Entre 2010 e 2011, alguns dos maiores jornais do mundo publicaram um material extenso sobre abusos de militares dos EUA no Iraque. Entre os 250 mil documentos expostos pelo WikiLeaks, estava um material de tortura do Exército utilizado no centro de detenção Guantánamo e até espionagem contra a ex-presidenta Dilma.
Por expor esses crimes - e não por cometê-los - o jornalista Julian Assange foi preso quatro anos atrás, em 11 de abril de 2019, no Reino Unido. Ele é alvo de uma perseguição do governo dos EUA e responde por 18 acusações de espionagem e vive sob a ameaça constante de extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a cumprir até 175 anos de prisão.
No fim do ano passado, os jornais que publicaram o material do WikiLeaks - o britânico The Guardian, o estadunidense The New York Times, o espanhol El País, o francês Le Monde e o alemão Der Spiegel - pediram em carta que os Estados Unidos derrubassem as acusações contra Assange.
Um dia depois, Lula, já eleito presidente, se juntou ao coro: "Que Assange seja solto de sua injusta prisão".
Entenda o que Assange revelou e por que ele é alvo de toda essa perseguição.
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10 апр 2023
