questões são colocadas.”
Muita arte no nosso caminho, é o que desejo pra nós!
5 сен 2024
