O Daime Histórico é o seu canal principal sobre a Doutrina Tradicional do Daime. Por aqui, você terá acesso à Tradição Original do Daime e encontrará informações úteis e curiosidades sobre a formação histórica e ritualística da Doutrina. Também, entrevistas, registros documentais e muito conteúdo útil para os que querem conhecer a Doutrina Tradicional Original e manter vivo o legado do nosso Mestre Imperador.
Muito legal o video e relato doa senhores. Ja tive minhas experiencias com a ayahuasca, em oportunidades de estudo com os indigenas mesmo e no daime. Porem, o daime na minha regiao é só as linhas ecleticas. Tenho grande carinho pela doutrina, pelo mestre, sua obra, trabalho e historia, cheguei a cogitar internamente me fardar. Porem, algumas coisas na linha eclética me fizeram refletir e suspender este pensamento por ora. Principalmente o que foi comentado entre os minutos 38 e 39, ficar falando durante o trabalho por parte da dirigiencia. Ja vi dirigentes usarem desse momento para fazer recomendacoes, falar coisas de dogma e crenca, falar que "recebeu" do daime, da forca, do mestre, durante a concentracao algo e nao me senti confortável, pois, estamos em meio a nosso professos e efeito do dmt, qualquer palavra dita, influência muito, ainda mais, falar algo alegando ser do mestre, astral, por ai vai, a intencao pode ser boa, mas, no momento sinto que a linha ecletica mistura muita coisa, tem uma fascinacao pelo astral e pelo espiritual, e ficam alegando e justificando tudo como recebimento, mensagem, missão, justificativas e usam do mestre, do daime, e de supostas miracoes para justificar coisas. De qualquer modo, tenho grande carinho pela doutrina e como cristão, ela me aproximou do catolicismo com outro olhar. Se fosse seguir e praticar algo genuino cristao em nosso pais. Somente atraves do santo daime. Grande abraço
Gostaria de acrescentar que é absolutamente raro as passagens de limpezas, muito inclusive em função da forma original como se é feito o preparo do Daime na receita original do Mestre!
Excelente vídeo! O Eduardo Gabrich é sensacional. Serve de exemplo para toda a Irmandade. A cada palavra que troco com ele, aprendo alguma coisa diferente. Um Abraço fraternal, Edu. Deus abençoe.
Importantíssimo esse trabalho de resgate, reparação histórica talvez,,mas acho q nao se pode desclassificar a importancia de outros seguimentos qie acabaram colhendo tbm varios irmaos, existe, apesar de todas as problematicas, muitas curas e acolhimento, mas é preciso ter bem definido, o que é uma coisa e o que é outra, afinal o daime é toda essa cosmologia, independente do que pensamos, interesaante a fala do Gabrich quanto ao lado esotérico do centro do Mestre e o lado exotérico das igrejas que acabam sendo uma porta de entrada, aí vai de cada soldado ouvir a voz silenciosa do Mestre. Acompanhando daqui, parbéns pela iniciativa
Excelente apresentação com uma abordagem bem rica em informações relevantes. São pontos muito importantes a serem refletidos sobre este tema e o posicionamento dos entrevistados são bastante contundentes ao meu ver. Aprendo muito com essa conversa. Gostaria de enriquecer o debate dizendo dos enormes impactos ambientais causados pela produção descontrolada da ayahuasca nos territórios da Amazônia para fins comerciais. Essa prática desordenada tem posto uma escassez cada vez mais generalizada do cipó e da folha nas florestas colocando em risco essas próprias espécies nativas e causando enormes prejuízos ambientais. Isso porque o feitio comercial leva prioritariamente em conta o lucro através da mão da obra barata, da disponibilidade das plantas nativas sem a preocupação de praticar um manejo florestal e principalmente a inobservância dos princípios fundamentais do feitio. A maioria dos que fazem ayahuasca para vender não se preocupa com esses detalhes. E seguem fazendo assim porque há quem compra sem levar em conta essas mesmas observações. Então, mesmo quem compra sob a justificativa da necessidade deve minimamente se perguntar: A ayahuasca que eu compro é realmente sustentável? Está sendo produzida sob os parâmetros ambientais e princípios éticos adequados? A mesma pergunta se pode fazer aquele que toma esta mesma bebida. Esse ponto eu considero um dos mais importantes desse tema sobretudo pelo risco de extinção das espécies nativas da Amazônia e logo pela urgente necessidade de encontrar uma maneira de credibilizar os que fazem o feitio de modo sério e descredibilizar os que assim não fazem.
