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O Cuiabá acusa o Corinthians de inadimplência na negociação do volante Raniele e acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para cobrar o pagamento.
De acordo com o contrato assinado no final de 2023, o Corinthians concordou em pagar pela compra de Raniele em quatro parcelas:
- Entrada de 800 mil euros (quitada em janeiro);
- 400 mil euros até 1º de agosto;
- 400 mil euros até 30 de novembro;
- 900 mil euros em julho de 2025.
A parcela de 400 mil euros que venceu no início de agosto, equivalente a cerca de R$ 2,4 milhões, não foi paga.
- A primeira prestação foi paga apenas dias antes do início do Campeonato Paulista porque, caso contrário, o Cuiabá não liberaria o registro no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Infelizmente, já prevíamos que poderíamos ter problemas com o Corinthians, e por isso incluímos uma cláusula com multa de 30% do valor total em caso de atraso, além da antecipação de todas as parcelas futuras - explicou Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.
O dirigente lamentou que a falta de pagamento seja comum no futebol brasileiro e criticou o que considera ser uma competição desigual:
- No futebol brasileiro, não existe regulação sobre a compra e venda de atletas, pagamento de salários ou o chamado "fair play" financeiro. Veja a situação: Cuiabá e Corinthians estão próximos na tabela do Brasileirão, mas o Corinthians está usando um jogador que era titular do Cuiabá. Nós, por outro lado, não temos o atleta e nem o dinheiro. Essa prática precisa mudar urgentemente.
Cristiano Dresch afirmou que foi contatado nesta quinta-feira por Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians, após o caso se tornar público, e lhe foi oferecida uma proposta de acordo amigável.
O presidente do Cuiabá estima que o processo judicial para receber o valor devido pela venda de Raniele pode levar até quatro anos.
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o Corinthians reconheceu o atraso no pagamento.
"O Clube reconhece que existe parte do valor cobrado em atraso, porém busca a regularização o mais breve possível", afirmou em nota.
12 сен 2024
