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Vamos lá a acabar com essa ideia patética. A união ibérica foi uma monarquia dual, como tal havia dois países e duas coroas que pertenciam a um rei ( e depois a seu filho e neto). A integração dos portugueses na monarquia espanhola (hispânica não é porque Espanha é Hispania sem Portugal, logo não é Hispania), é exactamente a mesma coisa que dizer a integração de espanhóis (castelhanos) na monarquia lusa de Filipe I. As coroas mantiveram -se separadas , logo se Espanha considera que o império português foi integrado na monarquia espanhola, podemos dizer também que o império espanhol foi integrado na monarquia lusa (uma vez que os Filipes foram reis lusos). Dizer que Espanha governou o Brasil equivale a dizer que Portugal governou a Argentina a e o México (com os reis Filipe I, II e III). Não é verdade mas se Espanha insiste na mentira, e os historiadores portugueses não estudaram lógica pois fugiram da matemática, é necessário que se aplique a mesma regra. Decidam pois é necessário saber se começamos a dizer que os países resultantes da balcanizacao da América espanhola, foram durante 60 anos territórios de Portugal. Se tiverem dúvidas a maioria pergunte a Moscovo (e alguns perguntem na loja maçónica frequentada). Bem sei que pra historiadores marxistas isto faz um nó no neurónio, mas é o que é. Além disso Filipe I de Portugal (II de Espanha) era mais português que espanhol. O Pai dele nem nasceu em Espanha (nem sabia falar espanhol/castelhano quando chegou a Espanha ) e a mãe, portuguesa, foi quem “governou” efectivamente Espanha (carlos V esteve quase sempre em guerra na Europa) e preocupou-se com a educação do filho (que falava português).
Gostei muito deste tema, é precisamente parte do assunto que estudei há pouco tempo na cadeira de História da Idade Moderna. Deixo aqui um aparte, como numismata, a VOC, para além dos poderes que o sr. Professor menciona, tinha também o poder de cunhar moeda, que servia para os territórios ocupados e conquistados, os famosos "duit", em ouro, prata e cobre. Muito obrigado.
Seria interessante fazer a caracterização da escravatura na América após a independência do Brasil. Como sabem, a América espanhola balcaniza-se em repúblicas que fazem a abolição da escravatura, enquanto o Brasil independente vai ser escravocrata (como agora se usa dizer), sendo o único país que o faz, quase 70 anos mais , até final do reinado de Pedro II. Seria também esclarecedor que dissesse qual o destino dos escravos que não eram vendidos para europeus (ao que sei as alternativas era ser mortos ou comidos). Por fim, todos os povos desde sempre escravizaram… e o comércio sempre foi dominado por escravos… até que um grupo de países europeus decide acabar com essa prática… curiosamente são os países que tornaram odioso a escravidão e acabaram com ela que são atacados, enquanto os que consignaram a ser e ainda são, não são apontados… ninguém quer resolver o problema de escravos que existem (ver o ranking mundial de risco de escravidão) mas querem extorquir umas massas para comprar tofu. É uma falácia inaceitável falar de escravidão apartir das navegações, pois mascara a realidade e só efeito por pessoas que pretendem erradamente confundir racismo e escravidão….ha séculos e séculos de história anterior que só alguém de má fé tenta esconder… aliás basta ver quantas vezes o povo judeu foi escravizado e mantido em cativeiro. Outra tentativa de enganar é dizer que Portugal iniciou o tráfico transatlântico de escravos. Querendo fazer uma associação ilegítima. Portugal começou esse comércio? Sim, porque Portugal começou o tráfico transatlântico de tudo o que se comercializava na altura por ter sido o primeiro a conseguir navegar no Atlântico e a fazer essas viagens…quem usa estas expressões conta com a ignorância dos ouvintes para os enganar. A quantidade de escravizados no Brasil era grande (tal como o país) sendo a relação escravizados-europeus mais favorável aos escravizados que no Haiti. Como explicar que a revolta no Haiti não aconteceu também no Brasil? Pensava que o anacronismo era o veneno do historiador. Contudo vejo que quer académicos, quer polícia , quer vitimas-profissionais, o fazem sem que ninguém os chame a atenção. Já sei que a ignorância vai com o flow, enquanto estudar dá trabalho e a maioria gosta de estará no sofá a coçará passareta.