Notei que falaram sobre o silencio durante o feitio. Circulam muitos videos nos feitios com o pessoal cantando hinário. Isto não faz parte da tradicao e modelo original do alto santo?
Ola irmãos. Conheci alguns centros de daime, e nesse meio com o daime ou a ayahuasca é comum o pessoal dizer q "receberam na força", "receberam do daime ou do mestre". O que acham disso? Sei que há falando um bom portugues muita picaretagem nisso, então, como saber e dar credibilidade a isto ou a um centro?
Ótima conversa. Especialmente a abordagem do sr Cláudio que demonstra um notório conhecimento da fundamentação teórica das bases do trabalho do Mestre Irineu. É um conteúdo genuíno que merece ser compartilhado e amplamente divulgado sobretudo para ser um contraponto fundamental a ideologia do “santo daime em tudo se soma”. Por outro lado, eu insisto na neutralidade das críticas porque esse conteúdo é altamente relevante, e complexo para a realidade de muitas comunidades daimistas. É muito mais impactante quando o posicionamento dos entrevistados é menos provocador e mais assertivo. O projeto em si tem um potencial transformador das realidades no meu ponto de vista. Parabéns pela iniciativa dos organizadores.
Lembrando que o Mestre convida aqueles que compreender e quiser seguir com Ele. Vamos seguir! Graças a Deus as informações e o aprendizado estão mais acessíveis hoje com trabalhos como esse que estão fazendo, os livros de Paulo Moreira e esse vídeo que deixou muito claro em detalhes a estrutura uniforme de um centro que segui. Aqui seguimos da maneira mais próxima que as condições nos permitem. As dúvidas surgem mesmo é quando as necessidades de adaptação devido ao tamanho físico de salão, número de irmãos trabalhando e etc. Nesses momentos a necessidade da situação me põe a discernir oq é a estrutura da "casa" e oq é a cor da "tinta na parede". Embora unidade e uniformidade sejam notórias, nos ensinos e pela doutrina em seus serviços como o feitio, bailado e concentração
Olá pessoal,parabéns a todos pela iniciativa;importante para tirar algumas dúvidas que temos quanto os nossos estudos e dúvidas Gostaria de perguntar sobre o termo:alteração e expansão da consciência? Qual o o termo correto dizer?
Opa!! Grato por acompanhar os vídeos e participar. É certo que para você ter uma experiência mística ou divina, só é possível desde que você esteja em um estado alterado de consciência. Em nossa consciência comum cotidiana, não é possível o acesso. Tem-se portanto que um estado alterado é pré-requisito para uma experiência. Todavia, você pode estar em um estado alterado expandido, onde além da consciência de si, de seu corpo físico, do local onde tu se encontra tu também tens total consciência sobre toda a sua experiência. Chamamos então Expansão da Consciência. Ou então, você pode estar em um estado alterado distorcido, aonde a sua experiência é baseada em alucinações e fantasias por algum efeito químico, patológico, tóxico, etc. Temos portanto aqui a Distorção da Consciência.
Fiz 3 colheita em Mato Grosso, comodoro show.Ficou muito ótimo o vídeo sou de Curitiba ,onde eu frequentava a casa de feitio era de 12 bocas ,adorei o aprendizado
Olá palestrantes, bom dia! Importassímas estes temas e vídeos para nossos esclarecimentos que buscamos o autoconhecimento e informações que mais seja registrado a raiz da Doutrina do Mestre Irineu.Parabéns pela iniciativa. Gostaria de saber sobre o uso da termologia de qual o correto dizer:alteração da consciência ou a expansão da consciência? Quando tomamos Daime?
