Embora não seja profissional da sua área- como professora de Alemão tenho contato com profissionais e pessoalmente sou uma estudiosa do Jung.... Grata por trazer os " conceitos" de maneira - deutlich!
Série primorosa, Heráclito. Que tal uma reedição da Série, 6 anos depois, com uma atualização com mais exemplos práticos, históricos e clínicos? Valeu!
Prezado Heráclito, pensando aqui numa estrutura do Universo com suas diferentes camadas e a menção à "descrença" da Von Franz para relatos fantasmagóricos e afins parapsicológicos. A telepatia parece ser um fato científico, demonstrado inclusive pelo pesquisador F. B. Hine, cujo trabalho o Jung utiliza como referência no livro "Sincronicidade". O chamado 'fenômeno psi' é aceito pelo Jung num conjunto lógico que descarta a 'transmissão da energia'. Pergunta: se a Experiência Fora do Corpo (EFC) for um fato científico (como indicam pesquisas no Campo - dentre elas as realizadas na UFMG) teríamos - por rigor epistemológico - que tecer adendos ao nominalismo culto do nosso amigo? Entraríamos em enantiotropia se considerarmos a hipótese da existência da Alma como mais um corpo sutil objetivo (Hipótese do Segundo Corpo Objetivo do médico W. Veira) e, por consequência, considerar a existência de fantasmas? Frentes de Pesquisa em Física Quântica afirma a existência de Universos Paralelos que interferem nesse nosso Universo eletronótico (físico). Não haveria também outros, por assim dizer, corpos objetivos, ou seja, reais e sutis nesse vasto Campo que chamamos 'Inconsciente'? 😊
Será que essas tentativas de animes e retorno a Filosofia se deve ao que Jung disse no A Pratica da Psicoterapia sobre a falta de ligação com os instintos? W.H. Rivers, avaliou que alguns ex-combatentes de guerra não desenvolviam neurose mesmo tendo alguma parte física e o ter vivido uma guerra. Na religião, Jung diz que o ser é naturalmente religioso e algumas pessoas já questionam se a religião não seria instintiva. Cono conciliar o ser, a psique objetiva e o instinto? Os dias atuais, principalmente no caso do destaque do estoicismo, seria uma tentativa de negar a psique e retornar à Filosofia? Será que a Filosofia dá conta das questões psíquicas mesmo reconhecendo os instintos?
Tenho uma pergunta, Heráclito: conheço pessoas que parecem viver perfeitamente adaptadas (como se tivessem nascido sabendo exatamente o seu lugar no mundo), demonstram uma grande serenidade e parecem nunca ter enfrentado o lado feio e duro da psique. O processo de individuação pode ocorrer naturalmente, ao longo da vida?
(1h30) Nunca imaginei o quanto mulher se amarra em sapatos. Aquele fascínio da Penny por eles em The Big Bang Theory eu tomava por uma ficção humorística, mas agora estou pensando diferente. Só me pergunto o que faria um homem nessas condições bruscamente mudar de ideia e não se matar.
(1h19) A expressão inglesa "bootstraps" tem sido mesmo muito empregada em situações como esta faz gerações - mas a descrição em português "subir nos próprios ombros" para ver mais longe é de fato muito mais estética, muito mais bela.
Cáspita, sou colorado e nunca senti indisposição contra o Timao. Está certo que vivo em São Paulo, então tem pouquíssimos colorados ao meu redor. Ainda assim, o Corinthians é um time popular. Se ainda fosse o São Paulo ou mesmo o Palmeiras, eu entenderia melhor - acho.
Heráclito, como vc descobriu se é introvertido ou extrovertido ? Vc confia naquele teste do site do mbti das 16 personalidades ? Eu sinto que esse teste n é legal porém n tenho nenhuma base racional para isso, eu só sinto
Dps de uns seis meses, acho que estou começando a entender melhor a introversão e a extroversão, acho Jung bem organizado na estruturação da sua psicologia, o que facilita no entendimento da sua obra, mas essa coisa de tipos psicológicos acho bastante difícil de identificar na prática. Mas parece que estão ficando mais claras para mim as distinções, acho que a convivência com minha loucamente extrovertida está me permitindo visualizar melhor as coisas, só n fica totalmente claro para mim, ainda, a minha função
Jung recomenda usar Freud e Adler em alguns pacientes/situações, não? Chega a afirmar que para determinado paciente já recomendou a leitura de Freud... Isso sempre me deixou meio sem entender.
