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Luzdia, professor Daniel, gostaria de saber se é possível o sr esclarecer e orientar sobre a gaiola de Faraday??? Explicar dimensões para criar uma proteção contra torres de celular????
Uma implicação dessa realidade é o livre arbítrio. Se o universo fosse determinístico não teríamos poder de decisão nenhuma, seríamos bolas de bilhar ricocheteando depois da primeira tacada. Como não há determinismo a nível subatômico, nosso pensamentos não são guiados somente por eventos pregressos, existindo a possibilidade de decidirmos como agir. O indeterminismo nos devolveu o livre arbítrio.
Falando da perturbação da observação (experimentação mensurada) sobre o que é por ela tomado como objeto, a diferença entre o experimento na física clássica e na física quântica NÃO é devida à dimensão macro dos objetos naquela e micro dos objetos nesta. É devida ao método, ou seja, à concepção teórica (teoria quântica) sobre o próprio objeto e sua expressão matemática, a montagem do experimento em decorrência das interações então supostas e a leitura interpretativa dos resultados. Como uma dessas duas físicas é “determinística” (supõe a estabilidade do espaço e do tempo do objeto, supõe-se que este se mantenha “encontrável” de uma observação a outra) e a outra, a física quântica é não-determinístca (não supõe garantia a identidade anteriormente observada), há uma diferença qualitativa (metodológica) radical entre as duas tradições científicas de que estamos falando. Isso é tão radical que, na verdade, seria mais adequado falar de dois “mundos” e não um só, de que as duas teorias estariam falando. Assim, a dita “alteração (perturbação) do objeto-mundo na interação do observador com ele” significa algo completamente diferente em um caso (experimento sob parâmetros da física clássica) e o outro (experimento sob os parâmetros da física quântica. Com todo o meu respeito ao professor.
"a dita “alteração (perturbação) do objeto-mundo na interação do observador com ele” significa algo completamente diferente em um caso (experimento sob parâmetros da física clássica) e o outro (experimento sob os parâmetros da física quântica. " Sim. estamos de acordo com isso. Mas eu tenho reservas ao propor uma separação epistemológica entre a teoria clássica e a teoria quântica, dado que a teoria quântica dá conta teoria clássica nos limites de grandes números quânticos (alta energia). Lembrando que o posto não se aplica. Desta forma, não posso buscar uma separação epistemologica radical entre as duas, mas sempre trabalhar na intersecção entre elas. em outras palavras, a teoria clássica é um caso especial da teoria quântica, portanto, a segunda deve explicar a primeira com seu próprio formalismo. O que ocorre é que a natureza determinista que aparece na teoria clássica é apenas uma "ilusão estatística" (no limite dos grandes números quânticos) que é perfeitamente prevista pela teoria quântica. No final estamos falando da mesma natureza.
@@fisicaprof.daniel Obrigado pela atenção de sua resposta e pela oportunidade de uma - ainda que curta - discussão acadêmica, atualmente rara. Falei, acima, de uma "diferença qualitativa (metodológica) radical entre as duas tradições científicas". Preferi essa expressão a algo como "separação epistemológica", que você usou. Continuo indo além dela. Entendendo "separação" como simples distinção, eu concordaria com o argumento de que a teoria quântica pode "entender" (falar, com sua própria linguagem) certas observações da "colega" que a precedeu, não ocorrendo o oposto. OK, eu posso entendê-lo por falar também seu idioma, além do meu que você não entende. Mas, no meu comentário inicial, a analogia do idioma não caberia, porque quando falei de diferença metodológica radical eu me referia ao próprio processo de construção de conhecimento que se propõe coerente e inteligível. Em disciplinas teóricas, o objeto é construído pela própria teoria. Ele será outro, se as teorias se constroem a partir de paradigmas diferentes de coerência interna e inteligibilidade, mesmo que ambas aceitem aceitem trabalhar - cada uma a seu modo - com o critério da verificabilidade experimental e com o "idioma" matemático. Voltando à analogia da comunicação entre dois falantes, acima usada, caberia aqui dizer que nenhum dos dois (física clássica e física teórica) entenderia o que o outro diz sobre algo observável se têm lógicas diferentes, constroem discursos com coerências internas diferentes, ou, ainda, linguagem com regras sintáticas diversas, mesmo que falando o mesmo idioma. Por isso mesmo é que não se pode dizer que uma teoria está "certa" e outra "errada", o que suporia estar-se usando uma lógica comum. Houve, entre as décadas de 1960 e 1970, uma discussão interessantíssima para esse nosso problema, que foi a da incomensurabilidade dos paradigmas científicos (impossibilidade de "se medirem", usarem cada um sua régua para falar do outro), surgida a partir das pesquisas históricas da ciência naquele século, mas sobretudo com o trabalho de Thomas Kuhn (A Estrutura das Revoluções Científicas, 1962), esse mesmo autor sendo um dos envolvidos na polêmica. Desculpe a extensão do comentário. Salvei vários de seus vídeos para rever depois, especialmente nessa questão da "realidade lá fora, independente de mim, observador", que estudo há vários anos - está aqui, diante de mim, o "Physics and Philosophy, the Revolution in Modern Science", do extraordinário Werner Heisenberg. Volto a agradecer-lhe a atenção.