Creio ser este o tema de maior relevância dentro desse projeto de difusão da doutrina tradicional do Daime. E noto que o senhor Eduardo Gabrich tem muita propriedade pra falar desse assunto sobretudo pela sua própria trajetória de vida. É um assunto que merece ser tratado com muita seriedade e clareza principalmente porque ainda há muita confusão e falta de conhecimento por parte de muitos daimistas por aí a fora. Eu gostaria de deixar algumas questões a serem refletidas sobre esse assunto: 1 - O que um dirigente de um centro ou igreja que permite seus integrantes usar a canabis ou qualquer outra substância alteradora da consciência dentro de um trabalho pode fazer para abolir esse hábito entre os seus? De que maneira se poderá fazer essa transição? Como seria esse protocolo? 2 - O que fazer com um fardado ou visitante que, mesmo sabendo e acatando a expressa proibição do centro para não utilizar essas substâncias dentro de um trabalho, desacata tal ordem porque não consegue controlar o vício? Que protocolo poderia ser estabelecido para lidar com esse tipo de pessoa? 3 - Como um dirigente de centro poderá ajudar um adicto a essas substâncias que o procurará na intenção de pedir ajuda para livrar-se do vício? Que protocolo poderia ser estabelecido para este tipo de caso? Acho que essas três questões são fundamentais na reconstrução de qualquer coletivo que sinta a necessidade de abandonar o uso de outras substâncias misturadas com Daime. Mais que apontar a direção para estes, é também oferecer ferramentas que os ajudarão a reconstruir o caminho. Porque entre estes estão diferentes perfis com diferentes estágios de esclarecimentos: há os que sabem que não é por aí o caminho mas que intensionalmente querem se manter assim. Há os que estão aí sem saber e sem se dar conta de que o caminho não vai por aí. Há os que sabem mas não encontram as ferramentas mais apropriadas para conseguirem seguir o caminho de volta. E há os que sabem e possuem o domínio das ferramentas necessárias para reorientar o caminho. Por isso eu volto a afirmar que o senhor Eduardo tem conhecimento de causa porque ele viveu esses estágios e pode ajudar a reorientar esse caminho sobretudo para os mais jovens que são o futuro da doutrina e, infelizmente, as maiores vítimas da ideologia da "Santa Maria". Por outro lado, as críticas depreciativas ao outro são desnecessárias e contraproducentes. Se a proposta do canal é difundir a mensagem da doutrina tradicional para o maior número possível de daimistas, criticá-los depreciadamente vai produzir uma rejeição automática e descredibilizar todo o discurso. O outro, por si só, já se demonstra quem verdadeiramente é. Criticar não é o mesmo que se posicionar. O posicionamento é necessário mas a crítica não. Eu comento isso porque, eu como destinatário da mensagem, além da depreciação sinto um grau de superioridade vinda do emissor e tenho certeza que não é essa a intenção do discurso.
Exelente abordagem. Eu recordo a célebre frase de Leonardo da Vinci que disse que "a simplicidade é o mais alto degrau da sofisticação". A doutrina do nosso mestre é simples e, ao mesmo tempo, repleta de detalhes sofisticados que fazem dela uma obra autêntica e original. Nossa eterna reverência.
É muito interessante observar que em um primeiro momento esses termos e expressões parecem não terem tamanha relevância dentro da doutrina do nosso mestre. Mas é justamente nessa inobservância que eles vão sutilmente se modificando. É fato que a prática dos termos tradicionais demarcam uma diferença muito grande entre as duas linhas. Eu acrescentaria no rol dois termos a mais que eu já vi bastante popularizado: o hinário do Mestre Irineu como Cruzeiro e não Cruzeiro Universal e a reza do terço e não rosário. A parte, há outra curiosidade bastante polêmica com respeito a grafia da palavra Juramidam ou Juramidã. Eu particularmente ainda não tenho claro qual seria a correta mesmo adotando a primeira delas.
Ótima conversa. Eu conheci o senhor Eduardo na minha infância e adolescência desde os tempos que ele chegou no Alto Santo e um pouco mais tarde na comunidade Fortaleza. Meu avô sempre teve uma grande consideração pelo seu compadre querido, sobretudo pela grande amizade que tinha com ele. Eu fico positivamente impactado com sua exposição porque acompanhei um pouquinho a sua história. Mas essa é a primeira vez que eu escuto ele contar a sua própria versão dos fatos, que, por certo, me ajuda a entender melhor alguns posicionamentos por vezes “radicalizados” que ele assumiu nesse percurso. Os seus pontos inegociáveis tem bastante coerência quando se conhece um pouco melhor a sua própria trajetória. Seguirei acompanhando o canal. Um grande abraço
Caríssimo Berg. Que satisfação recebermos o seu comentário. Nós alegra muito saber que de alguma forma estamos unindo os bons! Deus te mantenha alegre sempre!!
