Muito sincero. Sujo, original, dá pra chamar de clássico? É novo mas me traz lembranças do passado. Parece um Corolla prata com a roda suja de barro: É elegante mas passa por lugares sujos.
Detesto vernissages hahaha. Daria um filme dos cineastas mortos Godard feat Lang "cavalo de fuga de Nike e de Lacoste" nos tempos em que a vida vale mais que a arte e é sentida pelas telas.
PAMPLONA- 00:00 Fartura, no mundo material A febre continua Flashing lights, fama, sexo Eu detesto vernissage, cavalo de fuga De Nike e de Lacoste Numa névoa densa de cineastas mortos Violência e performance Deuses canibais, vermelho Godard Sina e sinopse A vida inteira eu quis um verso sintético Amar mulheres, me sentir vivo A vida tem sido cruel comigo Menor, tô cinza, é muita bad vibe Cavalo de batalha, um duplo do Van Gogh Eu tô ligando o foda-se Ouvindo Confessions on a Dance Floor Tô de perfume Bvlgari E continuo lendo Michel Foucault Eu vou me levantar, lançar uma Caloi Confort Vou nem chamar ela pra ver o novo do Almodovar Em algum cinema em Botafogo Bagulho de hype acaba com meu estômago Eu perdi o sono mais uma noite Pra que seja visto por todos Londres, Paris, Roma, Manhattan, Recife Gás lacrimogêneo e crianças chorando Talheres de prata, arquitetura gótica, pérolas de plástico Eu andei por escombros, eu andei pela Augusta Eu vi pinturas e esculturas no MASP Hoje eu sou raridade na história da arte Com mil camadas de metalinguagem Ouço Madonna e ligo o foda-se Irremissível, intempestivo, uma dose de crueldade Sonhos, chuva, cinza, claro, intransponível
TAROT- 07:05 Sou o contorno entre os espaços Se você quiser de mim Muitas explicações, muitas perguntas Luta de classes; Uso o silêncio raro nos espaços Furo um bloqueio, centro em mim mesmo descompasso; Continuo centrado em mim mesmo Não pense em luta de classes Não pense em nada inteiro Só fragmentos. terreno escasso; Eu frustro, depois me desinteresso Cansaço; engodo; enjôo Saio, retorno, me percebo sem volta Daí me distraio Tenho fluxo travado. e eu não consigo dormir; Dói minha coluna, cismo com um texto Fujo ao contexto, depois saio Depois chove Controle; Eu abandono planos e projetos Qualquer coisa que gaste dinheiro Ou o domínio mínimo de uma tecnologia, seja necessário Eu não me inscrevo em editais Eu não vou na void Eu não gravo feat Eu não trabalho
TOTAL 90- 02:49 Sociedade que preserva arte mais do que a vida Eu fui dormir cedo e perdi o seu showzin' Eu vi umas cobertura na Viera Souto Cheguei em casa Pensando nisso Eu vi a Lindoneia Cheguei em casa Pensando nisso Uns colecionam arte Outros catam lixo Cozinha coletiva É melhor que tudo isso Chuveiro na rua Melhor que tudo isso Mas pra não fica nessa eu prefiro ver um Van Gogh Parar de falar disso Enquanto as barcante bebem whisky 12 na taça de vinho tinto Na calçada eu marco sol a pino Bebo café amargo Sozinho no salão vejo quadros do Cícеro Dias Alguns abstratos intensificam devirеs cósmicos Alguns figurativos me fazem sentir saudade Arquitetura produzida por mão de obra escravizada Do lado de fora pessoas apressadas Dramaturgia barra transversal catarse Necessário pensar a cor No cinema do Godard O uso inteligente do figurino Cenário Direção de arte e fotografia Um trap semiótico faz do materialismo histórico um estimulo estético
LYGIA- 09:17 Signos dançam, rotina cansa Retorno do caos, a silhueta de altos edifícios Eu saturado de dramaticidade e narrativa Desligado à noção de identidade Desintegração da persistência da memória Samples, colagens, por todas as partes Marcel Duchamp e Lygia Clark Remix do século XXI, o circuito de arte cansa Jovens pretas dançam, usam tranças Eu pio de Osklen Enquanto o dramatugo cava um buraco no chão e se afunda Um melodrama convencional Eu pio no instrumental mais raro, com os verso mais raro Eu mandei pelos ares o padrão de barra Vivências rara (Eu nunca sonhei com você) Sonhos são desfiles de carnaval, acabam na dispersão Certezas derretidas, futuros captados Corte e costura no tempo e espaço Arte da montagem Nós em The Neighbourhood Jovens pretos em fotografias analógicas Setenta e sete filmes pra ver Agora eu me sinto mais VJ, imã das minhas VS
