Felipe, você interpreta que o pequeno príncipe morreu (deixou de existir e talvez tenha ido para o “paraíso”) ou que ele tenha deixado o corpo na terra e voltado para o seu planeta? Poderia me explicar para que eu possa entender melhor, por gentileza?
Boa noite, Eduarda! Tudo bem? Excelente pergunta! As duas interpretações são possíveis, sendo a morte literal uma forma de transcender, o encerramento do ciclo da vida, e a morte como retorno ao seu planeta uma possibilidade mais poética por considerarmos que o Pequeno Príncipe não é uma pessoa física como nós, mas uma representação da nossa essência. Entre as duas interpretações, eu "escolho" crer que ele volta ao seu planeta e reencontra a sua Rosa, que já dava sinais de maturidade e de ter percebido o amor dos dois quando eles se despediram. Escolho essa interpretação por muitos motivos: ele encontra a Serpente debaixo do local onde fica seu planeta, o que indica sua intenção de voltar, o fato de ele ter partido como luz e o fato de o alimento que nutre ele ser aquele bom para o coração, não por uma necessidade fisiológica. Por exemplo, a água que ele bebeu com o Aviador não foi por necessidade fisiológica, mesmo estando no meio do deserto! Mas sua alma foi alimentada pela caminhada e pelo canto da roldana. Ainda assim, não ignoro a outra interpretação, somente por não ser a minha preferida. Acho ela essencial pra percebermos que aquele que não está mais no mesmo plano físico que a gente (seja por ir ao "paraíso" ou retornando ao asteroide b612), continua sendo responsável por ter nos cativado, da mesma forma que o Pequeno Príncipe é responsável pelo Aviador quando dá a ele de presente as estrelas que riem só para ele. Por isso nós somos eternamente responsáveis por quem cativamos e também por aqueles que nos cativaram (mantendo as memórias afetivas), mesmo após o fechamento de um ciclo. Claro que tudo isso parte da minha interpretação do livro, pois não temos uma análise do Saint-Exupéry falando... Cada um pode enxergar o Pequeno Príncipe de uma forma diferente. Para você, o que faz mais sentido? Eu gostaria de te convidar também para seguir a página no Instagram @reflexoesdopequenoprincipe. Nela eu vou começar a postar em Outubro uma série de vídeos curtos para cada capítulo do livro, (alguns capítulos vão receber mais de um vídeo). Estou me preparando muito pra isso, lendo, escrevendo roteiro, e em breve gravando. Espero que goste! Abraços!
😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂... faltou o resto da história... e a moral da história não é essa ... Precisamos as vezes do lobo mau... porque ovelhas não vencem lobos... E sem abraço de urso... Que tb tem um significado de traição .
Agradeço seu comentário, Rony, mas acredito que é possível nos defendermos com bondade, até para não nos tornarmos iguais a quem nos faz o mal. É uma baita luta interna e eu respeito todas as perspectivas, mas sempre, enquanto eu for dono da minha consciência, vou buscar não me igualar aos agressores, ainda que sem ser trouxa. Quanto a moral não ser essa, bem, de fato, nenhuma boa história se fecha em uma única moral. Qual seria a sua? E qual o resto da história ao qual você se refere? E quanto ao abraço de urso, é a mesma coisa do lado bom x mau... Pode significar o carinho a quem se estima, mas um golpe... Foi boa sua ligação com essa história e cada um recebe o abraço de urso mais adequado. Abraços e bom final de semana!
Obrigado pela sugestão, Alvin, estou remodelando o canal e colocarei as fontes nos próximos vídeos! Pra esse vídeo em especial, a fonte principal foi um artigo de TCC sobre o Pequeno Príncipe, além de algumas matérias que eu havia lido. Precioso feedback, amigo, nas próximas deixo aqui as fontes.
Eu vi um filme recentemente: " UMA VIDA - A HISTÓRIA DE NICHOLAS WINTON " que mostra exatamente isso! A consciência é mais importante que as regras! Sermos seres que pensam/ refletem é o que nos torna humanos! Linda história ❤👏👏👏
Olá, Felipe. Tudo bem? Conheci ontem, ao acaso, o seu canal no RU-vid. Eu estava ouvindo as canções do Neil Diamond para o filme "Jonathan Livingston Seagull", que eu assisti no cinema uns 100 atrás. Gostei das suas reflexões e fiquei intrigado com a sua semelhança com um amigo que trabalhou comigo, em 1985, na Carteira de Câmbio do antigo Banco Nacional. Esse amigo chama-se Nelson Rosenvald. Ele morava em Copacabana. Você é parente dele? Você é idêntico ao Nelsinho de 1985!! Caso você não seja parente dele, peço mil desculpas, mas a sua semelhança com ele é impressionante. Meu nome é Milton. Abraços.