Interessante essa discussão. Mas devo aqui levantar dois pontos: 1 - A linha do Santo Daime não afirma em momento nenhum que o Mestre usava Santa Maria, assim como vocês usaram os registros históricos e estatuto pra comprovar que o mestre não permitia o uso, poderiam ir atrás de documentos que comprovassem essas afirmações sobre a nossa linha. Assumimos que o Padrinho recebeu a revelação da Santa em sonho, mas só foi apresentado a ela quando o Lúcio foi se confessar sobre o vício na planta e ele disse que queria conhecê-la. Assim tendo a ciência de que se tratava da planta da revelação ele resolveu adotar pros trabalhos da nossa linha, separada do Alto Santo, mas ainda assim sendo a mesma doutrina deixada pelo nosso Mestre, sempre muito reverenciado inclusive em nossos hinários. 2 - Usamos a imagem sim do nosso Padrinho Sebastião mas, como ele mesmo sempre afirmou, não tem como ele se colocar à frente do Mestre Irineu, que foi quem mostrou a ele os primores. É sabido que o Mestre tinha confiança no Padrinho, tanto que permitiu que ele fizesse trabalhos em casa. Concluindo, quero dizer que acho muito importante essa discussão levantada, estou aprendendo bastante com as discussões trazidas aqui no canal, sou fardado na linha do Santo Daime, em São Luís - MA, no Céu das Águas Claras, onde reverenciamos o Mestre Irineu e o Padrinho Sebastião, mas sou um buscador e me interesso muito pela história do Mestre Irineu, principalmente por ser Maranhense e ter raizes na Baixada, região de origem dele. Mas principalmente pelo desembaraço da história que resultou na criação da linha em que me encontrei. E queria deixar também uma pergunta aqui pra saber sobre esse uso de “merla ritual”, pois nunca ouvi falar ou encontrei registros. Grande abraço!
O que é a Doutrina do Mestre? Talvez esta deva ser a primeira resposta que devas buscar. Para se afirmar: "eu sigo uma determinada doutrina", é imprescindível que eu entenda e pratique absolutamente todos os aspectos e ritos envolvidos nesta doutrina. Reverenciar um Mestre está muito distante do que segui-lo. Na medida em que se alteram estas características doutrinárias, e aí em nosso caso particular estamos falando de: Modo de preparo da bebida; calendário anual; forma de execução dos cantos e baile; arquitetura do centro e disposição das fileiras; característica das fardas; inclusão de substâncias e outros elementos litúrgicos; dentre inúmeros outros pormenores; é absolutamente fácil de se afirmar que não se trata da mesma Doutrina. Sobre o outro tema abordado, você mesmo poderá obter informações e se apropriar do assunto em conversa com antigos membros desta linha que você segue e que vivenciaram o crescimento deste movimento já ali nos primeiros anos da década de 80. Existe literatura disponível na forma de livros e artigos mas, para este episódio, nos baseamos na vivência particular de um dos entrevistado.