Achei muito interessante o tema e gostei muito de ouvir a Dra Teresa Lousa falar tão claramente sobre o Ecofeminismo e explicar o que é este movimento.
Además de Sara Beatriz Guardia (Lima, Peru) y de Elena Losada (UB, Barcelona, España) participan Beatriz Resende (UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil), Margarida Rendeiro (UNOVA, Lisboa, Portugal) y Carmen Márquez (ULas Palmas, Gran Canaria, España).
Espero que o trabalho recolha crenças e costumes na lida com o medo e com outros aspectos da vida marítima, e lendas e estórias, e não fique apenas por uma dissecação de marcos e rotinas.
O som, ao princípio, está mauzinho porque estamos numa sala de aula e não foi possível gravá-lo melhor. Mas com a nossa conferencista - que está em Canárias e fala através da plataforma zoom - está excelente. Vale bem a pena ouvi-la!
Muito interessante, este novo formato da segunda temporada do CHAM Talks, coordenado pela Prof.ª Isabel Araújo Branco, a abrir com chave de ouro, tanto pela oradora - Prof.ª Paula Ochôa -, como pelo tema escolhido, tão actual, abrangente e decisivo para todos nós. Muito parabéns!
200 anos?? Erro nas um erro crasso. Dom Manuel I nasceu em Alcochete a 31 de Maio de 1469 e faleceu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521. Serão 400 anos da sua morte e não 200.
Infelizmente, nem o audio, nem as linhas de texto estão em Português .... eu pensava que o CHAM e a FCSH eram instituições portuguesas .... mas devo estar enganado!
O De Re Militari é um projecto fantástico! Só tenho pena a falta de foco na catalogação de artigos portugueses militares em colecções privadas e estrangeiras, para emparelhar com a "imagem do campo de batalha no espaço português", a par do excelente trabalho relativo à documentação, mas imagino que os recursos não estiquem, e talvez não seja de facto o foco do projecto.
Não me lembro de ouvir um historiador portugues tão pobre e confuso de raciocínio e conceitos. Deprimente as suas omissões fraccionamento da realidade. Da mesma forma fiquei surpreso pela falta de contraditorio...
Acho que as historiadoras passaram ao lado de fazerem referência à propaganda anti-portuguesa do regime fascista hindu do poder, e do seu genocídio cultural da antiga Índia portuguesa. Em todo o caso, excelentes palestras!
Quem defende que o estado novo era uma ditadura ultra-nativista mas não tecnicamente fascista, e há infelizes historiadores a fazê-lo, claramente não faz a distinção entre pré-queda dos núcleos duros do fascismo europeu e pós esta queda, desvalorizando também de aspectos relevantes no pós 1940s do regime Salazarista. E claro, ignorando que o próprio fascismo [italiano], antes da ascenção de Hitler, não era nem de perto nem de longe tão racista como o fascismo após o sucesso do ultra-racista vizinho, comparável no seu início ao "Salazar re-inventado" da segunda metade do regime Português. Sempre bom ver essa distinção.
A questão do espólio levado por Espanha e França é particularmente relevante. Não só é importante a sua catalogação, rastreamento e divulgação ao público, como é importante que protocolos sejam criados para usofruto público português regular destes bens, se não mesmo a negociação do seu retorno futuro. O mesmo se aplica aos artefactos retirados do fundo oceânico noutras nações modernas. Isto numa altura em que partidos falam de devolver artefactos da era colonial, independentemente de se conseguir comprovar de ser espólio de guerra / saque ou mais benignas compras a locais, ou da infraestrutura cultural existir em modos que garantam não se estraviarem estes bens em nações governadas por máfias que pilham os seus estados e co-cidadãos, é estranho a nossa falta de interesse nesta questão de interesse nacional.
Por exemplo, no item "retrato de D. Martim Afonso de Castro, Vice-rei da Índia" RM-i 0152 é indicada a existência de um retrato com "espada com guarda de laço", mas todos os retratos que encontro do personagem têm o antecessor da guarda de laço, guarda com anéis.