Pra entender isso é preciso cotejar o psicologia do ics com o Tipos e a Prática da Psicoterapia, pq na realidade ele está falando em uma diferença tipológica entre extorsão e introversão e em dois grandes grupos clínicos de neuróticos
Já que a complexidade da primeira parte do Tipos é algo patente, dada a sua importância, ela não seria digna de um tipo de guia introdutório demarcando com clareza os itens de conhecimento prévio necessários para que aquele que deseja lê-la possa formar-se devidamente? quanto ao Fausto, li alhures que haveria 24 cadernos manuscritos de Jung com reflexões sobre esta obra! Não sei se não se trata de (mais uma) lenda.
Ouro em pó, Heráclito. Da erudição expressa no simplicidade da partilha evidencio o contraste - inevitável ao Psiquismo Buscador - entre o "Autodesenvolvimento" Psíquico e o apelo gregário. Enviei um livro para ti, veja lá, macho! Força e Sabedoria no caminhar ♨
Chegou uma tradução da primeira edição do livro Frankenstein. Aprendi com o senhor que caracterizações facinhas apressadas do tipo "isso é anima", "aquilo é o Selbst" etc não são dignas da complexidade e da profundidade do pensamento de Jung. Ainda assim, a história de Mary Shelley com sua infeliz critaura epônima sempre me pareceu um reflexo da atividade do animus nela - nas suas proporções gigantescas inclusive, o gênio criativo duma mulher numa era em que isso era (bem estupidamente) inesperado - afinal era uma época em que comprar e vender escravos era coisa corriqueira, normal. Bom, seja como for, A CRIATURA DE FRANKENSTEIN SERIA UMA IMAGO MUITO DIGNA DUM PROGRAMA ESPECÍFICO COMO EXEMPLO DE ANIMUS NA SUA COMPLEXIDADE (POSITIVO? NEGATIVO?).
Muito Bom!! é incrível como essa premissa básica passa despercebida por muitos clínicos, a única realidade que verdadeiramente importa no processo terapêutico é a realidade psíquica
Uma live com exemplos positivos e negativos de anima e animus seria sensacional, no meu entender. Gratidão por mais esta live. Também proponho um clube de membros - finalmente eis um clube que me faria muito orgulhoso de ser sócio.
O que você acha do relato do Miguel Serrano na qual ele tem um encontro com Jung? Você Conhece? Jung explica para ele de maneira que soa poético o Opus Alquímico e cita até Hermann Hesse
Heráclito vc é incrível! Volte sempre com os vídeos, achei mto interessante a resposta à pergunta do debate do Jones X Kim Katapiroca (perdão o erro crasso), os debates me parecem mais uma demonstração de sofismo do que qualquer outra coisa. Vivemos em tempos estranhos…
Muito bom o vídeo! Você tem alguma indicação sobre ansiedade na perspectiva da psicologia analítica? E também como se dá esse processo de compreender o sintoma como objeto? No caso o próprio paciente faria essa crítica ou isso é construído junto com o psicólogo durante as sessões?
Sobre ansiedade especificamente não lembro de nenhum material, sobre o sintoma isso se dá dialeticamente e num primeiro momento a dialética acontece entre o paciente e o médico. E muito obrigado pelo elogio.
As vezes eu acho que isso não tem cura, já faz 10 anos que estou com depressão e a minha situação só piora, já tentei suicídio duas vezes, hoje em dia não tenho forças pra nada, até tomar um banho é uma tarefa difícil, e o pior de tudo é que isso é tão intenso que não consigo nem colocar em palavras, quero envelhecer logo morrer não aguento mais.
Eu lamento pela sua situação, qualquer palavra de consolo soaria vaã diante do seu sofrimento, mas o que posso fazer é lhe aconselhar a procurar psicoterapia
@@HeraclitoAragaoPinheiro muito obrigado. Eu procurei aqui e achei uma psicóloga junguiana na minha cidade, só não sei se ela é dessas que mistura psicologia analítica com "espiritualismo" moderno, infelizmente nem todo mundo leva a sério.
Agradeço a coragem de exposição com o próprio exemplo. A hipótese levantada sobre a frieza da faixa educação-trabalho-ciência é bem interessante. Valeu, Prof. Heráclito!