@@daimehistorico1971 sobre o primeiro tema, seguindo essa linha de raciocínio nem a dona Peregrina lá no Alto Santo é digna de dizer que está na doutrina do mestre, afinal ela não segue o calendário original e nem canta só os hinos dos companheiros e do mestre, nem o seu Luiz Mendes, nem a maioria das pessoas que conviveram com o Mestre e, naturalmente, por adquirir conhecimento o suficiente decidiram desdobrar a doutrina pra outros espaços. Inclusive, seguindo essa linha de raciocínio, temos aí entre vocês uma pessoa que faz trabalho no dia de São Francisco de Assis, alegando ser tradição da família dele (ora ora, outras casas não podem se utilizar do mesmo argumento e tradições não são criadas?). Muito inconsistente, absolutamente fácil de afirmar que não é a mesma doutrina quando se reivindica esse tipo de radicalismo. A doutrina também faz parte da cultura e toda cultura é pujante, muda, se adapta, principalmente quando se espalha. Sobre a segunda resposta, como é possível vocês não levarem em conta os relatos do seu Luiz Mendes sobre o que o mestre falou sobre a planta por não ter nada registrado oficialmente mas trazerem esse relato de um entrevistado baseado numa vivência? Só ha duas possibilidades aí: Estão chamando o senhor Luiz de mentiroso e usando da mentira pra criticar uma linha (não é o que eu acho que estão fazendo) Ou estão omitindo verdades pra corroborar com o argumento anti drogas de vocês. Fui buscar esses relatos a respeito da merla, mas só ouvi mesmo de gente mais antiga que eu na doutrina dizer que o Padrinho curtia usar algumas coisas e que possivelmente usou merla, todos afirmaram categoricamente que não foi em contexto ritual, mas, se caso foi de fato usada em contexto ritual, isso é um erro que foi corrigido, mas o que é usado em sua vida particular não interessa a ninguém, se foi de fato um momento da colônia 5 mil enquanto centro, ordem do comando superior, vocês tem toda a razão em criticar, mas se era algo usado recreativamente, a crítica é somente um conservadorismo infundado. Quero aqui agradecer pela resposta, acho o debate muito frutífero, gostaria inclusive de acompanhar mais pra saber das lives e queria deixar uma pergunta aqui ao senhor Eduardo Gabrich: Qual a sua visão do Padrinho Sebastião e as pessoas que lhe acolheram quando você chegou na 5 mil? Pois eu vejo que muitas críticas de vocês aqui se baseiam no convívio de casas do Sudeste, aqui no Nordeste não existe isso de não fazer/falar de dieta, misturar com xamanismo, usar São Pedro, Sananga, cogumelo, etc. E o que vocês acham do único centro de Daime em São Vicente Ferrer ser um céu? O que vocês acham da igreja Estrela Brilhante aqui em São Luís - MA, fundada pelo senhor Daniel Serra ter sido fundada com a ajuda do mesmo pessoal que ajudou o Céu de São Irineu? Qual a opinião de vocês sobre a estrela?
Caríssimo! Seguir em totalidade e rigor o calendário original deve ser aspecto indiscutível a um centro que se coloca como TRADICIONAL. Acrescentar alguns poucos trabalhos dentro da particularidade de cada centro, como no caso que citou, um trabalho de São Francisco, ou até mesmo o aniversário do seu dirigente ou o próprio aniversário do Centro, não descaracteriza o fato central de que o Calendario estabelecido pelo Mestre está sendo cumprido. Agora: - Mudar a data de uma concentração ou hinário para o fim de semana mais próximo, sim, isto é alterar um aspecto central da Doutrina; - Incluir nos hinarios cantados pela casa, em dias de trabalhos oficiais, hinários que invoquem seres, santos ou denominações que não são citadas nos hinários base da Doutrina, sim, isto é alterar um aspecto central da tradição; - Fazer uso, dentro dos trabalhos do centro, de um Daime preparado de forma diferente daquela estabelecida pelo Mestre, sim, isto é alterar um caráter irrevogável da Doutrina; - Mudar a disposição das filas de baile, sim, isso é uma alteração central impossível para um centro que pretende se colocar como seguidor da Doutrina original; - Fazer uso de qualquer outra substância alteradora de consciência juntamente com o Daime dentro de um trabalho oficial, é impossível até de se considerar que possa ter qualquer tipo de aproximação, menor que seja, com a Doutrina Original do Mestre. É satisfatório o fato de que você ja fez perguntas e pode começar a conhecer um pouco da questão do uso da Merla na história dessa linha eclética. Investigando um pouco mais e perguntando para pessoas antigas de outros centros é capaz ainda de tu se surpreender muito com o que aconteceu, mesmo até os últimos dias em vida do padrinho.