É preciso ter cuidado (estar alerta para) a variedade polissêmica de “realidade”, porque, sem esclarecer primeiro isso, o significado desse termo pode, ao longo do vídeo, flutuar para o ouvinte não iniciado até que ao final dele consiga entender que se trata de um conceito diverso do que tem E QUE NÃO SE LHE ESTÁ PEDINDO QUE O REFORMULE OU A ELE RENUNCIE. Praticamos e cremos diariamente em “realidade” segundo o senso comum milenar, talvez burilado pelo física clássica que aprendemos na escola. Não é “a verdade” desta ideia tão familiar que está em questão. É outra concepção paralela que usa bases e termos diferentes, a rigor, uma outra coisa, prevenindo ilações do tipo teoria (a quântica) - prática. Dessa forma, uma mente “leiga” mas aberta e curiosa descobrirá aqui algo interessantíssimo. E depois, em uma segunda etapa, estará em condições de proceder ao desfazimento de mal-entendidos.
Concordo plenamente. Considero que esse foi um "erro" meu ao produzir esse vídeo, pois deveria ter iniciado já com uma definição mais rigorosa do conceito de realidade. Nos dois vídeos posteriores eu procuro corrigir esse erro. Obrigado pelo comentário.
Mesmo entendendo o que o professor quis dizer, não se pode falar adequadamente de “mundo” quântico, linguagem que pode ser enganosa por uma transposição semântica de “mundo” da física clássica ou do próprio senso comum para a física quântica. Adequadamente, pode-se falar apenas de fenômenos e sentenças da física quântica, porque esta é um sistema semântico fechado (auto referenciado), conjunto de significados de referidos que têm como referentes (códigos e gramática) apenas a matemática. É preciso ver e rever mais de uma vez o vídeo.
Olá Pedro. Inicialmente quero comentar que sua foto aqui me lembrou a capa icônica do álbum "Verde que te quero rosa" do Cartola. Interessante vc trazer a ideia de semântica pra discussão. Neils Bohr reivindica a questão semântica (na verdade, minha leitura é que ele se referia à questão semiótica, mais ampla) na discussão incial da primeira teoria quântica, lá na década de 1920. Inclusive ele manteve uma discussão acirrada com o Heisenbgerg exatamente sobre isso que vc comentou. Bohr defendia a ideia de que a compreensão qualitativa da teoria quântica deveria preceder o formalismo matemático, já Heisenberg defendia a ideia diametralmente oposta. Como meu objetivo neste canal é o de divulgação da teoria quântica para o público "comum", ou seja, não só pra físicos e matemáticos, com o objetivo específico de combater tanta desinformação que circula por aí referente a esse assunto, me posicionei pedagogica e epistemologicamente junto com Bohr.