SONHO- 11:08 Ao despertar deste sonho Des- des- deste sonh- Ao despertar deste sonho que me fa- Ao despertar deste sonho que me fa- Ao despertar Ao despertar deste sonho Des- des- deste sonh- Ao despertar deste sonho que me fa- Ao despertar deste sonho que me fa- Ao despertar Tungstênio, nostalgia Tirando deusas gregas de blocos de mármore Uma lide, contra o destino Flor de plástico na garrafa de vidro da coca-cola Eu fiz o mais difícil Mantive numa direção quando mudou o vento O corpo cansado, nenhum instrumento Quase sem estrela no céu Eu me alimento de Feline, astronomia Dos pratos do Basquiat, de Alfred Hitchcock Jersey Jow Walcott, Andy Warhol Salvador Dali, Henri Matisse Uma professora de filosofia leu Kant Todas as terças de noite Enquanto eu atravessava o mar de sono latente
SEVDALIZA- 5:14 Camisa de time rara Um dia de chuva, clássico O peso da rua combina com a noite de chuva Eu chamo de liberdade A inveja existe, eu tô ligado Eu não desisto, bagulho é que eu não desisto Meus versos simples, combinam c'a nota de galo Eu nunca desisto, por ser tudo o que eles nunca vão ser Por ver tudo o que eles nunca vão ver Eu nunca acredito no que eles dizem Nos meus sonhos, eu vejo os mortos Sou artista, sou filósofo Arte da montagem A vida é uma garota anarquista Arrastada pelo choque, e no final, ela escapa (VS) Blindado brota, eu sumo (sumo) Tô de track Mizuno Uma vida nojenta, sem luxo Todo dia, mãe de luto Recompensa, ver o mar Todo de Oskley, marolar Patricinha, se apaixonar Eu sou o demônio dos anos 2000 Piou meu UKDRILL Vale mais que fuzil A.K.A Fritz Lang
Estou escutando esse EP a 2 meses todos os dias, direto. Esse Yung vegan deve passar por muita coisa, que vivência. Obrigado por compartilhar a sua arte, sucesso (e se é isso que você quer mesmo). Abstrato e sincero!
"um gap semiótico faz do materialismo histórico estímulo estético": eis a estetização do cotidiano, explicada por meio de, como ele mesmo vai dizer em 'Polo USA, "rimas fáceis". Vegan gênio slk.
Mano, não sei como te dizer. A primeira vez que eu ouvi seu trampo eu desprezei, deixei para depois. Anos depois eu ouvi e acho que isso me salvou. Eu estava precisando disso, não posso te explicar agora, mas queria agradecer! Não pare, irmão.
total 90: sociedade que preserva arte mais do que a vida eu fui dormir cedo e perdi o seu showzin eu vi umas cobertura na viera souto cheguei em casa pensando nisso eu vi a lindoneia cheguei em casa pensando nisso uns colecionam arte outros catam lixo cozinha coletiva é melhor que tudo isso chuveiro na rua melhor que tudo isso mas pra nao fica nessa eu prefiro ver um van gogh parar de falar disso enquanto as barcante bebem whisky 12 na taça de vinho tinto na calçada eu marco sol a pino bebo cafe amargo sozinho no salao vejo quadros do cicero dias alguns abstratos intensificam deveres cosmicos alguns figurativos me fazem sentir saudade arquitetura produzida por mao de obra escravizada do lado de fora pessoas apressadas dramaturgia barra tranversal catarse necessario pensar po no cinema do godard o uso inteligente do figurino cenario direçao de arte e fotografia um trap semiotico faz do materialismo historico um estimulo estetico
Há de nascer um p/ igualar c o yung vegan na cena, as referências e estética desse maluco tá para além da matéria. Uma espécie de Tyler, the Creator Fanoniano com um tempero inigualável de pós-modernidade. Esse projeto é marcante p/ caralho p/ mim, vc é foda vegan, de fato