@@daimehistorico1971 desde quando encontrei este canal pude perceber que, de fato, algumas percepções que eu tinha a respeito do Santo Daime são reais fora do circuito norte/nordeste. Após descobrir essa discussão fui atrás das pessoas e também desses tais artigos, que vocês citam o conteúdo mas não apresentam aqui, aquele livro do senhor gideon lakotas parece ser a referência central quando se fala em uso de outras substâncias, a forma como se fala aqui no canal é exatamente como ele, só dizendo, sem encontrar muitas provas. Aonde fui encontrar uma passagem que de fato afirmava que o padrinho fazia uso de merla foi um trabalho da USP sobre Exu e Santo Daime, aonde a autora coloca um depoimento do Marco Gracie dizendo que o padrinho usava pra aliviar as dores do corpo e dizendo que o que era bom pra ele não era bom pro mundo. Só que atribuir o uso de cocaína à nossa linha por conta disso é absolutamente irresponsável, pois Santa Clara é uma santa católica, assim como vários outros que aparecem em hinários. Fui ler também “Santo Daime - Fanatismo e Lavagem Cerebral” e agora comecei “O consagrado defensor” esse último parece ser o único relato com seriedade suficiente para entender as contradições lá no início da linha.
Exato Duda. A Tradição é para ser aprendida, praticada e mantida em sua integralidade. É sempre atual e Imutável. Qualquer que pratique qualquer coisa fora dela, certamente pratica qualquer coisa que não ela.
Bom dia, Muito bom o assunto sobre as melodias dos hinos, poderia fazer um audioteca com as gravações mais parecidas como era cantado no tempo do Mestre.
Muito esclarecedor mas é preciso lembrar que esse estatuto não foi escrito por Raimundo Irineu Serra; foi sim oficializado com ele em vida mas existem registros de que ele não ficou 100% satisfeito não (mas se ele oficializou quer dizer que ele estava de acordo com boa parte do que estava escrito ali). Outra coisa é que esse estatuto sofreu algumas alterações depois de 1971.
Ter falhado o sinal para fechar o episódio não impediu de deixar claro a seriedade com que se respeita uma verdadeira doutrina, a realidade dos custos da manutenção da sede de um centro e do reinado. E a diferença entre comercialização que visa lucro e a colaboração ou cooperação entre centros que visam o mesmo propósito. A resolução do CONAD é bastante clara
Pessoal eu teria muitaaaaa coisa para pontuar sobre esse tema kkkk mas ia ficar muito extenso. Mas modo geral, eu venho de uma formacao de umbanda [raiz] e de um fardamento do daime a qual me aproximei dos estudos do Mestre. Nao coloco como um interdito da pessoa "nao poder seguir 2 escolas espirituais". Mas a pergunta que ninguem faz... dao conta de fazer com zelo os 2 caminhos? Nao dao. Daime tem calendario. Umbanda tem as obrigacoes. Normalmente nessas casas universalistas nao fazem calendário e eu sou a chata que digo "entao nao é daime". Ou você segue varios caminhos dando conta realmente ou ta em falta com todos eles. Eu nao dei conta. Quando a gente se poe a estudar [ensaio, leituras, trabalhos] ja é muita ciencia. Nao vou nem entrar no xamanismo norte americano usando medicinas sul americanas sem nenhum conhecimento dos povos originários daqui. Enfim....sao muitasss questoes. So tiro por mim...quando mais simples, mais da fonte voce vai beber. E mais voce aprofunda. E mais lapida seu trabalho espiritual. Se tem muita coisa, nao faz e nao estuda o fundamento. Mas é isso. Nao to dizendo que "quem segue a linha tradicional" seja preconceituoso, antes disso, entende a profundidade de cada caminho. ❤😊
Caríssimo @marcoslimpohj. Esse será o primeiro encontro nacional dos Centros que praticam a Doutrina Tradicional do Daime, conforme legado pelo nosso Mestre Juramidã. É um movimento de união destes Centros Tradicionais no sentido de aprofundar os estudos da Doutrina e de se organizarem para construir uma rede de apoio e fortalecimento conjunto. Caso seu centro trabalhe nesta linha e queira inscrevê-lo, entre em contato pelo email: daimehistorico@gmail.com