Boa noite, Milton, tudo bem? Sim, o Nelson é o meu tio! Que coincidência enorme vocês terem trabalhado juntos!! Ele se lembra de você e disse que você é educadíssimo (o que dá pra perceber!) Agradeço o seu relato e o comentário! Tenha um ótimo domingo, Milton!
@@FelipeRosenvald Olá, Felipe. Obrigado por responder. Poxa, que ótimo que eu tenha "esbarrado" com o seu canal. O seu tio é um cara muito especial. Mesmo tendo ele saído do banco ainda na década de 1980, todos nós lembramos dele com muito carinho. Você é a cópia do Nelsinho... a voz, o sorriso, o jeito... é uma semelhança incrível. Quando você o vir ou falar com o Nelsinho, diga que mandei um grande abraço para ele, ok? Continuarei acompanhando se canal. Grande abraço!!
Nossa! Emocionante! Desde a reflexão da eternidade do outro em nossos corações (criando memórias), como o tempo/afeto doado através do livro/anel físico e invisível. Algo se passa que nos escapa mas permanece em nossos corações! Ah! E a dedicatória? Você ter nos trazido algo que tão bem representou esse movimento, um belo paradoxo, a materialização do invisível (livro/anel) que é passado sempre adiante, não fica com ninguém e se torna eterno no coração de todos! Me lembrou uma brincadeira da minha infância "passa anel". O anel não ficava com ninguém. Mas quem o recebia, sentia uma sensação maravilhosa, um afeto com responsabilidade de passar adiante. Parabéns meu filho! Lindo vídeo!
Obrigado pelo lindo comentário, mãe! O paradoxo do jogo do anel é muito interessante, é a falta na presença, o longe como um lugar que não existe. Você captou perfeitamente a mensagem que o livro quis passar! E de forma tão lúdica, na beleza do infantil!! A eternidade é tão alcançável quanto o anel que se passa e que está sempre sendo passado, de amigo a amigo, de parente a parente e daí por diante. Aquele que não passa jamais conhecerá a sensação que as crianças descobrem tão cedo e os adultos custam a aprender tão tarde!
Se tiver uma oportunidade, leia ou releia o livro do Pequeno Príncipe que você descobrirá uma imensidão de significados. Eu gostaria de ter um pingo do talento de Saint-Exupéry para trazer eles aqui! Espero que goste. Muito obrigado pelo seu comentário 🙏
A mensagem que vc trás neste vídeo é muito importante pra nós na atualidade. Principalmente nesta era digital, onde os encontros presenciais são cada vez mais raros. Isto gera muitos problemas de ordem emocional à meu ver. Estar com pessoas que gostamos é muito importante e sempre nos supre de alguma forma, a nossa fome de efetos, de experiêcias, daquilo que só os encontros promovem que é o lado inédito das interações presenciais da nossa vida e que nos enriquece profundamente. Parabéns!
Perfeito! Se eu tivesse pensado com essa clareza, adoraria ter abordado essa questão do digital x presencial. Ainda que o digital traga calor pra momentos de impossibilidade de se estar juntos, nada se compara à troca através da proximidade física quando se é possível. Nosso coração fica mais quente quando ao encontro de quem se ama :)
A frase que resume a oferta da serpente, pra mim eu acho que é do pó nos viemos e para o pó voltaremos,porq isso ela disse te levo para a terra de onde veio.
Segundo ela, devemos seguir nossos sentimentos e valorizar o que carregamos no coração. A metáfora da raposa sugere que devemos priorizar o que é essencial, deixando de lado as superficialidades.