O tipo intuitivo percebe aquilo que está "implícito" e toma poder dos conteúdos relacionais daquilo com o conjunto de possibilidades (e impossibilidades) do objeto ou do sujeito (o fundo). Se a intuição fosse uma percepção através do inconsciente, então ele(a) não perceberia conscientemente aquilo que é intuido, portanto a intuição é 1. percepção imediata de algo, o nexo ou a presença; e 2. percepção das relações e circunstâncias, a intuição é a percepção simbólica, isso significa que de um certo signo (ou sinal) isto aponta ou indica para algo que transcende o próprio signo; por exemplo: qnto digo "Sócrates é mortal", vc tomou nota (conscientemente e imediatamente) de palavras articuladas em uma frase que representa (indica, sinaliza ou alude) à um Sócrates (real ou imaginário), etc., portanto a intuição é, digamos assim, a capacidade cognitiva consciente de, por meio de símbolos, sinais ou signos, expressar aquilo que não é ela, e sim o dado está configurado para além do sinal, isso significa que o intuir é a percepção do simbologia ou do signo, enquanto possibilidade "para além" do signo em si mesmo, ou seja, indica algo para além de si, e a intuição é aquilo que faz a parte de compreensão por meio dos nexos aquilo que é o potencial (não do signo ou sinal) mas do próprio objeto (ou sujeito), portanto a intuição é o "deslocamento" do simbologia ou signo para o real ou seja a compreensão ou insight de que o intuido irá ser representado por aquilo que ele não é, mas que por sua vez o que é será intuido pelo símbolo, por exemplo: esse desenho: 🌳, você dirá isto é uma árvore, mas você percebe que isto não é uma árvore de fato (empírica e concreta) e sim apenas um desenho (a representação de uma árvore, signo), e você percebe isso, a diferença entre um desenho (ou representação) por meio da intuição, mas você percebe está diferente por causa do signo e também por causa do significado, o que da a nós a compreensão do movimento e o dinamismo do mundo (a percepção por exemplo da passagem do tempo) é o que é a intuição. Sem a intuição não existiria a menor possibilidade de falar de algo que já se passou (por ex.: eu nasci) ou daquilo que pode me acontecer no futuro (..irei morrer), portanto, enquanto a percepção se "desloca no espaço" a intuição se "desloca no tempo".
Olha, tem muitos problemas no que vc escreveu, pra começar a sua noção de símbolo, mas a intuição é uma percepção via inconsciente pq ela se aliena do objeto e se fixa na fantasia ics sobre o objeto (no caso extrovertido) que traz, por exemplo, elementos subliminares aos quais a cs não tem acesso, eu lhe sugiro a leitira do tipos psicológicos do Jung, vai lhe esclarecer muita coisa, e por mais que o ics não seja diretamente acessível, seus conteúdos frequentemente aparevem a consciência, o que é fácil de demonstrar tornando inviável o seu primeiro argumento, mas é isso, leia tanto o tipos quanto o psicologia do inconsciente e o terceiro cao do meu livro o método de Jung, isso vai lhe ajudar a conoreender melhor
@@HeraclitoAragaoPinheiro Sim, vc está certo, tenho que estudar mais. O que eu queria dizer é que todas as funções psicológicos podem ser ics, e a função principal é a mais diferenciada, cs. [filosofia] a intuição é pré-analítico, o que pode ser apreendido imediatamente, a intuição designa a visão direta e imediata de uma realidade. A condição para que haja intuição é que não existam elementos intermediários que se interponham a essa “visão direta”. Kant: a _sensibilidade_ é nossa capacidade de experimentar diretamente as coisas particulares no tempo e no espaço, essa experiência direta ele chama _intuição_ ; foi comum, por isso, contrapor o pensar intuitivo, ao pensar discursivo, mas vários autores preferem contrapor a intuição à dedução (Descartes) ou ao conceito (Kant). A função principal: é a mais desenvolvida, mais diferenciada, utilizada de forma mais consciente. No livro _tipos psicológico 6 Carl Jung_ diz assim: "Isto significa que a função mais valorizada está consciente ao máximo e totalmente submetida ao controle da cs e da intenção consciente, enquanto as funções menos diferenciadas também são menos conscientes e, em parte, até ics e muito menos submetidas ao arbítrio consciente. A função mais valorizada é sempre expressão da personalidade consciente, de sua intenção.". O que pode ser ics é o objeto da intuição, seja a fantasia, os sonhos, as premonições, etc., e ela é em certo sentido incomunicável(a intuição por ser "oposta" ao conceito, como afirma Kant). O intuitivo é o indivíduo que está voltado para o que pode acontecer, ou como premonição do futuro, ou como percepção da latência das situações. As intuições aparecem, geralmente, sob forma de imagens, mas existem também sem imagens. A intuição do possível opera através da sensação, da percepção, e é aí que ela se torna aparentemente misteriosa, porque quando a intuição de uma possibilidade se traduz numa imagem, esta imagem é apenas um símbolo, não é a coisa percebida. A intuição é sempre consciente. Ela poderá ter como objetivo o material que está no subconsciente, no inconsciente: por exemplo, quando você tem intuição dos seus próprios estados a partir de imagens que lhe sobem à memória, à recordação. O que mudou foi o objeto, mas não a função.