Sim! O Sr. Francisco Granjeito utilizou este termo em seu hinário e também, no próprio Estatuto de Fundação do CICLU, o termo Santo Daime foi aplicado várias vezes. A questão central então são duas: Este hino do Granjeito foi recebido somente após a passagem do Mestre e o Estatuto do CICLU foi elaborado por um de seus seguidores e publicado somente nos últimos meses de vida do Mestre. Fora isso, não existe nenhuma outra referência ao uso do termo Santo Daime em todo o período de formação da Doutrina (entre as décadas de 30 e 70). É fácil perceber então que não era comum e nem prática da irmandade, nos tempos de vida do Mestre, utilizar este termo como referência ou como prática no dia a dia. Também não existe referência a este termo em nenhum outro documento ou em nenhum outro dos hinários bases da Doutrina (Vós Sois Baliza, O Cruzeiro, Seis de Janeiro, O Mensageiro e Amor Divino)
Seo José Vieira, o redator do estatuto talvez tenha sido um dos primeiros a usarem o termo no estatuto, seo Granjeiro recebe conviveu no ponto que existia em rondônia, onde Jose Vieira frequntava, os primeiros a usarem o termo eclético tbm, q mais tarde seriam.termos adotados pelo "pessoal do padrinho", Santo Daime e eclético...livro eu nao estando como é fala sobre esaas fontes históricas
Penso que a resposta é mais simples e prática. A chave para entender esta questão está na segunda estrofe: "O Mestre manda que eu forme, a esquerda do General". Com referência claro ao bailado, aonde todos se colocam à esquerda do General que está sempre mais a direita do que todos os soldados que entram em forma no batalhão. Estar na esquerda então é tão somente isto, se colocar na esquerda do Mestre em suas fileiras.
@@daimehistorico1971 agradeço muito os esclarecimentos perfeitos, poderia fazer uma pergunta que é a seguinte o quer dizer depois que desencarna firmeza no coração se Deus te der licença volta outra encarnação? No sentido do princípio Espírita?
Está também é uma menção direta e clara afirmando que a Doutrina estabelece a reencarnação como uma possibilidade, desde que sendo da vontade e propósito do Divino Pai Eterno e em conformidade com a sua lei.
Talvez o tema merecesse um estudo mais aprofundado, o hino pode ter outras interpretações, talvez o que o mestre quiz dizer seria a encarnação na pátria celestial, acredito que todos que seguirem o que o mestre ensinou na terra não voltarão jamais
Parabéns pelo trabalho de vocês! Gostaria de saber se o Mestre usava tabaco. Há uma foto bem conhecida dele com um cigarro na boca. Vocês poderiam falar sobre o "daime curado do Mestre"?
Olá @jonasstocker. Sim! É perfeitamente sabido e público que o Mestre fazia uso do tabaco, tanto na forma de fumo quanto na forma de rapé. O rapé, conforme o livro Eu venho de longe do pesquisador Paulo Moreira, é de fórmula específica citada e sem o uso de qualquer instrumento de sopro. Também, em relação ao fumo, o mestre tinha preferência pelo charuto, e pelo que consta, ele próprio cultivava o seu tabaco, consumindo assim um tabaco puro e "forte" que era o termo que descrevia que era um produto natural. Em questão ao "Daime Batizado", há inúmeros relatos de que, por vezes, o Mestre fazia uso em algumas situações durante as sessões, ou para cortar a borracheira de um irmão que estava em uma determinada situação, ou sobre a cabeça de um irmão no sentido de reforçar uma cura, ou baforando a própria fumaça dentro do copo de Daime antes de servi-lo. Mas isso era coisa do Mestre!
Até onde pudemos pesquisar, essa história parece se tratar de uma suposta comunicação pessoal entre os dois, sem qualquer outra afirmação pública, e sem nenhuma outra comunicação ou registro que reforce isso. Como compartilhado no vídeo, todos os registros, documentos e a própria postura dos seguidores deixam claro que a questão do uso de drogas era tida como um comportamento não adequado para aqueles que buscam uma vida direita nesta Doutrina.
Gostei muito dos assuntos. Gostaria de saber, se vocês podem falar sobre a questão do dinheiro na doutrina. O dinheiro comprou a morte de Cristo e até hoje continua comprando. Acho que onde entra o dinheiro não tem doutrina ou seja cobrança pra poder tomar o daime. Cada um dá o que tem não precisa ninguém dizer, e dinheiro não compra salvação.