Responda a minha pergunta! Quem foi você na vida passada? Sendo que dentro da física quântica avançada #você deixa os seus passos registrados na TERRA de 3D 😊😊😊😊
Segundo a Física Quântica se as coisas só estão lá quando tiver um observador, não se preoculpe, se sua mulher estiver dormindo com outro cara e você não estiver vendo a ação, a ação não está acontecendo e segundo esta realidade voce não é corno!
Professor, mas se a velocidade for nula, o comprimento de onda será infinito! Um objeto parado teria um comprimento de onda considerável. Ou essa velocidade é absoluta, nao relativa?
Excelente pergunta! A velocidade considerada na relação de de Broglie é sempre relativa, mas isso não importa. Pense que um objeto macro, se estiver a uma temperatura diferente de zero Kelvin, sempre terá uma velocidade que corresponde à velocidade de agitação das partículas que o compõe.
Professor, tenho uma dúvida! Mas se a velocidade tender a zero, o comprimento de onda tenderia ao infinito. Então se eu ficar parado terei um comprimento de onda considerável? Ou essa velocidade é absoluta, não relativa?
Excelente pergunta Guilherme! Pense que um objeto macro, se estiver a uma temperatura diferente de zero Kelvin, sempre terá uma velocidade que corresponde à velocidade de agitação das partículas que o compõe, independente do referencial (ou seja, independente se a velocidade é absoluta ou relativa).
Essa fala final de que as entidades quânticas não são ondas nem partículas, mas que a gente as estuda/interpreta dessa forma porque são os conceitos que temos disponíveis dentro da nossa realidade/mundo, foi brilhante e extremamente esclarecedora! Parabéns pelo vídeo, professor!
Então quando o fóton se comporta como onda no experimento da dupla fenda está em ambiente de escuridão total? Se tiver luz ele volta a se comportar como partícula?
Isso é válido pro elétron, não pro fóton. Aí sim, para o elétron apresentar o padrão ondulatório ele precisa estar num ambiente no qual não haja interação. Pode até haver alguma radiação alí, desde que o comprimento de onda não seja capaz de interagir com o elétron.
@@fisicaprof.daniel , obrigado pela resposta. Em relação a aqueles experimentos que detectam a passagem do elétron so mais adiante após ter sido criado um elétron gêmeo que altera a condição partícula/onda como se tivesse recuado no tempo. Qual a explicação para aquele fenômeno já que essa possível interação a qual o senhor se refere está acontecendo em um período futuro ao da leitura?
Boa noite professor Daniel, o conhecimento tem também um viés acumulativo, daí considero que esta possibilidade de Demócrito ter feito estas especulações empíricas, pode haver um nexo. Claro que decorrido tanto tempo fica muito difícil comprovar algo. Obrigado pelas excelentes aulas. excelente
Vai voltar a fazer vídeos novos? Ou só vai fazer esporádicos? Moço eu tava com saudades dos vídeos e já maratonei os antigos… o que falta pra voltar com todo gás?😊😊… toda semana vou estar por aqui👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Olá Ary. Minha ideia é intensificar a produção a partir de agora. Não prometo mas estou tentando. Inicialmente quero postar a cada 15 dias e num futuro próximo aumentar para uma postagem por semana.
Aí vemos um monte de religiosos, ignorantes ou de má fé, dizendo que a consciência altera a realidade quântica, como algo mágico, como se a própria partícula tivesse consciência de que está sendo " observada"!
Desculpa pela minha imensa ignorância, mas como a física quântica só é percebida em partículas extremamente pequenas, sendo que tudo é constituído por essas partículas, não muda nada na nossa percepção?
Professor, adorei sua didática mas fiquei confusa, a física quântica ajuda a compreender melhor a dupla fenda. Não sei o senhor acompanha o prof. Hélio Couto, mas ele quase que sugere esquecer a física clássica. Você conseguiria fazer um vídeo estabelecendo a diferença entre física quântica e mecânica quântica? São coisas extremamente importantes para compreensão do universo.
As pessoas são macroscópicas. A ideia discutida no vídeo é de que o mundo macro é realista. Porém a coisa é diferente no mundo atômico e sub atômico. O teorema de Bell se aplica nesse universo.
