Nao custa nada dar uma pesquisada em história da arte e sobre a historia da vida do cara. Ele nao foi chamado de genio pretensiosamente por qualquer pessoa mas sim por estudiosos que tiveram parâmetros pra isso. Pesquisa, joga no youtube, leia, veja os filmes.
@@DanielSantos-wh7tt Meu caro, talvez um dia eu faça isso, depois de ter lido alguns livros de arte (pintura, escultura) que tenho às dezenas em casa, além de um sobre história da arte. Gosto muito de artes, embora não seja um especialista, tenho livros da Taschen, como aqueles livros imensos de Da Vinci, Michelangelo,..Mas também já li Cultura ou Lixo? e A Grande Feira e penso que não seja preciso ler muito sobre aqueles que idolatram Baskiat. Outros semelhantes como Jeff Koons (aquele dos coelhinhos infláveis e de fotos e esculturas de sua esposa, a ex atriz pornô Ciciolina, como arte e que ele nem metia a mão para confeccionar, considerando que aquilo fosse arte), ou Damien Hisrts com sua 'genial' obra de um tubarão em conserva, também sobre o qual ele não pousou sua mão de 'gênio', mandou que funcionários dele fizessem a genial arte. Você orientou sobre pesquisar sobre a vida do Baskiat e isso me chamou a atenção, pois o que parece sustentar alguns artistas contemporâneos não é o virtuosismo, mas sua vida badalada e exótica, excêntrica; parece que misturaram as estações: porque existem histórias sobre a vida conturbada e muitas vezes fantásticas de um Michelangelo e um Da Vinci, que eram geniais no que faziam, hoje a exigência é primeiro ver a vida do artista e depois olhar a obra, quando deveria ser o inverso. James Gardner no final do livro Cultura ou Lixo? critica em uma frase afirmando que a arte deixaria de ser inexpressiva, quando deixasse de se levar tanto a sério (parafraseei o que ele escreveu, mas a ideia é essa). Os artistas sempre compuseram com um estudo sobre um tema, mas hoje parece que o tema é mais importante que o virtuosismo, a demonstração de capacidade técnica; hoje, o artista tendo algo para dizer (supondo que o tenha mesmo), cria qualquer monstrengo e os outros babam pela genialidade da obra, porque o artista tem uma história e recebeu aprovação dos críticos, como se estes fossem seres divinos e sem interesse ao aprovarem este ou aquele artista. Sobre Baskiat não esqueço de uma exposição que ocorreu no Brasil e um visitante ao ser entrevistado disse: "como é bom poder ver essas obras que valem milhões!". Percebe o tipo de aura que existe sobre as obras desses artistas? Vou dizer o que penso de Baskiat em uma comparação: se alguém danificar uma pintura de Da Vinci, por menor que seja o dano, todos vão notar e lamentar; se danificarem uma pintura de Baskia, provavelmente a maioria absoluta das pessoas não vão notar o dano e provavelmente ninguém lamentará, salvo algum pedante crítico da arte. Mas sou curioso, um dia procuro ler alguma coisa sobre ele, além daquilo que já conheço: de sua vida movimentada com famosos da época; não estaria aí uma das razões de sua 'genialidade'?
Concordo com tudo que escreveu, mas assim eu adoro as pinturas do Basquiat, não sei porque, acho umas bem legais outras nem tanto, mas gosto muito do que ele deixou pintado, mas também não acho que ele foi um gênio, mas o cara era foda. Adorei sua crítica. Quem me dera escrever assim.
@@silvioalves7005 Valeu! Voce nunca parou para pensar que a fama dele possa influir nessa admiraçao por algumas obras dele? Também admiro obras de alguns artistas que nao parecem ser tao virtuosos e fico na duvida se o gosto é sincero, por algum critério estético inconsciente (digamos assim), ou se o que determina inconscientemente esses meus gostos é a fama fo artista. Sempre procuro imaginar se minha admiraçao seria a mesma se a obra fosse de um iniciante, um desconhecido estudante de artes que estivesse expondo no terreo de uma faculdade de artes. Será que minha admiraçao seria a mesma? Claro, nao estou querendo dizer que seu gosto nao pode ser realmente sincero, mas corremos o risco quando por tras de uma obra existe um artista badalado.
Eu vi há muitos anos o filme sobre ele e estava muito empolgado. Eu vi a exposição e achei uma bosta, cheia de desenhos de criança . Mas depois de ver o documentário sobre ele começo a entender um pouco do seu estilo de pintura e suas críticas sociais. Mas tem muito quadro tosco demais pra elogiar. É uma mistura de respeito pelo artista mas não pela sua obra em si. Com certeza vou voltar na exposição pra tentar absorver com calma o que ele queria passar. O problema é que tem desenhos muito toscos que parecem rabisco de caderno. Difícil chamar de arte. Me parece uma modinha chamar ele de gênio. Mas enfim, depois volto pra comentar novamente. Abraço.
