Becos da memória, de Conceição Evaristo, é um dos mais importantes romances memorialistas da literatura contemporânea brasileira. A autora traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria; dos que, a cada dia, têm a vida por um fio. Sem perder o lirismo e a delicadeza, a autora discute, como poucos, questões profundas da sociedade brasileira.
DATAS DOS ENCONTROS DO 2º SEMESTRE DE 2023
30 Set. Conceição Evaristo. Becos da Memória
28 Out. Françoise Ega. Cartas a uma negra
25 Nov. Mariama Bâ. Uma carta tão longa
23 Dez. Fatou Diome. O Ventre do Atlântico
Os encontros são mensais, sempre no último sábado do mês.
Quer experimentar o clube de leitura? Meia-entrada disponível para estudantes (mediante comprovante de universidade) e para idosos (acima de 65 anos mediante comprovante de identidade). * Confira disponibilidade antes de efetuar a inscrição (até duas vagas por encontro).
Mediação | Dayane Teixeira é formada em Letras pela Universidade Paulista e em Técnico em Museologia pela ETEC, atua na área de museus há mais de 5 anos, sendo um deles o museu Casa das Rosas, onde desenvolve ações junto aos acervos da biblioteca Espaço da Palavra e Haroldo de Campos, além de participar da organização de eventos literários. Também trabalha como professora e pesquisadora independente de Literaturas Africanas, Negro-brasileira e Indígena brasileira, ministrando palestras e cursos sobre estes temas, além de idealizar o perfil literário @sy_jigeen. É autora dos textos "Corpo-Concha: da oralidade africana em Água Funda, de Ruth Guimarães", "Narrativas e percursos que ligam Mário de Andrade e Aimé Césaire" e "La parole aux négresses: a experiência da mulher africana como imigrante narrada por Fatou Diome em O Ventre do Atlântico".
Por que participar do Clube de Leitura do Astrolabio?
O Brasil é um dos territórios marcados por travessias diversas e complexas, como a de milhões de africanos trazidos para cá à força. Essas pessoas, dispersas pelo Brasil e por diferentes partes das Américas, bem como os indígenas que aqui estavam, foram racializadas e estigmatizadas, tendo seus modos de ser e de viver, bem como suas textualidades, poéticas e epistemologias, negligenciados em relação ao ideário e herança intelectual ocidental europeia. Sendo os povos africanos e indígenas portadores de um repertório secular e plural, transmitidos oralmente segundo suas tradições, desenvolveram diversas formas de resistência, sendo uma delas o uso da palavra, da tecnologia, da força vital e do elemento divino, germe do saber e do fazer. Para desmistificar estereótipos e narrativas coloniais e, ainda, atender à lei 10.645, que estabelece a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática 'História e cultura afro-brasileira e indígena', o clube de leitura Narrativas Plurais pretende inverter, ou pelo menos questionar, a ordem estabelecida, de modo a dialogar com as produções de autoras negras - africanas ou da diáspora - e indígenas, como uma tomada de posição antirracista e decolonial.
Centro Cultural Astrolabio
nossos cursos: www.sympla.com.br/oastrolabio
e-mail e chave pix: oastrolabiocontato@gmail.com
instagram: @oastro.labio
newsletter: astrolabio.substack.com
youtube: @astrolabio5525
15 сен 2023