Sim, amigo, tudo aquilo em que não empregamos o nosso tempo, a nossa paixão, ou simplesmente não nos evoca beleza... Acaba sendo algo superficial! Mas quando dedicamos nosso tempo, nosso amor, ou simplesmente nos é belo como um pôr-do-sol... Ah, aí estamos enxergando o essencial! Obrigado pela presença aqui no canal, sempre enriquecendo os vídeos com seus comentários! 🙏
O Pequeno Príncipe e sua influência na redefinição do termo ‘infantil’, que normalmente é associado à imaturidade ou ingenuidade. O vídeo propõe uma visão mais profunda da palavra. O personagem principal da história, o Pequeno Príncipe, representa a responsabilidade das crianças, em contraste com a dos adultos. O vídeo destaca que as crianças têm a responsabilidade de se preocupar com os outros, expressa através da dedicação do livro a Léon Werth, um amigo de Saint-Exupéry que enfrentou a perseguição nazista. Esse cuidado é uma responsabilidade assumida pelas crianças, contrastando com a negligência dos adultos em relação às pessoas e ao meio ambiente ao seu redor. A analogia com o negociante que conta as estrelas pra reivindicar a propriedade delas, mas sem um propósito real, exemplifica a inutilidade de ações sem um sentido de responsabilidade. A crescente negligência dos adultos é ilustrada pelo exemplo do homem que não cuida adequadamente de seu planeta, permitindo que os três arbustos cresçam em baobás. Essa metáfora representa os problemas que crescem quando não são devidamente cuidados. A comparação com a transformação da borboleta é usada pra explorar a relação entre crescimento pessoal e responsabilidade. Assim como a borboleta sai da crisálida, as pessoas devem deixar pra trás seus hábitos infantis e evoluir pra um estágio mais responsável. No entanto, isso não significa abandonar totalmente a criança interior, mas sim cultivá-la e protegê-la. Em conclusão, o vídeo questiona o significado de ‘infantil’ e como ele é retratado em ‘O Pequeno Príncipe’. Ao mesmo tempo, aborda os desafios de assumir responsabilidades e o papel da transformação pessoal no processo de amadurecimento, deixando claro que a criança interior deve ser nutrida e protegida.
Perfeita interpretação, meu amigo. Concordo totalmente com a percepção de que deixar para trás os hábitos infantis e tornar-se responsável não significa abandonar a criança interior, mas cultivá-la e protegê-la! Fico encantado com o quanto você captura a essência dos vídeos que posto, sua visão é muito sensível!! Agradeço por acompanhar meus vídeos!
Nossa!!! Não sabia que a frase: "Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós" é de Saint- Exupery! Sensacional! Que mensagem!!! Você voltou com tudo, hehe Amoooo
Meu amigo, estou encantado com a leitura do "Cidadela". Há algumas passagens com as quais eu discordo, mas há outras que parecem ter sido enviadas lá de Cima pra me auxiliar nessa breve jornada que chamamos de vida. Sugiro muito a leitura e assim que eu me aprofundar mais nela, definitivamente trarei análises aqui para o canal. Além, claro, de trazer alguns trechos em vídeos do Pequeno Príncipe. E concordamos que o Pequeno Príncipe é um livro pra todas as idades, fico feliz por isso!
Nunca podemos nos esquecer que já formos crianças. Estou feliz que você esteja bem, ao mesmo tempo me entristece que seus planos tenham sido frustrados e por toda questão da guerra. Que assim como Saint-Exupéry, que a gente consiga manter a fé nesses tempos onde o ódio tem se proliferado. O mundo seria melhor se mais pessoas pudessem enxergar a própria criancinha interior pedindo por um desenho de carneiro.
Boa tarde, meu amigo! Quanto tempo que não nos falamos, eu espero que esteja tudo bem com você. É uma pena mesmo que a grande maioria dos adultos tenha esquecido que um dia já foi criança, mas isso não pode ser motivo para que a gente se esqueça também. Na verdade, é um ótimo motivo para lembrarmos elas disso, o que acredito ser o maior objetivo desse canal hoje. Em breve desejo criar também um Instagram para trazer essas reflexões, mas ainda estou tomando coragem porque não é exatamente a minha rede social favorita - eu gosto mesmo é do RU-vid. Seus comentários são sempre muito sensíveis e é um prazer enorme pra mim receber essa sua mensagem. Lhe agradeço muito!