@@fisicaprof.daniel Isto que dá não assistir ao vídeo e já dar opinião.😅 Desculpe. Mas este problema já foi resolvido pelo professor Olavo de Carvalho, que eu entendi assim: Descartes cometeu um erro imbecil ao determinar que a mensuração é o aspecto objetivo das coisas na realidade e os aspectos sensíveis das coisas são subjetivas, e assim ele inverteu os critérios de objetividade, pois a medida é que é subjetiva, não está nas coisas; a medida não é nada mais que a comparação entre objetos, uma escala e o objeto medido. E disto resultou esta confusão.
Pelo que eu vi na série Cosmos 2020 - Mecânica Quântica, parece que este tema é um "pouquinho" mais profundo e ainda necessita muito estudo. O renomado cientista Neil Degrasse Tyson fala sobre os exaustivos testes realizados em avançados laboratórios sobre esse tema neste vídeo (assista): ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-Ms-CVF540fo.htmlsi=754XqOK4GwMB_VUN Mais à frente no vídeo (pena que ele não é completo), o Tyson propôs (não afirmou) a possibilidade de interferência das máquinas na medição. Porém, consequentemente surgiram as seguintes perguntas: - Por que isso acontece, o fóton agir como partícula quando medido e onda quando não medido? - Se o fóton é fundamentalmente uma partícula, então jamais criaria um padrão ondulatório, quer seja medido ou não. Por que isso? - Como cada um dos fótons sabe exatamente aonde ir, para que em grupo possam criar padrões de interferências ondulatórias? Infelizmente, ainda não existem respostas que sustentem explicações definitivas sobre este tema.
Um fato curioso é quando vamos para grandezas astronômicas, as propriedades da Física Quântica voltam a surtir efeito, fazendo uma comparação com o tunelamento quântico sendo a razão pela qual uma estrela não colapsa instantaneamente e muitas questóes astronômicas que estavam, até então, sem resposta, começam a ser elucidadas usando o modelo quântico. A própria descoberta dos Buracos Negros não se daria se não fosse por intermédio da Física Quântica e da Relativistica.
Professor, penso assim: Não podemos desvincular a partícula da sua energia. E=mc^2 Caso da bola: ela está envolvida com energia cinética. Ao bater no muro, parte dessa energia atravessa o muro por efeito vibratório, e consequentemente, em onda de pressão do ar. Ou seja, ouvimos o som no lado oposto. Conclusão: Se considerarmos o objeto físico como quantidade de movimento (mv), realmente, parte da desse objeto realmente transpõe a parede. Olhando dessa forma, não vejo estranhesa. Abraço
Olá Marcos. De fato, a dimensão ondulatória de uma partícula está vinculada à sua quantidade de movimento, conforme nos mostra a equação de de Broglie. Mas é preciso tomar muito cuidado pois no mundo macroscópico essa dimensão ondulatória é tão ridiculamente pequena que ela pode ser desprezada completamente. Por isso não vemos fenômenos de tunelamento no mundo macro. Já no universo atômico ou menor, essa dimensão ondulatória é significativa. O exemplo que vc deu, não se trata do próprio objeto atravessando a parede e sim de um efeito transmitido pela interação do objeto com a parede.
Por isso que eu não conto meus planos para as outras pessoas. Vai que a observação delas altera meus eletrons 🤣🫣🤡 piadas ruins a parte, parabens pela explicação maravilhosa. A melhor que eu ja vi ate agora
Todas as coisas compostas são impermanentes;todas as coisas são desprovidas de existência intrinseca;toda emoção é dor;a verdade final está além da nossa compreensão !Dongsar Chamiang Quientse.
Basta traçar um paralelo com a Física Clássica. Na Física Clássica, a Mecânica é o ramo da Física que estuda movimentos, velocidades, posições, interações causadas pelo contato físico entre corpos etc (alguns chamam de cinemática a parte de movimentos). Na Quântica é a mesma coisa... A Mecânica Quântica é um ramo da Física Quântica e tb estuda esses itens descritos acima. Como na Física Quântica praticamente tudo que se estuda é justamente o que está no campo da mecânica, tem-se que Física Quântica e Mecânica Quântica são nomenclaturas que acabam se confundindo.