Ola @feliperoedel7474! Grato por estar nos acompanhando! Certamente este é um excelente tema para abordarmos! Já está registrado aqui para falarmos em breve sobre isto!
Quando tive a oportunidade de conhecer a bebida e estava desejando um caminho espiritual que me ajudasse a ser melhor, mas ouvi falar que fumavam maconha, de uma forma ritualística.... Só pensei que pra mim não serviria, pois já conhecia a maconha em um passado da minha vida e nada tinha a me acrescentar. Graças a Deus não aceitei o convite, embora quisesse bastante tomar o Daime, pois tinha alguma ciência de seus benefícios. Posteriormente pude conhecer a doutrina em sua forma original. Que presente divino o nosso mestre nos deixou. Um jardim de belas flores
Que legal, e viva os escritores que produzem livros e dão caminhos! Parabéns Eduardo, pela sua missão que continua dando luz para humanidade com a doutrina querida do nosso Mestre Irineu!
A Missa sempre é executada à capela sem acompanhamento de qualquer instrumento ou maracá! As missas do Calendário Tradicional são apenas 2, a executada no dia 06/07, dia da Passagem do Mestre e a do dia 02/11, dia de finados. Não se faz execução da missa na Sexta-Feira Santa
@@daimehistorico1971 obrigado, desculpe por me expressar mal, na sexta-feira santa quando é cantado os hinos das mulheres, é feito a capela e com maracá?
Vocês na passagem do Mestre abre a missa com o terço....depois vocês abrem com terço de novo para iniciar o bailado do Cruzeiro? Ex: "Terço + Missa" seguido de "Terço + Hinário" ?? A mesma pergunta para Todos os Santos e Finados, Ex: "Terço + Hinários dos Companheiros" seguido de "Terço + Missa"?
Exato!!!! Ainda hoje lá em Rio Branco, para os Centros que orbitam ali o Bairro Irineu Serra (Alto Santo, Rainha da Floresta, Ceflimav), a Missa do dia de Passagens do Mestre é executado às 16hs no túmulo do Mestre. Então, nessa hora, faz-se o terço e logo em seguida a missa. Daí, lá adiante às 19hs é que se faz o terço para abrir o hinário. Como aqui para os centros das outras regiões do Brasil executamos a missa pouco antes do hinário, fazemos como você indicou: Terço + missa e logo em seguida Terço + Hinário.
Pessoal, como percebem esse resgate de "linha tradicional" sendo que o Alto Santo não tem filiados e ligação direta com nenhum centro? E lá seria essa referência dessa linha?
Exato!! O Alto Santo, na figura da dignitária do Mestre, a Senhora Peregrina Gomes Serra, e de sua assessoria, não tem nenhum outro centro como filiado ou mesmo com qualquer outro vínculo seja administrativo ou doutrinário. Para os estudos e gravações deste canal, a nossa referência está naquilo que temos de registro e referências de como as coisas aconteciam na Doutrina até o dia 06 de julho de 1971. Claro que exercemos profundo respeito e reconhecemos a autoridade de Dona Peregrina e assim, também, temos o Alto Santo como referência de estudos, mas será possível perceber que, por vezes, o conteúdo estará pouco divergente de como as coisas são praticadas hoje no Alto Santo, como por exemplo, a própria questão do Calendário. Lá temos a execução de outros trabalhos de hinários que não foram citados nesta gravação.
Eu me encontrei nesse calendário enxuto. Vivi ele por um ano por completo. Mestre deixava o tempo para a vida, família, amigos, trabalho, descanso....tudo com seu tempo e organização! Concordo "se dermos conta do arroz com feijão"....eu percebi que já era muito esse arroz com feijão. kkk
Estou grato por compartilharem assuntos sobre a originalidade da doutrina. Gostaria de aprender mais sobre o layout salão e os formatos de organização estrutural da sede.
Olá @marcoslimpohj. Grato por acompanhar o canal!! Este tema está relacionado para ser conversado em um dos próximos episódios. Continue nos acompanhando que em breve falaremos sobre isto!!