Este vídeo é, sem dúvida, uma bela homenagem à obra ‘O Pequeno Príncipe’, do autor Antoine de Saint-Exupéry. A exploração da vulnerabilidade como um caminho para redescobrir a beleza e a essência do ser humano é uma mensagem profunda e poderosa que pode inspirar os espectadores. A contextualização histórica da dedicatória do livro revela uma conexão profunda entre o autor e sua obra. Saint-Exupéry, tendo vivido momentos de grande vulnerabilidade durante as guerras, parece ter encontrado no Pequeno Príncipe uma forma de expressar seu próprio processo de transformação pessoal. A relevância da criança interior, aquilo que nos mantém conectados com o que é essencial em nossas vidas, é um tema presente no vídeo e no livro. A experiência pessoal compartilhada mostra como momentos difíceis podem fazer com que redescubramos nosso propósito na vida, especialmente quando conseguimos escutar a criança interior em meio à adversidade. O convite ao espectador, para buscar o que é essencial em sua vida mesmo nos momentos mais difíceis, é uma mensagem inspiradora e motivadora. O fato de incentivar as pessoas a relerem o livro ‘O Pequeno Príncipe’ várias vezes, sugerindo que novas interpretações e significados podem surgir a cada leitura, demonstra o quanto a mensagem desta obra é rica e profunda. Em conclusão, este vídeo é uma reflexão poderosa sobre a resiliência, a importância da fé e do lado infantil que existe em cada um de nós. A mensagem de que a vulnerabilidade pode nos conduzir a encontrar beleza e sentido na vida é algo que pode ressoar profundamente em todos nós, incentivando a busca pela essência e a reconexão com o que é realmente importante em nossas existências.
Matheus, você captou a essência que eu quis trazer a esse vídeo! De fato, através da vulnerabilidade, quando estamos desarmados de qualquer anestesia, enxergamos o essencial que é invisível aos olhos. Doloroso? Muito! Principalmente no começo. Mas é uma oportunidade de uma vida e acredito que a tenhamos tantas vezes e por tantas vezes perdemos!! Dessa vez, eu não vou mais deixar passar. Saint-Exupéry passou por todo tipo de pane imaginável, desde guerras e quedas de avião até desventuras românticas e até ele ficou sem saber o que fazer por muitas vezes. No livro "Cidadela" ele pede a Deus: "apenas me ajude a enxergar, pois assim se encerrará a minha solidão". Porém, ao comparar seu encontro com Consuelo a uma criança que encontra um tesouro e não sabe o que fazer e por isso fica melancólica, ele mostra que até ao enxergarmos o essencial (o amor), podemos ficar sem saber o que fazer. É doloroso, é difícil, é um processo tal como a lagarta rompendo a crisálida e se transformando em borboleta (mais uma metáfora que roubei da Cidadela hehe). Quanto à riqueza de significados no livro do Pequeno Príncipe e a importância de fazer a releitura de forma a encontrar o máximo de tesouros que há dentro do livro, no próximo vídeo eu estarei falando justamente sobre essa questão! Ainda não gravei (apenas fiz o roteiro), mas acredito que vá contribuir bastante com essa conversa, porque é uma resposta à questão: o Pequeno Príncipe é ou não um livro infantil? Se me permite perguntar a sua opinião, eu adoraria saber. Obrigado por compartilhar seus conhecimentos aqui comigo no canal, Matheus, e pela sensibilidade em compreender a mensagem desse vídeo que foi tão significativo pra mim. Um forte abraço e uma ótima semana!
Em um documentário que assisti há anos sobre Saint Exupèry, relatam ( alguns de seus amigos pessoais), que o personagem de O Pequeno Príncipe foi inspirado em seu filho que faleceu aos 06 anos. Exupèry não teve tempo de chegar nem no enterro do seu filho que mais amava, o que o levou à depressão. Vendo a foto do menino é a cara da Pequeno Príncipe, cabelos louros arrepiados.
Boa noite, Jorba, tudo bem? Olha, eu até procurei aqui, mas não encontrei nenhuma referência ao filho de Saint-Exupéry - pelo que li ele não teve filhos. Qual documentário foi esse que você assistiu? Eu gostaria muito de ver também. Pelo que li em um artigo, ele teria realmente dito essa frase ao seu editor: "Esse é o menino que mora dentro de mim". Achei que faz muito sentido, principalmente levando em consideração que ele deve ter aparecido durante reflexões nas inúmeras panes que ele teve no deserto e se questionou sobre aquilo que é realmente essencial para ele. Obrigado pelo seu comentário, abraços!
